China perdeu dinamismo “em todos os níveis”, diz site

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Foto de Dominic Kurniawan Suryaputra na Unsplash

Os principais dados econômicos da China, incluindo dados de gastos de varejo e investimento, ficaram abaixo das expectativas de mercado no mês de agosto, e analistas dizem que cenário é desafiador para que meta de crescimento do ano seja alcançada de fato.

As vendas do varejo (um indicador-chave de consumo) subiram 2,1% no mês de agosto, abaixo dos 2,7% vistos em julho e inferior às expectativas de 2,68% traçadas pela consultoria chinesa Wind, segundo reportagem do South China Morning Post.

Em meio a um contexto de incertezas, o investimento imobiliário chinês caiu 10,2% nos primeiros oito meses do ano, igualando a perda vista no período de janeiro a julho.

Já o investimento global em ativos, que inclui itens como a construção de infraestrutura, indústria de transformação e gastos imobiliários, subiu 3,4% ao longo dos primeiros oito meses do ano, pouco abaixo dos 3,6% vistos nos primeiros sete meses.

Porém, o investimento privado ao longo de 2024 caiu 0,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a proporção no investimento global em ativos fixos caiu para 50,98%, abaixo dos 51,16% de julho.

Ao mesmo tempo, a produção industrial chinesa subiu 4,5% em agosto (em termos anuais), abaixo dos 5,1% vistos no mês anterior, na medida em que a dinâmica de crescimento perdia força pelo quarto mês consecutivo – apesar das exportações seguirem acima das expectativas, economistas dizem que a redução da demanda doméstica pode ter travado a produção.

Em linhas gerais, os dados mostram que tanto os investimentos privados como o consumo das famílias seguem com um quadro de gastos cautelosos, sendo que as categorias de consumo discricionário (como automóveis, ouro e joias) foram especialmente afetadas.

Diante dos dados, analistas da Goldman Sachs reduziram seus prognósticos para o crescimento global da China em 2024 de 4,9% para 4,7% – o que pode levar o governo a adotar novas medidas para estabilizar o crescimento.

O banco também destacou as preocupações com a deflação, uma vez que o índice de preços ao consumidor subiu 0,6% em agosto, e o índice de preços ao produtor também ficou abaixo das expectativas.

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1 Comentário

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  1. “China perdeu dinamismo “em todos os níveis”, diz site”

    Faltou dizer “diz site de banco norte-americano”.

    Há quantos anos as consultorias e meios de comunicação norte-americanos repetem esse diagnóstico?

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