Mercado de trabalho americano supera expectativas em abril

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Apesar da desaceleração econômica, 253 mil vagas de trabalho foram abertas no mês; desemprego atinge menor percentual desde 1969

Foto: Clem Onojeghuo via Unsplash

O mercado de trabalho norte-americano surpreendeu analistas com a abertura de 253 mil postos de trabalho no mês de abril, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho local.

A taxa de desemprego no país foi de 3,4%, empatando no menor patamar apurado desde 1969. Ao mesmo tempo, o percentual de trabalhadores desanimados ou com trabalhos parciais por motivos econômicos caiu para 6,6%.

Os destaques ficaram com a criação de vagas em serviços profissionais e empresariais (43 mil vagas), seguido pelos setores de cuidados de saúde (40.000), lazer e hospitalidade (31.000) e assistência social (25.000).

O salário médio por hora (considerado um indicador importante para a inflação) subiu 0,5%, o maior ganho mensal em um ano e acima dos 0,3% inicialmente esperados. No comparativo anual, o valor do salário pago subiu 4,4%, acima dos 4,2% esperados pelos analistas.

Segundo a NBC News, tal resultado eleva a probabilidade de que o Federal Reserve – o Banco Central norte-americano – aumente a taxa de juros na reunião programada para junho, uma possibilidade considerada por analistas por conta do relatório de vagas de trabalho.

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1 Comentário

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  1. Desde o início do ano a situação da economia nos EUA tem dado mostra de recuperar vigor, a geração de postos de trabalho supera as expectativas em mais uma ocasião. Com esse número que marca um dos menores índices para o desemprego do país, situado em 3,4 pp , os EUA tendem a prosseguir com a elevação dos juros pelo FED. Por motivos bem distintos dos motivos aqui no Brasil, a atividade econômica forte está surpreendendo e levando a uma tentativa de moderar as coisas. Possivelmente buscando reverter o quadro de decadência da suas classes médias e as consequências negativas para a competitividade do seu conjunto econômico; mesmo diante das preocupações pela guerra em curso na Ucrânia, sabem que o Mundo não pode parar e não vai ficar esperando ninguém. Por enquanto é precipitado afirmar o que pode estar ocorrendo, mas lá não se brinca em serviço. A mudança no modelo da globalização ainda em formação, faz você reagir para não ser surpreendido. Os números percebidos nos serviços profissionais e empresariais, em certa medida confirmam uma reação como algo não casual.

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