O impacto da energia russa na inflação europeia

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Avanço dos índices de preços é diferente de acordo com cada país, subindo mais rapidamente nos Bálticos e Europa Oriental

Foto: Ibrahim Boran on Unsplash

Uma análise dos dados de inflação na Europa mostra que, quanto mais próximo um país está da Rússia, mais rápido aumenta o custo de vida – e não só pela dependência energética.

Reportagem do jornal britânico Financial Times mostra que o confronto militar em andamento não afetou apenas a Ucrânia, mas também impulsionou o custo de vida nos Bálticos e em diversos países da Europa Oriental.

Um terço dos 27 países que compõem a União Europeia apresentou uma inflação na casa dos dois dígitos, em especial na Estônia, onde a taxa de preços tem avançado a uma taxa anual perto dos 19%.

Na análise da zona do euro, os preços da energia responderam por mais da metade da inflação de 7,4% registrada na região em 2021, segundo o Eurostat, enquanto os custos de energia elevaram os preços dos produtores industriais em mais de um terço no ano até abril, a mais intensa aceleração desde 1949.

Porém, a inflação mais elevada não se deve apenas ao confronto militar, mas também à retomada do crescimento econômico e a recuperação do mercado de trabalho após a crise gerada pela pandemia de covid-19.

A inflação mais extrema é vista na Turquia: os efeitos da guerra e o colapso no valor da lira fizeram com que os preços locais acumulassem mais de 70% de alta no ano até abril.

Outros países com inflação elevada dependem da Rússia para garantir seu abastecimento de energia: dados da Eurostat com base nos suprimentos de 2020 mostram que a Lituânia importa quase que a totalidade de sua energia da Rússia, enquanto Eslováquia e Grécia tinham quase metade das compras.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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