Taxa de desemprego fecha primeiro trimestre em 11,1%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Indicador do IBGE apresenta estabilidade; por outro lado, percentual da população ocupada caiu 0,5% no mesmo período

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A taxa de desemprego no primeiro trimestre fechado em março chegou a 11,1%, patamar considerado estável frente aos três meses imediatamente anteriores, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Também houve estabilidade no número de desempregados, que totalizou 11,9 milhões de pessoas. Por outro lado, a população ocupada, estimada em 95,3 milhões, caiu 0,5% na mesma comparação, o que significa 472 mil pessoas a menos no mercado de trabalho.

O total de trabalhadores por conta própria caiu 2,5% no primeiro trimestre de 2022, queda de 2,5% (ou 660 mil pessoas) ante os dados anteriores. Desse contingente, 475 mil eram trabalhadores sem CNPJ.

Por conta dessa queda, a informalidade no mercado de trabalho brasileiro atingiu 40,1%, após uma redução de 0,6 ponto percentual. O número de trabalhadores informais caiu 1,9%, totalizando 38,2 milhões.

De acordo com o IBGE, a participação dos trabalhadores por conta própria sem CNPJ nesse recuo foi de 64%. Por outro lado, o número de empregadores cresceu 5,7%, o que representa 222 mil pessoas a mais. O trabalho formal respondeu por boa parte desse número: 186 mil desses empregadores tinham CNPJ.

A pesquisa também mostra melhora no total de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada: o total estimado foi de 34,9 milhões, alta de 1,1% (ou 380 mil pessoas) frente ao trimestre fechado em dezembro.

Com a retração no contingente de ocupados, o crescimento da população fora da força de trabalho foi de 1,4%, o que equivale a uma adição de 929 mil pessoas.

Já a força de trabalho potencial caiu 6,8% ou 610 mil pessoas. No mesmo período, 195 mil pessoas saíram do contingente de desalentados.

Rendimento cresce 1,5% frente ao trimestre encerrado em dezembro

O rendimento médio real foi estimado em R$2.548, um crescimento de 1,5% em relação ao trimestre encerrado em dezembro. Porém, na comparação com o trimestre encerrado em março do ano passado, houve queda de 8,7%.

Já a massa de rendimento ficou estável frente ao trimestre anterior, sendo estimada em R$ 237,7 bilhões, um total igualmente estável também na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Na análise setorial, apenas o mercado de construção reduziu seu contingente de trabalhadores ante o trimestre anterior: o número de empregados desse segmento caiu 3,4%, ou 252 mil pessoas. Os outros setores ficaram estáveis nessa comparação.

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