Todos os trabalhadores perderam renda em novembro, segundo IPEA

Trabalhadores formais foram os menos afetados, enquanto trabalhadores por conta própria receberam 85,4% do habitual no período

Foto: Reprodução

Jornal GGN – Os rendimentos médios obtidos pela população representaram 93,7% da renda média habitual durante o mês de novembro, segundo levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Os trabalhadores por conta própria foram os mais afetados pelos problemas econômicos gerados pela pandemia de covid-19, ao receberem 85,4% do valor habitual. Já os trabalhadores do setor privado com carteira assinada e os funcionários públicos receberam 96,9% do habitual em novembro.

Já os trabalhadores do setor privado sem carteira assinada auferiram 91,6% dos rendimentos usuais, enquanto os trabalhadores do setor público com carteira assinada e servidores do setor público informais receberam, respectivamente, 98,4% e 98,9% de sua renda habitual.

Por outro lado, 27,45% do total de domicílios do país não contabilizava nenhuma renda do trabalho efetiva, contra 27,86% vistos em outubro.

De acordo com o estudo, 4,32% dos domicílios (cerca de 2,95 milhões de pessoas) sobreviveram apenas com os rendimentos do auxílio emergencial (AE) no penúltimo mês de 2020, uma queda de 0,44 ponto percentual em relação a outubro, o que equivale a 300 mil domicílios. A proporção de domicílios exclusivamente dependentes do AE foi muito maior na região Nordeste, ultrapassando os 10% no Piauí.

Após considerar o recebimento do auxílio, a renda domiciliar média superou em 1% a que seria obtida caso os domicílios houvessem recebido apenas os rendimentos do trabalho habituais. Esse impacto foi maior entre a parcela de renda muito baixa que, após o auxílio, alcançou rendimentos 19% maiores que os usuais.

Contudo, o aumento na renda domiciliar média provocada pelo auxílio foi R$ 64 menor em novembro, na comparação com outubro (R$ 229,77, contra R$ 294,69). Assim, mesmo com o aumento da renda do trabalho efetiva, a renda média total domiciliar caiu 1,76%, alcançando R$ 3.783 no mês.

Entre os domicílios de renda muito baixa, a queda foi de 2,8% (de R$ 1.106 para R$ 1.075). Segundo o relatório, em novembro cerca de 70% dos domicílios receberam a metade, ou menos, do valor do auxílio emergencial de setembro – proporção que entre os lares de renda muito baixa alcançou 80%.

A análise divulgada pelo Ipea foi elaborada com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Leia Também
Bolsonaro realiza reunião ministerial depois de apontar quebra do Brasil
Fim do auxílio emergencial joga mais de 10 milhões de brasileiros na miséria
Salário mínimo chega a R$ 1.100 a partir de janeiro
Auxílio emergencial injetou mais dinheiro na economia do que arrecadação tributária
Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador