Uma análise do mercado de trabalho no segundo trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Cálculos revelam que informalidade absorve mais trabalhadores no período; rendimento pago ao trabalhador melhora ante 2022 e 2013

Aumento de trabalhadores com carteira assinada no trimestre supera média anual em 2023. Foto: Agência Brasil

Os dados do mercado de trabalho brasileiro mostram que o trabalho informal continua exercendo grande impacto nos índices mensurados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os gráficos elaborados com exclusividade pelo Jornal GGN mostram que a população em idade de trabalho aumentou 0,9% (ou 1,539 milhão de pessoas) no segundo trimestre em relação ao ano anterior, chegando a 174,607 milhões de pessoas.

Contudo, a força de trabalho contabilizada pelo IBGE chega a 107,557 milhões de pessoas, uma redução de 792 mil pessoas (ou -0,7%) no comparativo com os primeiros três meses deste ano.

Um destaque apontado pela pesquisa foi a redução em 1,433 milhão (ou 14,2%) no total da força de trabalho desocupada, mas o percentual entre as pessoas ocupadas e trabalhando cresceu apenas 641 mil pessoas (ou 0,7%) no segundo trimestre do ano – ou seja, aqui é possível verificar que a informalidade absorveu boa parte dessa mão de obra.

A população fora da força de trabalho ficou em 67,1 milhões, permanecendo estável em relação ao trimestre anterior e crescendo 3,6% (mais 2,3 milhões de pessoas) quando comparada ao mesmo trimestre de 2022.

Na soma entre desocupados e a população fora da força, o montante avançou 1,2% (ou 899 mil pessoas).

No comparativo com o segundo trimestre de 2013, a população em idade de trabalho subiu 11,6%, ou 18,141 milhões de pessoas ingressaram na força de trabalho disponível.

Ao mesmo tempo, a mão de obra ocupada avançou 8,9%, ou 8,061 milhões de pessoas. Mas assim como essa mão de obra ocupada subiu, a proporção de pessoas desocupadas subiu 17%, ou 1,234 milhão de pessoas.

O total de pessoas fora da força de trabalho, somado com o total de cidadãos desocupados, avançou 15,4% em um período de dez anos – o equivalente a 10,081 milhões de pessoas.

Composição do emprego

Quanto à composição do emprego no Brasil, o segmento que mais contratou ao longo dos últimos 12 meses engloba serviço público, educação, seguridade social e serviços sociais – pode-se dizer que a retomada das aulas e dos atendimentos ao público após a pandemia de covid-19 exerceu um impacto considerável nesse sentido.

Na outra ponta, quem mais demitiu foi o setor agropecuário, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura.

Comportamento semelhante foi apurado no levantamento ao longo dos últimos dez anos: na relação com o segundo trimestre de 2013, o segmento que engloba o setor público foi o que mais contratou, enquanto a agropecuária foi o que mais demitiu.

Rendimento

Segundo o IBGE, o rendimento real habitual (R$ 2.921) apresentou estabilidade frente ao trimestre anterior e expansão de 6,2% no ano.

A massa de rendimento real habitual (R$ 284,1 bilhões) também ficou estável contra o trimestre anterior, mas subiu 7,2% na comparação anual (mais R$ 19 bilhões).

O gráfico abaixo mostra a oscilação do rendimento médio pago ao trabalhador brasileiro – no mesmo período do ano passado, a média paga era de R$ 2.750,00, abaixo até do valor pago no segundo trimestre de 2013 (R$ 2.848,00, corrigido a valores atuais).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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