Em dia de agenda fraca, bolsa fecha em queda de 0,34%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – O fraco volume de negociações e a queda no mercado externo diante da proximidade da reunião do Federal Reserve (Banco Central norte-americano) levou a bolsa a encerrar o dia abaixo dos 51 mil pontos.

“O Ibovespa terminou a terça-feira em baixa, seguindo as principais bolsas norte-americanas, que operam em queda no momento, com os investidores ainda especulando sobre o início da possível redução do programa de estímulos do Federal Reserve”, diz o analista Nataniel Cezimbra, do BB Investimentos, em relatório. Na próxima semana, o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) decidirá sobre a taxa de juros da maior economia mundial, assim como sobre o programa de compras de ativos do banco central do país.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou a terça-feira (10) em queda de 0,34%, aos 50.991 pontos e com um volume negociado de R$ 4,231 bilhões. A variação no mês é de queda de 2,84%, enquanto a desvalorização anual é de 16,34%. As ações mais negociadas foram Gafisa ON (GFSA3), PDG Realty ON (PDGR3), Cia Hering ON (HGTX3), Energias BR ON (ENBR3) e Souza Cruz ON (CRUZ3), enquanto as maiores baixas ficaram com Copel PNB (CPLE6), Transmissão Paulista PN (TRPL4), Cielo ON (CIEL3), Oi ON (OIBR3) e Marfrig ON (MRFG3).

As negociações foram tomadas pela cautela após o pronunciamento de três representantes da autoridade monetária norte-americana na segunda-feira (9), em que todos indicaram a necessidade de retirada dos estímulos econômicos no país. Ao mesmo tempo, integrantes do BCE (Banco Central Europeu) declararam que não existe mais necessidade de se efetuar relaxamento monetário na zona do euro.

Contudo, as perdas vistas ao longo do dia foram reduzidas pelo desempenho das ações da Petrobras, que desaceleraram por conta das declarações do presidente do BC (Banco Central), Alexandre Tombini, de que não existem subsídios ao preço dos derivados de combustíveis nas bombas e de que os preços não estão desalinhados com o que é visto em outros mercados.

Câmbio

Quanto ao dólar, a cotação do dia encerrou em queda de 0,52%, a R$ 2,3080. O pronunciamento de Tombini também influenciou o comportamento da moeda norte-americana. Em audiência realizada na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o presidente do BC voltou a dizer que manterá no próximo ano o programa de intervenções no mercado de câmbio, com ajustes. “Em 2014, o Banco Central não sairá de cena”, disse, ressaltando que o plano não agride o sistema de câmbio flutuante.

“Temos um sistema [em] que a primeira linha de defesa é a flutuação cambial [taxas de câmbio definidas no mercado]”, ressaltou, segundo informações da Agência Brasil. De acordo com Tombini, a acumulação de reservas internacionais pelo BC gera a capacidade de o país atuar no sentido de prover proteção cambial para a economia em momentos de variações abruptas no câmbio.

Contudo, operadores consultados pelo serviço Broadcast, da Agência Estado, afirmam que a autoridade monetária não definiu as mudanças a serem feitas no programa de hedge cambial, e que essa decisão depende da reunião do Federal Reserve, programada para os próximos 17 e 18 de dezembro.

A agenda desta quarta-feira (11) destaca o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). No exterior, foco no orçamento mensal norte-americano, no índice de preços ao consumidor na Alemanha e no saldo em conta corrente na França.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador