O modelo abaixo ouvi em um seminário na Cemig, vindo de um consórcio popular do norte de Minas Gerais.
O princípio é simples. Energia solar e, principalmente a eólica, exigem terras em áreas tropicais. Essa busca de locais favoráveis levou a um jogo pesado de especulação imobiliária ou de ocupação de terras antes desvalorizadas.
Anos atrás, denunciei aqui a exploração que a Globo fez sobre o caso das adoções em Monte Santo (BA).
Anos mais tarde, aliás, houve intervenção do Conselho Nacional de Justiça no TJBA, justamente pela descoberta desses vínculos, levando à denúncia de vários desembargadores.
O que a cooperativa de Minas propunha era simples. Primeiro, mapear as áreas favoráveis à energia solar e eólica. Depois, definir um contrato padrão pelo qual empresas pudessem alugar o terreno dos proprietários originais. O aluguel serviria para sustentar as despesas da propriedade, permitindo aos pequenos agricultores investir em novas culturas.
É uma ideia simples, que cairia como uma luva no Ministério dos Direitos Humanos e da Reforma Agrária.
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