O ministro da Defesa, José Múcio, manifestou-se a favor da anistia para os envolvidos na depredação da sede dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, mas apenas para aqueles que cometeram infrações leves, o que exclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e os militares que incitaram o golpe.
Múcio defendeu que “as penas devem ser graduadas. Deve haver uma punição específica para quem organizou o ato, enquanto para aqueles que foram manipulados, a situação é outra”, disse em entrevista ao UOL News, referindo-se aos membros da alta cúpula das Forças Armadas e ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Devemos graduar, mas não politizar esse processo. Deve ser uma ação da Justiça. Sou a favor da anistia para os casos leves”, afirmou o ministro.
Para ele, há dois cenários distintos: de um lado, aqueles que atentaram contra o patrimônio público; de outro, os oficiais que incitaram a indisciplina dentro dos quartéis. “Eles colocaram as tropas contra os comandantes. Isso é algo gravíssimo”, ressaltou.
Durante a entrevista, Múcio também reforçou o papel das Forças Armadas no dia do ataque, afirmando que “graças a elas não tivemos um golpe”. “Não queremos manchar o conceito do Exército, da Marinha e da Aeronáutica por ações isoladas de alguns. Quem tiver culpa, deve ser responsabilizado. O Exército apoia que se pague pelo que se fez. Defendo isso desde o início”.
8/1 em em 2º plano visa presidência da Câmara
Nesta terça-feira (29/10), o presidente da Câmara, Arthur Lira, retirou da Comissão de Constituição e Justiça o projeto de lei que concede anistia aos golpistas, criando uma comissão especial para analisá-lo.
A medida afasta o tema das negociações sobre a sucessão da presidência da Câmara entre PT e PL, assunto que gera ruído entre as duas maiores legendas da casa. Lira aproveitou, então, o momento para declarar apoio a Hugo Motta (Republicanos/PB) para presidir a Casa em 2025, afirmando que busca consolidar acordos com os partidos.
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