
O ex-presidente Jair Bolsonaro está entre os principais nomes que deverão ser indiciados pela Polícia Federal no encerramento do inquérito sobre as tentativas de golpe de Estado, previsto para esta quinta-feira. Junto com Bolsonaro, serão investigados também os generais Augusto Heleno e Braga Netto, e possivelmente, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
De acordo com a coluna de Míriam Leitão para o portal O Globo, “ninguém ficará impune”.
O general Luiz Eduardo Ramos, anteriormente destacado como um dos pilares centrais do governo Bolsonaro, sem contar no laço pessoal de amizade que o mesmo mantinha com o ex-presidente fora do gabinete, se mantém fora desta lista e não será indiciado. A medida explica que seu nome foi cortado por falta de provas suficientes para ser atribuída qualquer culpa, destacando que a decisão foi tomada com excessivo rigor.
O que já não é o caso do delegado Alexandre Ramagem, que tem seu nome presente no inquérito como um dos participantes da tentativa de golpe, ele que também integra outra grande investigação por usar órgãos estatais como a Abin e a Receita Federal para beneficiar aliados do governo, desviando a função original de servir ao Estado.
Vale destacar que a investigação atual desdobra-se em cinco pontos: ataques às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral, ataques virtuais a opositores, agressões às instituições, tentativa de golpe de Estado, uso indevido da estrutura do Estado para obtenção de vantagens pessoais e ataques às vacinas contra a Covid-19.
Por fim, o relatório final, com cerca de 700 páginas, permanece sob sigilo. A decisão sobre sua divulgação ficará a critério do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.
Leia mais:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Já deveria estar preso há muito.