Os desdobramentos do inquérito sobre o vazamento de mensagens de assessores de Alexandre de Moraes

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Moraes será o relator do caso, que apura possível envolvimento da Polícia Civil de SP no vazamento de informações

O ministro Alexandre de Moraes (STF). | Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) instaurou inquérito para apurar o vazamento de mensagens trocadas por assessores do ministro Alexandre de Moraes na Corte e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A investigação, conduzida pela Polícia Federal (PF), segue em sigilo. O próprio Moraes, que recebeu apoio de seus colegas do STF para apurar o vazamento, será o relator do caso.

Na semana passada, o jornal “Folha de S.Paulo” começou a publicar uma série de reportagens que afirmam que o gabinete de Moraes na Suprema Corte teria usado a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), do TSE, “fora do rito” para investigar bolsonaristas no âmbito dos inquéritos das fake news e das milícias digitais.

As reportagens mostraram diálogos entre o ex-chefe da AEED, Eduardo Tagliaferro, e o juiz Airton Vieira, que atua como auxiliar do gabinete de Moraes no STF.

PF intima ex-assessor e cunhado

Como uma das primeiras ações do caso, a Polícia Federal (PF) intimou Tagliaferro para prestar esclarecimentos. Ele será ouvido nesta quinta-feira (22), em São Paulo. A mulher e o cunhado do perito também foram convocados a prestar depoimento [entenda abaixo].

A defesa de Tagliaferro afirmou que foi surpreendida com a instauração do inquérito e pediu ao STF o adiamento da oitiva até ter acesso aos autos.

Suspeitas sobre a Polícia Civil

Tagliaferro deixou o cargo no órgão eleitoral após ser preso por violência doméstica, em maio de 2023. Ele foi exonerado do TSE no mesmo dia em que foi detido. 

Posteriormente, seu cunhado entregou à Polícia Civil de São Paulo o aparelho telefônico do perito. O celular ficou sob custódia da corporação por seis dias. 

A partir disso, surgiu a suspeita de participação de agentes da Civil paulista no vazamento das mensagens.

A corporação afirmou que também iniciou um procedimento interno para investigar a possível participação de seus membros no vazamento das informações.

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2 Comentários

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  1. Com a devida vênia , vai investigar um caso que é vítima !?

    Vai julgar depois !?

    Como cidadão leigo em direito não entendo.

    Alimenta a extrema-direita.

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