Ex-PGR pede que STF faça o Senado analisar impeachment de Gilmar

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Um grupo de juristas, entre eles o ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles, entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo que os ministros determinem que o Senado analise o impeachment de Gilmar Mendes.
 
Isso porque o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) arquivou o pedido de afastamento assinado pelo grupo. Para os juristas, além de Renan ser “suspeito” para decidir, é a Mesa Diretora da Casa que deve dar analisar o pedido.
 
Do JOTA
 
Ex-PGR pede ao STF que Senado abra impeachment de Gilmar
 
O Supremo Tribunal Federal recebeu nesta terça-feira (20/12) pedido de um grupo de juristas para que a Corte determine que o Senado tenha que analisar o pedido de abertura de impeachment do ministro Gilmar Mendes.
 

O mandado de segurança 34560, assinado pelo  ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles questiona decisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que arquivou pedido de afastamento do ministro por crime de responsabilidade. O relator do caso é o ministro Edson Fachin.

Pela Constituição,  um pedido de impeachment de um ministro do STF deve ser analisado pelo Senado.

Na ação, os juristas dizem que caberia à Mesa Diretora do Senado a decisão sobre andamento do processo e que o presidente do Senado é “suspeito” para analisar o caso, uma vez que Mendes votou contra o recebimento da denúncia em que o senador virou réu no STF, no início do mês, respondendo ação penal pelo crime de peculato.

“Renan Calheiros, que se fez juiz monocrático para repelir a denúncia contra Gilmar Mendes, por crimes de responsabilidade, teve, a seu favor, o voto do ministro Gilmar Mendes para, igualmente, rejeitar a denúncia contra si ajuizada pelo Procurador-Geral da República”, argumentou a ação.

Na denúncia ao Senado, os juristas argumentaram que Mendes ofendeu os princípios de impessoalidade e celeridade processual no julgamento de processos no Supremo e que o ministro cometeu “atos incompatíveis” com a honra e o decoro no exercício de suas funções.

Renan, ao rejeitar as acusações contra Gilmar, justificou que as duas denúncias basearam-se exclusivamente em matérias jornalísticas, declarações e transcrições de votos.

O senador considerou “insubsistente” o conjunto probatório presente nos autos, não se vislumbrando portanto no seu entender a incompatibilidade dos atos do ministro com a honra ou o decoro, nem que outros elementos configurem crimes de responsabilidade.

“Em juízo preliminar, não cabe ao Senado, como já fizemos em outras oportunidades, processar e julgar o ministro por condutas atinentes exclusivamente ao cargo que ocupa, e nos exatos limites de seus poderes”, disse na época.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

7 Comentários

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  1. Gilmar Mendes.

    Já passou da hora deste cara ser enquadrado. Os demais “ministros”se apequenam à medida que este sujeito atravessa suas atribuições de julgador e se julga protagonista.

    Os demais são ou não são iguais a ele?

  2. Gilmar Mendes.

    Já passou da hora deste cara ser enquadrado. Os demais “ministros”se apequenam à medida que este sujeito atravessa suas atribuições de julgador e se julga protagonista.

    Os demais são ou não são iguais a ele?

  3. Santa ingenuidade

    Será que esses juristas sabem que esse é o pior congresso que o Brasil já teve, com o maior numero de corruptos que farão de tudo para se livrar das grades e que eles veem em Gilmar uma luz ao final do tunel?

    Uma mão lavará a outra.

  4. Que isso…
    O Judiciário e

    Que isso…

    O Judiciário e Legislativo estão no golpe…

    Eles estão disputando quem vai ficar com o executivo, ou melhor, com a arrecadação!

    Por que é isso que interessa e muito aos banqueiros, os políticos…

  5. SE O BRASIL FOSSE SÉRIO, ESTE CIDADÃO ESTAVA EM OUTRO LUGAR

    Nem comento este cidadão, e que nós comuns só enxergamos suspeição, suas palavras porejam intranquilidade jurídica, em quase todos os casos que envolvem poderosos direcionáveis ou por assim dizer do clã a loteria lhe acerta em cheio. Aos amigos a dúvida aos adversários condenações nos microfones e câmeras e fora dos autos, parece até um processador midiático do fim do mundo, um divino.

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