Moro no banco de réus: Justiça aceita ação sobre danos da Lava Jato à economia

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Ex-juiz Sergio Moro virou réu pelos prejuízos causados à Petrobras e à economia brasileira na Operação Lava Jato

Sergio Moro fala na tribuna com uma bandeira do Brasil ao lado
Sergio Moro. Foto: Divulgação/Ministério da Justiça

O ex-juiz Sergio Moro virou réu em ação popular ingressada por deputados federais do PT, pelos prejuízos causados à Petrobras e e à economia brasileira por sua atuação na Operação Lava Jato.

A Vara Cível da Justiça do Distrito Federal aceitou o pedido inicial de ação popular para investigar as consequências ao país na atuação de Moro como magistrado.

O juiz federal Charles Renaud Frazão de Moraes acatou a ação popular, solicitando que o Ministério Público Federal (MPF) tome conhecimento do caso e inicie a investigação.

Tornando-se réu, Moro agora precisa apresentar sua defesa. Ao tomar conhecimento da medida, o ex-juiz criticou a ação de “rísivel”.

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“A ação popular proposta por membros do PT contra mim é risível. Assim que citado, me defenderei. A decisão do juiz de citar-me não envolve qualquer juízo de valor sobre a ação”, afirmou.

Os autores da ação popular são os deputados da bancada do PT no Congresso e advogados do grupo Prerrogativas, que protocolaram no dia 27 de abril a Ação Popular, pedindo a responsabilização do ex-juiz por ilegalidades cometidas na Operação.

O coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, afirmou que a decisão da Justiça do Distrito Federal de acatar à ação é “muito bem-vinda” e que, agora, “Moro ai para o lugar onde deveria ter ido a muito tempo, o banco dos réus”.

Na peça enviada em abril, os advogados apontaram que “o ex-juiz Sergio Moro manipulou a maior empresa brasileira, a Petrobras, como mero instrumento útil ao acobertamento dos seus interesses pessoais” e que sua atuação contra a Petrobras “afetou toda a cadeia produtiva e mercantil brasileira, principalmente o setor de óleo e gás”.

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