MP investiga mudança de domicílio eleitoral de Tarcísio de Freitas

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

O pré-candidato a governador de São Paulo pelo Republicanos é alvo de inquérito civil, que tramita em sigilo

Foto: Agência Brasil

A candidatura ao governo de São Paulo do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos), enfrenta impasses para se manter, em razão da mudança de domicílio eleitoral, que já é alvo de investigação pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP). 

Tarcísio nasceu no Rio de Janeiro e hoje mora em Brasília, mas para concorrer a uma cadeira na Câmara ou no Senado registrou no início do ano um endereço de São José dos Campos, no interior de São Paulo, que na verdade pertence à família de sua cunhada.

O MP afirmou que apura o fato por meio de um inquérito civil. “A investigação corre em sigilo, diante disso não podemos passar qualquer tipo de informação”.

Hoje, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, também informou que irá acionar o Ministério Público Eleitoral contra o ex-ministro, por meio de uma representação que será protocolada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

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Segundo a assessoria do político, ele tem um contrato de aluguel em São José dos Campos e a mudança de seu domicílio eleitoral foi feita de acordo com a legislação.

“Tarcísio tem contrato de aluguel em seu nome, em São José dos Campos, e apresentou no devido momento toda a documentação prevista em lei para a mudança de domicílio. Vale lembrar que o domicílio eleitoral é analisado caso a caso pelo Tribunal Superior Eleitoral, e que o pré-candidato já comprovou vínculos familiares, afetivos, e profissionais, com o Estado, legitimando o reconhecimento do domicílio, conforme jurisprudência farta do TSE”, diz a nota.

Vale ressaltar, que o caso é parecido com o do ex-juiz Sérgio Moro  (União Brasil), que não poderá concorrer às eleições de 2022 pelo estado. Na última terça-feira (7), o TRE-SP rejeitou, por quatro votos a dois, a transferência do domicílio eleitoral de Moro para São Paulo. O entendimento da maioria dos magistrados é que Moro, que é do Paraná, não tem vínculo com o estado paulista.

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