MPF instaura procedimento para investigar massacre no Complexo da Penha

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Operação militar conjunta, realizada nesta terça-feira (24), deixou 21 mortos e sete feridos na região da zona norte do Rio

Divulgação

O Ministério Público Federal (MPF) abriu, no final desta tarde, uma investigação para apurar a conduta e eventuais violações de policiais envolvidos na operação conjunta que deixou 21 mortos na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (24). 

O órgão irá investigar as responsabilidades de agentes federais na ação, que contou com o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), a Polícia Civil, a Polícia Militar (PM) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

A Procuradoria pediu, com urgência, que superintendentes da Polícia Federal e da PRF informem sobre o número de policiais envolvidos, suas qualificações e respectivas cópias das fichas funcionais; um relatório final da operação, com informações sobre o cumprimento dos mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara Criminal da Regional Madureira; além de detalhes do local da realização do resumo e cópia da ordem de serviço relacionada a operação policial.

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O MPF afirmou que recebeu, ontem (23), um ofício comunicando sobre a operação, encaminhada pela PRF. De acordo com o documento, o objetivo da ação era cumprir mandados de prisão, a fim de desarticular a organização criminosa na região.

“Em 11 de fevereiro deste ano, no mesmo lugar, houve oito vítimas fatais em operação com participação da PRF. O Brasil é signatário de tratados e acordos internacionais que nos obrigam a investigar e punir violações de Direitos Humanos. E 21 mortos, até agora , em menos de 3 meses, não podem ser investigados como se fossem simples saldo de operações policiais”, destacou o procurador da República Eduardo Benones.

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