Opinião do Nassif: a segunda ofensiva do golpe

https://www.youtube.com/watch?v=9GcJOcxiqGM width:700

Atualizado 17/05 com posicionamento da Marfrig

Novas evidências comprovam que está em curso desmonte o estado de bem-estar social, com a cumplicidade do Supremo

Claramente está em curso uma segunda grande ofensiva, depois daquela que levou ao impeachment da presidente Dilma, juntando várias peças do poder Judiciário. Uma delas, por exemplo, foi o interrogatório do ex-presidente Lula, frente ao juiz que coordena a Lava Jato, Sérgio Moro, acompanhado de uma grande manifestação popular na cidade de Curitiba. Poucos dias antes, uma greve geral que paralisou o país inteiro no dia 28 de abril, mostrando uma capacidade de reação das chamadas forças populares.

Durante esse meio tempo, vários pedidos de Lula no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), sobre o processo do Triplex, um deles para gravar a audiência em imagem e áudio, foram rejeitados. E, em Brasília, um juiz de primeira instância, Ricardo Augusto Soares Leite, mandando fechar o Instituto Lula com base em uma mentira. O magistrado havia dito que tomou a medida atendendo a um pedido do Ministério Público Federal, porém esse órgão não tinha realizado nenhuma solicitação para o fechamento do Instituto Lula, apontando que a decisão de Soares Leite pode ter tido como objetivo apenas alcançar a mídia.

Este juiz, em especial, já tinha sido investigado pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça, a pedido do próprio MPF. Em 2007 ele foi processado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por abuso de poder em uma ação que pediu busca e apreensão de documentos na sede da OAB-DF. 

Em 2015, Leite também foi investigado por invadir as atribuições do MPF na Operação Zelotes, levando o Ministério Público a não considerá-lo mais isento para atuar no caso. O engraçado é que ele fez a mesma coisa que hoje o juiz Sérgio Moro faz em Curitiba.  

Soares também é um dos sócios do Instituto dos Magistrados do Distrito Federal, que oferece cursos para companhias, um deles se chama “A Lei anticorrupção: acordos de leniência e os tribunais de conta”. A instituição que contrata as palestras pode sugerir o instrutor interno do Instituto. 

Ao mesmo tempo em que se tem Soares Leite pedindo o fechamento do Instituto Lula, tem-se o Ministro Luiz Edson Fachin, aquele que dizia que tinha lado, liberando os vídeos da delação dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, atingindo diretamente Dilma e Lula. E não importa se as informações são falsas, se foram feitas especificamente para garantir a liberdade deles. A esposa de João Santana, por exemplo, coloca um ponto que é sob medida para conseguir prender Dilma, que é a história de que a ex-presidente tinha um e-mail anônimo por onde mandava informações para Mônica Moura alertando para uma eventual prisão deles. Daí poderia se obter contra Dilma a acusação de obstrução da justiça.

Mas a prova que Mônica apresenta é ridícula, o que ela tem é uma caixa postal do Google, sem nenhuma data, e com cinco mensagens. O e-mail que ela mostra como possível prova, está no rascunho, então não tem nada que possa sugerir uma prova real. Mas por que se jogou esse verde de uma informação sem nenhuma base documental? Evidentemente que é para forçar a barra. 

Ao mesmo tempo em que o ministro Fachin libera essas delações, o colunista do jornal O Globo, Merval Pereira, sugere a prisão de Dilma e Lula, e a Veja solta uma revista com mais uma capa sensacionalista, usando a imagem da esposa falecida do ex-presidente, Marisa Letícia, com o título “A morte dupla”, referindo-se ao depoimento de Lula à operação Lava Jato, seguindo a síndrome do escorpião da revista que fez capa escandalosa com a morte de Elis Regina, do mesmo modo a capa do cantor Cazuza aidético. 

É da sua natureza publicar e explorar, maliciosamente, a figura de pessoas, no caso da Dona Marisa, ainda no dia das mães, imputando à Lula o que ele não disse, como se tivesse passado a culpa à esposa falecida, quando, em todo o depoimento, ele falou do comportamento de Marisa como em uma operação normal.

Diante de toda essa articulação, têm-se ainda, de outro lado, colunistas de política começando a bater nos velhos nomes do PSDB para levantar o Dória. No mercado de ações chamamos isso de realizar o prejuízo. Quando eu tenho uma ação e ela começa a cair, e eu não quero abrir mão dela, para não perder o que investi, chega uma hora, no processo de depreciação, que realmente não tem jeito, então eu tenho que realizar o prejuízo que é vender as ações, mesmo que seja na baixa. É o que está acontecendo hoje, claramente, com os colunistas procurando escrever conforme a orientação do alto comando. 

Esse jogo está sendo montado para uma segunda onda repressora. Tivemos em 1964 figuras que ficaram marcadas para sempre como delatoras em favor dos militares. Cada vez que jornalistas entram na mesma linha, de exacerbação, levando à população a se irritar com fatos políticos ainda em apuração, contribuem para a criação de um clima social que arrebenta toda a possibilidade de paz no país, por colocarem na mídia arbitrariedades contra qualquer pessoa que pense diferente.

O que o juiz Ricardo Augusto Soares Leite fez, por exemplo, é típico de um país que não tem lei. No caso dele ainda tinham procuradores responsáveis que perceberam que ele estava querendo conduzir o caso, que não tinha isenção, e pediram seu afastamento. Mas hoje, o que temos é um juiz, um procurador e a mídia exacerbando, sem perceber o impacto do que escreve, fazendo um grande mal para a democracia, e causando um clima sufocante na sociedade. 

A responsabilidade de escrever em um grande veículo, de ter acesso a um meio de comunicação de massa, não passa na cabeça deles como uma responsabilidade que tem, como contrapartida, ter o mínimo de bom senso.

O julgamento do ex-ministro Antônio Palocci, relacionado também ao BNDES, será outro componente importante nessa segunda ofensiva, lembrando que, recentemente, esse mesmo juiz, Soares Leite, ordenou a condução coercitiva de mais de 30 funcionários do banco. Aí, mais uma vez, transparece a estratégia midiática do evento, uma delas a de reduzir o impacto do interrogatório de Lula, e outro ponto, que foi bem-sucedido, trazer de volta Palocci para a delação premiada, que já estava pensando em não aceitar o acordo.

Em relação ao BNDES tem duas questões importantes, uma que mostra a profunda ignorância dos investigadores de exigir garantias da instituição, quando na verdade o que se tem é aporte de capital. Ou seja, numa operação em que o BNDES se torna sócio de uma determinada empresa, não existe a obrigatoriedade de garantias. O BNDES analisou o potencial e se tornou sócio. Um segundo ponto que demonstra grande ignorância da acusação é o fato do BNDES ter capitalizado a JBS para comprar uma empresa nos Estados Unidos, e o valor da integralização ter ficado cinquenta centavos acima do preço de mercado da JBS.

Ora, se eu tenho uma empresa e vou fazer um investimento através do qual essa empresa vai comprar uma outra que irá aumentar o seu potencial de ganho, é evidente que a primeira empresa, depois da aquisição da segunda, vai estar valendo mais. Claro que tem outros pontos dessa negociação que são, tecnicamente, obscuros como o caso da Marfrig que foi capitalizada com uma debenture conversível em ação, ou seja, o banco emprestou em uma debenture, mas ele pode converter em ações a qualquer momento. 

Quando Marfrig ficou quase inadimplente converteram suas debentures em ações por preços muito acima do preço de mercado, alegando que o preço da Marfrig recuperado era aquele que foi pago na ação. Isso lembra um pouco o caso Ronald Levinsohn, famoso dono da caderneta de poupança do grupo Delfin, nos anos 1970 que dava um terreno em garantia pelo valor potencial, ou seja, tenho um terreno, mas se esse terreno tiver uma benfeitoria e o pessoal começar a comprar, vai ter uma valorização de mercado. Então ele vendia o terreno pela valorização que o mercado poderia dar. (leia o posicionamento da Marfrig abaixo)

Agora, se forem investigar tudo, em termos de BNDES, eu sugiro uma investigação isenta sobre o financiamento e as consultorias que foram dadas à Editora Abril para a compra de uma distribuidora grande, levando a Abril a se tornar a monopolista do mercado de distribuição de revistas. E essa mesma consultoria que garantiu o financiamento para a Abril garantiu que o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovasse a operação do BNDES.

Se quando eu tenho 30% do mercado e compro mais 20%, ficando com 50% o CADE já entra para evitar concentração de poder no mercado, e outro que fica com 100% de mercado o CADE aprova? De haver alguma coisa por trás. 

Agora é evidente que todo esse jogo da Lava Jato e desse juiz tem objetivos políticos que é completar o desmonte do estado de bem-estar social, com a cumplicidade do Supremo Tribunal Federal. É um jogo complicado que vai recrudescer nas próximas semanas assim que as pesquisas demonstrarem que Lula continua forte. Em suma, o que eles temem não é Lula, não é Dilma, é a democracia. E o que a mídia mostrou nesses últimos dias, com honrosas exceções da Folha de S.Paulo, é a total falta de respeito e gosto de sangue na boca que é típico dos imperadores, daqueles que acham que tem o poder absoluto.

O país não merecia essa parceria em favor de uma ditadura e esse papel que a mídia está desempenhando neste momento. 

Nota da Marfrig sobre a relação com o BNDES:

“A Marfrig esclarece que a operação com o BNDES foi feita em condições de mercado, com custos equivalentes aos dos bancos privados, com garantias reais e sem qualquer tipo de benefícios ou privilégios. No caso da debênture, a conversão ocorreu em janeiro de 2017. A operação rendeu o equivalente a R$ 2 bilhões em juros para o BNDES, sem contar as ações recebidas”.

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Foto: Beto Barata/PR
Foto: Beto Barata/PR

 

Redação

17 Comentários

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  1. “O país não merecia essa

    “O país não merecia essa parceria em favor de uma ditadura e esse papel que a mídia está desempenhando neste momento. “

    Está provado então que pacificamente não vamos a lugar nenhum.

    Só há uma reação possível e ela não é baseada em conversas e acordos. Não se faz acordo com canalhas.

    O que pode resolver é chumbo na cara dos golpistas sejam funcionários públicos do judiciário, políticos, empresários de mídia, financeiros, de cerveja, de comséticos, de lojas de departamento etc etc.

  2. Quem

    sustenta o golpe e os golpista? A Globo. Quem apoia, avaliza e dora a pílula da ditadura togada? A Globo. Então por que as esquerdas e os movimentos sociias não partem para cima dessa Organização Criminosa que são as Organizaçõe Globo? Por que o foco das esquerdas e dos movimentos sociais é o sujo do Temer? O por que do medo das Organizações Globo? Alguém saberia responder? 

  3.  
    As forças populares

     

    As forças populares precisam organizar uma reação, estamos entrando em um novo AI-5 da mídia/justiça/camarilha do Temer.

  4.  
    As forças populares

     

    As forças populares precisam organizar uma reação, estamos entrando em um novo AI-5 da mídia/justiça/camarilha do Temer.

  5. Correção Nassif, o Brasil já

    Correção Nassif, o Brasil já é uma ditadura faz algum tempo. Criminosos atuando como juízes, criminosos tocando um congresso também formado por criminosos para aprovar atos obscenamente contra a população, criminosos no “exército” dando proteção para os criminosos citados anteriormente enquanto criminosos na mídia fazem lavagem cerebral na população para que ela aceite o matadouro sem reclamar.

    Tudo o que falta é oficializar a ditadura com algum decreto dos conspiradores.

  6. Alinhados com o mesmo objetivo

    A jornalista Cruvinel mostrou a hierarquia de justiça federal no caso do Lula sendo julgado pela Lavajato.

    Vara federal de Curitiba, TRF4, STJ, STF, com o Fachin.

    Estão determinados a espancar o direito, a democracia, e, com isso, a população brasileira.

    A transferência de renda, metaforicamente ou realisticamente sangue, para a classe dominante ou vampiros.

    Essa atitude de deixar sem saída o adversário não é a melhor prática, já disse há muito Sun Tzu.

     

  7. faltou

    “Novas evidências comprovam que está em curso desmonte o estado de bem-estar social, com a cumplicidade do Supremo”

    …Cumplicidade do Supremo, de quase todo o Judiciário, dos comandantes das patrióticas Forças Armadas, de grande parte dos empresários, da elite do funcionarismo público, dos jornalistas que são a voz do dono da mirdia, do time Coxa que pensa que é elite e dos hipnotizados pelo PLIMPIG.

    Enfim, gente que odeia o Brasil e os brasileiros.

    1. ih, isquici

      Ainda faltou a grande maioria da cambada do Legislativo!!!!!

      Se algum demolidor do Brasil se sentir ofendido pelo esquecimento de sua catiguria,

      perdão, não foi intencional, posso jurar.

      Isso pode ser acontecido porque a lista dos felas da . é grande demais e eu posso ter esquuecido alguém. 

  8. “síndrome do escorpião da

    “síndrome do escorpião da revista que fez capa escandalosa com a morte de Elis Regina, do mesmo modo a capa do cantor Cazuza aidético”:

    Nassif, nao vamos nos esquecer da capa que acusava a morte por drogas de uma cantora que nao as usava e que tinha morrido de ataque cardiaco.

    (esqueci o nome imediatamente)

  9. Ministro fraquim!!??? Entendi

    Ministro fraquim!!??? Entendi isso em certo momento,

     

    o judiciario, a midia, a elite brasileira só estão mostrando a verdadeira cara, e não é uma coisa bonita de se ver………e quando entrão os clubinhos? Os interesses e a intervenção exteriores?? Só assim para entender essa montanha de decisões exdruxulas, antinacionais e contrarias ao interesse do povo brasileiro, só assim para entender um governo inimigo de seu povo….

  10. As colônias modernas não são

    As colônias modernas não são atreladas políticamente à metrópole, existem soberania e democracia de fachada. É aceitável que o grupo político submisso aos interesses estrangeiros  tenha disputas internas, desde que isso não conflite com os interesses da metrópole. Decisões sobre políticas sociais, economicas, industriais, comerciais, etc ficam por conta do poder local, desde que isso não conflite com os interesses da metrópole e siga orientações gerais. Caso o grupo nacionalista/popular represente ameaça ao grupo submisso ou até assuma o poder, a metrópole dará toda a assistência necessária para que o grupo submisso prevaleça. Sei lá, não sou tão bem informado ou inteligente quanto as pessoas que costumo ler comentários e artigos, mas é assim que estou interpretando a realidade que vivemos. Os dois principais instrumentos de manutenção do poder da metrópole sobre a nova colônia são a mídia e o judiciário. Que solução haveria para isso? As eleições de 2018, a candidatura Lula ou qualquer outra vitoriosa da esquerda se aprecem com aqueles delírios que o personagem central do filme Brazil teve para fugir da realidade. O brasil é a mais valiosa colônia, não vão abrir mão assim tão fácil dela.

  11. O prezado Nassif forçou a

    O prezado Nassif forçou a barra ao dizer que houve “uma greve geral que paralisou o país inteiro no dia 28 de abril, mostrando uma capacidade de reação das chamadas forças populares.” Na verdade houve grande paralisação, mas devido à greve no transporte público. O povo queria mesmo era trabalhar. A CUT impediu.

  12. A Culpa é da Saúva

    Nassif: não quero desanima-lo, mas o golpe já tá aí. Tão só amaciando o couro. E num tem essa de liberdade, democracia, república ou os cambau_de_bico. Direito, então, esse foi pro ralo. Os otimistas (da Fazenda) tão dizendo que estamos na merda. Agora a esquerda festiva, essa que só se reune na cadeia, tá espalhando que não tem merda prá todos.

    Pra nos salvar, spo a sentença de Sovonarola dos Pinhais…

     

  13. Luis Nassif, um dos faróis em

    Luis Nassif, um dos faróis em toda essa confusão que se armou no Brasil. Uma referência informativa para todos nós. Deixo aqui o meu muito obrigado pelo excelente trabalho. 

  14. O sentimento geral, que

    O sentimento geral, que também se nota nas palavras do Nassif, é que o fechamento do regime não tem volta. Os golpistas estão fechando o cerco em torno do que resta de democracia e aperfeiçoando os mecanismos da nova ditadura, bancada pelo grande capital, nacional e internacional, tendo como suporte as corporações midiáticas, o judiciário, a polícia federal,  a elite do funcionalismo público, e os tubarões da indústria e do comércio. As forças armadas não contam, são apenas cães de guarda da plutocracia. O legislativo é mera fachada, tem menos poder que um flanelinha. Os direitos sociais e trabalhistas serão reduzidos a pó, pelo fato de que não existe meio termo  em um processo de desmonte do Estado de bem-estar social. Como também não existe meia democracia formal, em pouco tempo o país conhecerá um novo sistema totalitário, genuinamente do século XXI e o Brasil assumirá o status de país-colônia. Séculos de escravidão, séculos de brutalidade, séculos de injustiças de brasileiros contra brasileiros até a dominação total do 1%.  A crise do capitalismo de 2008 colocou o ocidente em uma encruzilhada. Em 2016 a plutocracia brasileira tomou uma decisão, entre o Brasil e ela,  escolheu a si mesma.    

  15. Vamos lembrar que ninguém dá

    Vamos lembrar que ninguém dá golpe pra ficar 2 anos e meio no poder e correr o risco de devolver para o golpeado.

  16. Próximos passos dos czares do brazil bananeiro

    Não tenho como avaliar a consistência dos argumentos. Alguém pode ajudar?

    A REDE GLOBO VAI SER VENDIDA EM BREVE
    Por Carlos D’Incão

    A Rede Globo de Televisão está em avançado processo de negociação de venda de todo o seu grupo para o mega-empresário mexicano Carlos Slim (dono da NET, da Claro e da Embratel).

    Todos os seus movimentos financeiros e contábeis estão caminhando nesse sentido: ela paralisou todos os investimentos, distribuiu dividendos aos seus acionistas, está saneando todo o seu quadro de funcionários e está na espera de uma última medida do governo Temer para fechar esse negócio. Essa medida é uma espécie de anistia do seu passivo tributário, que hoje está na casa dos bilhões de reais.
    Após a aprovação da Reforma da Previdência, mais especificamente no mês de julho, o governo Temer estuda aprovar um gigantesco Refis (recuperação fiscal das empresas) onde grandes devedores terão anistia de até 90% de suas dívidas para com o governo e ainda poderão parcelar o restante em 240 vezes, com juros baixos.

    Depois desse Refis e ainda nesse ano (provavelmente ao longo do mês de outubro) a Globo terá um novo dono. E esse será Carlos Slim, um homem que sabe fazer duas coisas muito bem: abrir as portas para a mídia norte americana e oferecer serviços de baixa qualidade a preço alto.

    De uma forma ou de outra essa situação apressa bastante uma definição política em relação a Lula e as eleições de 2018. Parte da histeria da Globo em querer destruir Lula e o PT a qualquer custo se deve a essa venda. Ela teme que a Reforma da Previdência atrase ou não seja aprovada e, com isso, o Refis se torne inviável, etc, etc, etc…

    Sem querer antever o que será dos meios de comunicação brasileiros, caso esse negócio seja fechado, não deixará de ser um alívio ver a família Marinho – de forma definitiva – longe do universo da comunicação e, quem sabe, ela não aproveite e leve consigo seus jornalistas de quinta categoria… os seus fieis vassalos da manipulação e da mentira.

    Por fim, conseguir antever negociações empresariais é sempre a melhor forma de prejudicar o lado que está querendo vender. Nesse caso, quanto mais gente souber dessa venda, pior para a Globo. essa é minha contribuição pessoal a essa digníssima emissora.

     

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