
Há razões objetivas para a campanha que os lavajatistas encetaram contra o juiz Eduardo Appio, remontando o esquema Cláudio Humberto-Malu Gaspar.
Há tempos, o repórter Marcelo Auler pediu acesso a um inquérito que corre em sigilo na antiga vara de Moro, e pelo qual foi pedida busca e apreensão na casa de delegados da Lava Jato, inclusive com parecer favorável do Ministério Público Federal. É um episódio que envolve a delatora Nelma Kodama. O delegado não quis abrir informações a Auler, alegando o sigilo do inquérito. Mas comentou com colegas que seu conteúdo os deixaria de cabelo em pé.
O pedido ficou parado até hoje no juizado, devido à blindagem dos membros da Lava Jato. Outras informações sensíveis devem estar escondidas nos escaninhos do tribunal.
A propósito, não foi “o MPF” quem pediu a impugnação do juiz Appio, mas a procuradora Carolina Bonfadini de Sá, que terá que responder perante o Conselho Nacional do Ministério Público por uma falsa acusação. Há agravantes, que foi a ampla repercussão, em jornais de todo o país, como se a iniciativa fosse do próprio Ministério Público Federal.

Leia também:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
O judiario é mutante, inconstante e continua inconfiável, até entre seus pares. Porém quando chega no momento da punição parece que fogem da obrigação de punir, como o diabo foge da Cruz. E é aí que se faz a mutação, para entrar em cena o herói maior que tanto admiram: o corporativismo hediondo.
Hum, se o MPF do paraná não gosta do Apio, alguma coisa boa ele deve ter. Se tiver, que Deus conserve.
Lava-Jato é um método, como se vê. Consiste em cooptar as classes médias, parte do Judiciário, parte dos Legislativos, Jornais e televisões prometendo-lhes privilégios. Seu arquiinimigo são justamente as Democracias e as pessoas dignas. E o monstro canalha ainda está vivo!