Promessas de Bolsonaro sobre segurança devem cair no Supremo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – As principais promessas que Jair Bolsonaro fez ao seu eleitorado sobre segurança pública devem cair no Supremo Tribunal Federal. Redução da maioridade penal, encarceramento em massa, fim da progressão de regime.

A tendência, segundo informa O Globo desta segunda (5), após ouvir ministros em caráter de anonimato, é que a Corte transforme projetos aprovados neste sentido em matéria inconstitucional.

O jornal lembrou que Bolsonaro gosta de bradar em entrevistas que vai prender criminosos até pelo menor dos delitos, e que pretende acabar também com as audiências de custódia – que servem para saber se o preso teve direitos violados nas primeiras 24 horas e se pode aguardar seu julgamento em liberdade. São dois assuntos que a maioria do Supremo já definiu posição em sentido contrário.
 
Por sete votos a três, o STF determinou que “o poder público tem a obrigação de indenizar presos em estabelecimentos superlotados. Nesse mesmo julgamento, os ministros declararam o ‘estado de coisas inconstitucional’ dos presídios brasileiros, pelas condições precárias em que os detentos vivem.” Bolsonaro, por sua vez, disse que não há que reformar ou ampliar vagas em detenções. Se for o caso, os presos devem ficar uns em cima dos outros.
 
“O endurecimento penal defendido pelo presidente eleito vai encontrar uma barreira no Supremo porque a superlotação dos presídios não permite uma política de encarceramento maciço. Dessa posição, segundo esse ministro, o Supremo não irá recuar”, comentou o jornal.
 
A redução da maioria penal de 18 para 16 anos é outro projeto que poderá enfrentar a resistência do Supremo. Ministros têm dito em off que a tendência é que o plenário declare uma futura proposta assim inconstitucional. 
 
Os exemplos citados são casos em que, a depender da movimentação do governo Bolsonaro, a oposição ou a Procuradoria-Geral da República poderão ajuizar ações no STF para tentar reverter a medida.
 
O Globo citou apenas um tema que Bolsonaro e o STF apresentam concordância: a execução de pena a partir de condenação em segunda instância.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Prisao sem reabilitação pra nada serve
    A maioria dos exemplos que escuto são que fulano reincidiu no crime

    Também pudera, fica na cadeia junto com presos de maior periculosidade, sem nada pra fazer a não ser conversar, uma verdadeira Universidade do Crime, sem escola, sem qualificação profissional, sem perspectivas ao sair da prisão além da estigma de ser ex-condenado

    Sem prisão agricola ou com trabalho e escola não vai adiantar nada

    Eu queria que deputados, senadores, juizes e advogados tivessem que ficar UM DIA presos numa cela comum pra pensarem melhorzinho sobre tratamento de presos

    Não as regalias que Cabral, Azeredo, Cunha recebem.

  2. Para o Bolsonaro não importa

    Para o Bolsa de bosta não importa que o $TF declare seus projetos de lei inconstitucionais. O que ele queria era o voto dos trouxas para se eleger e acabar com os direitos desses trouxas e locupletar os magnatas.

    Isso ele conseguiu.

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