
Em junho, cientistas e pesquisadores do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) se reuniram na frente da instituição, em São José dos Campos (SP), para protestar contra a criação de uma nova assessoria climática pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Embora o Inpe seja responsável por fornecer e analisar os dados de desmatamento e incêndios florestais na região amazônica desde 1988, o órgão foi deixado de lado por Bolsonaro no novo conselho.
O assunto inclusive chegou à imprensa internacional: o site Mongabay destaca que o governo Bolsonaro questionou a credibilidade do Inpe desde sua posse em 2019, gerando inclusive protestos por contestar os dados que apontavam aumento do desmatamento durante seu governo.
O texto também destaca a agenda antiambiental adotada pelo governo Bolsonaro, por meio do bloqueio de orçamentos e regulamentações voltadas para a proteção dos biomas, e apoiando legislação focada na mineração, extração de madeira e agricultura em regiões protegidas, incluindo territórios indígenas.
“Especialistas levantaram preocupações de que o novo conselho possa impedir a divulgação dos dados anuais de desmatamento, agendados para a mesma época das eleições, e que devem aumentar um avanço alarmante tanto da perda de florestas como de incêndios”, destaca a reportagem.
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