Congresso Nacional segue sendo majoritariamente masculino

Bancada feminina amplia presença, mas elas continuam sendo preteridas dentro das estruturas de poder da Câmara e do Senado

Embora haja avanços em relação a mandatos passados, as mulheres continuam sendo preteridas dentro das estruturas da Câmara e do Senado. Foto: Reprodução

Jornal GGN – A bancada feminina no Congresso Nacional é a maior da história do Legislativo brasileiro, mas o ambiente permanece sendo predominantemente masculino.

Pesquisas elaboradas pela Transparência Partidária, a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e do OLB (Observatório do Legislativo Brasileiro) demonstram que, embora haja avanços em relação a mandatos passados, as mulheres continuam sendo preteridas dentro das estruturas da Câmara e do Senado.

Desde 1826, passaram pelos corredores da Câmara 7.333 deputados, incluindo suplentes. As deputadas vieram em 1933, e, ao longo de quase 90 anos, elas ocuparam 266 cadeiras.

Na eleição de 2018, a bancada feminina saltou de 53 para 77 deputadas. Hoje, 76 parlamentares estão ativas na Casa. O número é o maior já alcançado, com 15% do total de deputados — embora as mulheres representem 51% da população brasileira.

Porém, essa diferença é ainda maior quando vemos as estruturas dentro das casas. Em 185 anos, a Mesa Diretora da Câmara foi composta exclusivamente por homens, e apenas em 2011 uma mulher foi eleita para ocupar um posto de titular do colegiado – a senadora Rose de Freitas (Podemos – ES). Outras três deputadas foram titulares: Mara Gabrilli (PSDB-SP), de 2015 a 2017, Mariana Carvalho (PSDB-RO), de 2017 a 2019 e Soraya Santos (PL-RJ), atual Primeira Secretária.

Além disso, as mulheres acabam sendo direcionadas para pautas que reproduzem estereótipos sociais: elas são maioria apenas no colegiado que trata de defesa dos direitos da mulher, com 90,6%, e também estão em maior número em comissões como a de defesa dos direitos do idoso (42%) e dos deficientes físicos (37,6%).

Nos principais colegiados, como a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e a CFT (Comissão de Finanças e Tributação), elas são 4,3% e 3,8% dos membros, respectivamente. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

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