Já discutíamos há alguns dias aqui no GGN a melhor hora – em análise jurídico-política – para tentar o recurso ao STF. Foi nos comentários ao Post do Nassif “Porque o Supremo precisa analisar o mérito do impeachment“.
Na sexta-feira, no Twitter, Jacques Wagner deu a entender que o momento será exatamente este: após a aprovação do relatório e ANTES de o mesmo ir a plenário.
Evidentemente, haverá uma avaliação a depender das estimativas de votos a favor do governo e seu impacto político. Uma votação massiva contra o impeachment poderia ser um trunfo no momento de recomposição do governo. Mas uma vitória apertada poderia deixar a fragilidade das alianças mais evidente. Uma derrota então nem se fala.
Outro aspecto importante: os “swing votes”, aqueles que ficam indo e voltando de acordo com as ofertas de cargos de lado a lado, Temer e Dilma. Como saber a maneira que efetivamente votarão com antecedência? Impossível a meu ver. Dilma confiará na palavra dos deputados e não recorrerá ao STF antes da votação em plenário?
Bem, confiança 100% ela não tem (quem teria?). Tanto assim que deixou os virtuais novos ministérios para aliados “no pendura”, esperando a votação na Câmara.
Quando então irá ao STF? Semana que vem descobriremos.
Eu, de minha parte, acho que o melhor momento seria este mesmo. A derrota na comissão já era esperada e já tinha sido precificada nas barganhas políticas. Aliás a falsificação grosseira de devido processo legal na comissão é “positiva”: dá momentum para cobrar do STF seu papel de último garantidor desse direito da Presidente.
Acho arriscado confiar no plenário da Câmara em vista das pesquisas apertadas divulgadas até agora.
De qualquer forma, o recurso ao STF é manobra com riscos. Derrota no Supremo enfraquece Dilma mais ainda e deixa Renan e seu grupo com a faca e o queijo na mão para caçar a melhor oferta.
Que fase… nervos de aço.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.