Juiz não pode decidir quem toma ou não a vacina, diz Bolsonaro

Presidente agora diz que vacinação é questão de saúde pública que não cabe judicialização. STF vai discutir o tema em ação de repercussão geral

Jair Bolsonaro
Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Jair Bolsonaro voltou à carga contra a obrigatoriedade da vacinação nesta segunda (26), afirmando a seguidores no Palácio do Alvorada que não pode “um juiz decidir se você vai ou não tomar a vacina”. Tanto pode como, em alguns estados, pais que lutaram para não vacinar os filhos por motivos religiosos ou filosóficos já perderam a batalha judicial nas primeiras instâncias e recorrem ao Supremo Tribunal Federal, que sinaliza que se debruçará sobre o assunto em breve.

“Entendo que isso [não] é uma questão de Justiça, é uma questão de saúde acima de tudo. Não pode um juiz decidir se você vai ou não tomar a vacina. Isso não existe. Nós queremos é buscar a solução para o caso”, afirmou Bolsonaro.

Com o Brasil batendo a casa dos 157 mil mortos por Covid e 5,3 milhões de casos, Bolsonaro disse que não entende a “pressa” em sancionar uma vacina contra a Covid-19 se, normalmente, os pesquisadores levam pelo menos 4 anos para desenvolver e aprovar um imunizante. Na semana passada, por briga política com João Doria, ele mandou o Ministério da Saúde cancelar a compra de 46 milhões de doses da Coronavac.

“São várias empresas, universidades que estão aí buscando a vacina para a Covid. O que a gente tem que fazer aqui é não querer correr, não querer atropelar, não querer comprar dessa ou daquela sem nenhuma comprovação ainda”, afirmou Bolsonaro.

O ex-militar ainda chamou a hidroxicloroquina, ivermectina e o vermífugo Anitta de curas da Covid. “Pelo que tudo indica, todo mundo que tratou precocemente com uma destas três alternativas aí foi curado.”

A investida de Bolsonaro contra a judicialização da vacinação obrigatória ocorre após o presidente do STF, Luiz Fux, afirmar à imprensa que o tema será decidido pela Corte. O ministro Ricardo Lewandowski, que é relator de processos do gênero, acelerou a tramitação de um dos casos de repercussão geral.

Leia mais:

Vacinação obrigatória será julgada no Supremo em ação de repercussão geral

 

Redação

5 Comentários

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  1. Afinal, o STF vai decidir se tomaremos s vacina do Doria, do Putin, do Bolsonaro ou do Trump?

    Resposta: Não. Eu vou decidir qual vacina e quando eu me sentir seguro da segurança e eficácia.

    1. Gregório e Presidente : O Poder Judiciário do Estado Ditatorial Caudilhista Absolutista Assassino Esquerdopata Fascista é capaz de obrigar, de forma impositiva e ditatorial, o Cidadão Brasileiro com a mesma celeridade que este Poder Judiciário na figura de STF liberou Traficante Condenando. São 90 anos onde esta Elite tudo pode no seu Poder e Estado Totalitário. Mas fantasiado como Redemocrático.

  2. O despresidente adolinquente Jair BiBizarro, nesta “guerra de vacina” atrasada em mais de século (como quase tudo com ele), questionou se “não é mais barato desenvolver remédio do que vacina”.
    Criou um novo ditado invertido: “é melhor remediar do que prevenir”
    Prefere ficar doente e depois curar do que tomar uma injeção ou similar e nunca ficar doente.
    Doenças com todos os seus transtornos, riscos e prejuízos., mas é “mais barato”…
    Enquanto esse distracionista e mentiroso contumaz nos leva a discutir idiotices, vão esquartejando a Petrobrás, a CEF, o BB, os Biomas, a Embraer, a Eletrobrás, a Nuclebrás, os direitos sociais, trabalhistas, a economia em geral, a saúde, a educação, as aposentadorias, nossa soberania, riquezas, segurança (“milícias já superam tráfico”), diversidade…
    E nós discutindo o direito de cada um em ameaçar a proteção mútua de todos, em não usar máscaras, não tomar vacinas (que sequer existem ainda), em desprezar uma das maiores pandemia da História, convencendo fanáticos (um crime público!) que existem remédios milagrosos que curam ou previnem a doença.
    QUAL O PERCENTUAL DE MORTOS POR CAUSA DESTA CONFUSÂO DELIBERADA?
    Num país de imensos problemas, dá uma de especialista de roda de botequim em trânsito, discutindo duração e pontos de CNH, cadeirinhas e radares. Ou coisas piores, até correndo atrás de emas em jardins.
    Colocamos um alucinado psicótico no governo e batemos palmas pra ele dançar?!
    Será que o PhD prêmio Nobel de medicina tem medo de uma eventual vacina em modo supositório?
    E contra seus “princípios”, se viciar?

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