Lava Jato tentou destruir a Petrobras, relembra Lula

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Presidente faz discurso de proteção à petroleira, em meio à defesa da exploração responsável da Margem Equatorial

Discurso de Lula em anúncios de investimentos à Petrobras – Foto: Ricardo Stuckert/Secom-PR

Em meio à campanha de comunicação para defender a exploração responsável do petróleo na Margem Equatorial pela Petrobras, o presidente Lula fez um discurso de proteção à petroleira brasileira e relembrou a tentativa de destruição da Petrobras pela Operação Lava Jato.

“O que estava em jogo na questão da Lava Jato era a destruição da indústria de engenharia desse país e a tentativa de destruir a Petrobras, criando uma imagem negativa da Petrobras no mundo”, falou Lula, durante evento de anúncio dos investimentos na frota naval da Petrobras em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

O presidente fez questão de lembrar os impactos negativos da Operação, comandada pelo ex-juiz, posterior ministro de Jair Bolsonaro e atual senador Sérgio Moro (União). O GGN produzirá um documentário – A Caixa-Preta da Lava Jato – que revelará os crimes que ainda permanecem impunes da Operação Lava Jato, acarretando em perdas à Petrobras [saiba mais aqui].

“Depois de dificuldades em privatizar a Petrobras, transformaram a Lava Jato num caça-níquel contra a Petrobras e seus trabalhadores. Se você praticou corrupção, prende o dono, mas não prejudique os trabalhadores”, disse Lula, nesta segunda-feira.

Ao destacar os esforços e avanços da petroleira nacional, Lula disse que a Petrobras “foi crescendo aos trancos e barrancos”, incluindo as privatizações de “pedaços” da estatal. “Diziam que era bobagem investir e que o bom era pagar dividendos”, disse.

“Diziam que era bobagem fazer sondas e plataformas aqui, porque custa menos. Mas quanto custa para o país, para o aprendizado tecnológico nosso? Quanto volta ao povo brasileiro?”, questionou.

Lula destacou a importância da Petrobras, em sua “vocação para ajudar a crescer esse país”.

Defesa da exploração Margem Equatorial

As palavras do presidente ocorrem na sequência dos esforços do governo para derrubar a imagem de que a exploração de petróleo da Margem Equatorial é algo negativo. Ainda no mesmo evento em Angra dos Reis, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a atividade na região, com vistas ao retorno para o país.

Segundo Silveira, a exploração da Margem Equatorial permitirá investimentos na ordem de R$ 1 trilhão para programas sociais, na saúde e educação dos brasileiros.

“R$ 1 trilhão de reais em contribuição para a saúde e educação com a possível exploração da Margem. Como não defender isso? Temos que gerar empregos e renda para todo o país”, disse o ministro.

Em sua fala, o ministro também defendeu que a atividade seria feita “de maneira ambientalmente sustentável”, mas que não “podemos abrir mão de oportunidades estratégicas”.

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