Jornal GGN – O ministro Marco Aurélio Mello defendeu que o inquérito sobre a interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal seja distribuído por sorteio após a aposentadoria do hoje relator, Celso de Mello.
Segundo o Estadão desta segunda (21), Marco Aurélio é o herdeiro natural das ações do decano, que deve se aposentar do Supremo em novembro. Mas Marco Aurélio rejeita receber como herança o inquérito que atinge o presidente da República.
“Ante a urgência de todo e qualquer inquérito, de todo e qualquer processo-crime, há de ser distribuído (a outro ministro). Não aceito simplesmente herdar”, disse Marco Aurélio Mello.
“Sou substituto do ministro Celso de Mello, não pelo patronímico Mello, mas por antiguidade, enquanto ele integrar o tribunal. E não aceito designação a dedo. Mas, como os tempos são estranhos, tudo é possível”, acrescentou.
Celso de Mello está de licença médica até o dia 26 de setembro. Enquanto segue afastado, Bolsonaro tenta emplacar no STF que seu depoimento no inquérito seja por escrito, e não pessoalmente, como defendeu o decano em decisão recente.
Marco Aurélio decidiu suspender o inquérito até que Celso de Mello retorne.
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