Marina: ênfase exclusiva em “nova política” pode não colar

 
Jornal GGN – Candidata Marina Silva angaria cerca de cinco pontos percentuais entre eleitorado que não sabia em quem votar. Ao mesmo tempo, aumenta vantagens sobre Dilma e Aécio Neves nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e entre a população mais pobre. Com pouco tempo no horário eleitoral, terá agora que solidificar esses resultados. Para tanto, precisará sair do discurso de ser a precursora de uma “terceira via” e apresentar propostas claras de governo. 
 
Da Folha de S.Paulo
 
Sucesso de ex-senadora depende da cristalização do eleitorado
 
Por MAURO PAULINO
DIRETOR-GERAL DO DATAFOLHA
ALESSANDRO JANONI
DIRETOR DE PESQUISAS DO DATAFOLHA
 
O crescimento de Marina reflete muito mais a percepção positiva que a ambientalista conseguiu imprimir junto ao eleitorado em sua reapresentação como candidata do que uma eventual comoção pela morte de Eduardo Campos.
 
Diferentemente de seus adversários, ela aproveitou bem o espaço que lhe cabia nos eventos de mídia que ocorreram no período. Criou expectativa para a oficialização de sua candidatura e transmitiu protagonismo em debates e entrevistas de repercussão.
 
Mesmo com pouco tempo no horário eleitoral, figura como uma das candidatas de melhor desempenho no programa. Se o discurso da chamada “terceira via”, da crise de representação e da descrença na política vinha encontrando maior aderência no perfil mais próximo dos manifestantes de 2013 e dos que votariam em branco ou anulariam o voto –mais jovens, de alta escolaridade e moradores das regiões metropolitanas–, Marina invade agora outros territórios.
 
Supera seu recall de 2010 (teve 18% do total de votos naquele ano) e sua melhor marca no Datafolha em 2014 (27% em abril deste ano) ao elevar seu apoio em estratos de grande peso quantitativo.
 
Ultrapassa e abre vantagem sobre Aécio Neves nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde o tucano tinha taxas expressivas de intenção de voto, além de crescer de maneira significativa entre os de menor renda e baixa escolaridade, grupos onde Dilma e o governo sempre demonstraram grande força.
 
Nesse novo ambiente, a candidata agrega à sua taxa de intenção de voto cerca de cinco pontos percentuais de eleitores com perfil mais volúvel, isto é, que escolhem Marina ao serem estimulados, mas ainda se mostram incertos sobre a opção.
 
Desse conjunto, a maioria rejeita Dilma e mostra alguma simpatia por Aécio. Quanto ao potencial, o alto grau de possibilidade de conversão à candidatura da ex-ministra, que já foi de oito pontos, agora fica em cinco.
 
Sobre os resultados de segundo turno, é cedo para conclusões. A dinâmica e a lógica da disputa devem mudar.
 
Se a crítica à polarização entre PT e PSDB encontrou respaldo popular, o histórico do confronto em anos anteriores tampouco serve de referência. E mesmo com a vantagem atual de dez pontos de Marina sobre Dilma, a vitória dependerá do grau de cristalização de seu novo eleitorado.
 
Propostas concretas e um claro programa de governo, em resposta às demandas da população e à incerteza no cenário econômico serão decisivos. A ênfase exclusiva no discurso da “nova política” pode, com o tempo, afastar parte dos recém-conquistados eleitores da ambientalista, que deixou de ser coadjuvante na sucessão.
Redação

54 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. A Voz Rouca

     

    As virtudes de Lula são conhecidas, e é inegável que o Brasil deve em grande parte a ele o fato de a desigualdade social ter sido alçada ao topo do debate político nacional. Não fosse por outras coisas, apenas isto já lhe daria um lugar de gala na história.

    Mas falta a Lula uma característica vital nos líderes verdadeiramente transformadores: audácia.

    Algumas pessoas atribuem essa carência à alma conciliadora que é marca dos sindicalistas. Eles se dedicam à arte de acomodar os interesses de seus comandados com os das empresas. Eles essencialmente negociam, e não rompem.

    O homem conciliador – conservador, sob certos aspectos — se revelou logo na Carta aos Brasileiros, na qual basicamente se comprometia a não ir muito longe na luta contra velhos privilégios.

    Da Carta aos Brasileiros ao elogio fúnebre de Roberto Marinho e às sucessivas alianças com o que há de mais atrasado em nome da governabilidade, incluído Maluf, o caminho de Lula foi, a rigor, previsível.

    O extraordinário é que a plutocracia, em vez de agradecer a Deus por Chávez ter nascido na Venezuela, tenha tratado Lula como tratou Getúlio, primeiro, e Jango depois: a pauladas.

    Em nenhum momento a disparidade de tratamento – um lado delicado, lhano, e o outro brutal, destrutivo – foi tão clara como no caso do Mensalão.

    Durante muito tempo ecoarão nos ouvidos nacionais os berros proferidos por homens como Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes – para não falar no exército de comentaristas e colunistas como Jabor, Merval, Reinaldo Azevedo et caterva.

    A internet, ainda incipente, ofereceu o contraponto possível aos neolacerdistas nos debates sobre o Mensalão.

    Mas ficou faltando uma voz que os brasileiros são loucos por ouvir: a de Lula.

     

    https://jornalggn.com.br/noticia/paulo-nogueira-sociedade-merece-ouvir-opiniao-de-lula-sobre-o-julgamento

    1. Análise um pouco torta por que

      … não fosse o seu lado conciliador, estaríamos discutindo a reeleição do Aécio depois de 2 mandatos do Serra.

      Sem conciliação nunca teria sido eleito, nem tomaria posse, nem reeleito, nem elegendo sua sucessora.

      Que o PT foi engolido pela conciliação, não há dúvidas, mas não existia outro caminho.

      O ódio político no Brasil atual não é do PT e assimilados para a “direita” (PSDB incluso), mas desta “direita” (PSDB incluso) contra PT  e assimilados. Sei disto muito bem por experiência própria como membro da classe media “tradicional” paulista.

  2. marina é a candidata de “Deus…

    … mercado”

    A “nova política” de marina é o neoliberalismo.

    É roubar dos pobres para dar aos ricos.

  3.  
    Tenho minhas dúvidas se o

     

    Tenho minhas dúvidas se o povo está mesmo interessado em ver porpostas de candidatos. Penso que a população quer mudança de qualquer jeito, e como Marina não é PT e nem PSDB, ela vai acabar levando.

    1. Também certeza disto.

      O lance é que o povo brasileiro, na maioria, nunca ligou para a política do país. Também ligar pra quê, era somente notícia ruim e muita enrolação.

      Agora continua a mesma coisa, mais por causa da propaganda negativa dos meios de comunicação que querem ver a coisa pegar fogo. Porque nestes últimos 12 anos as ações dos governos mudaram demais.

      Mas é assim, nosso país ainda possui muita gente traíra. E filho de traíra, trairinha será.

      Não existe uma vontade única da nação, um rumo político único, metas unificadas independente do partido político.

      A vontade do povo é tirar o PT de lá. Este partido já roubou demais.

      Vamos torcer para o próximo governante não jogar os poucos avanços no limbo. 

       

    2. Já levou. Acabou a eleiçao

      Já levou. Acabou a eleiçao para presidente eu nao tenho mais duvidas.

      PT e PSDB vivem em pé de guerra, num denuncismo com xingamentos diários. 

      E Marina sem precisar dizer absolurtamente nada se distinguiu como uma “boa” alternativa ao eleitorado.

      Tudo que ela disser daqui para a frente será bem recebido, pois será novidade.

      E o eleitor, em sua grande maioria, nao sabe distinguir o que é bom ou ruim para o país, infelizmente

      1.  
        Independente de simpatias

         

        Independente de simpatias eleitorais, não consigo entender esse clima. Afinal, as pesquisas até agora divulgadas são confiáveis ou não? Como ironizou um comentarista aqui no blog, não seria melhor esperar uma do vox populi e tirar a média ?

        Outro ponto ( e aí mais uma vez dando crédito às pesquisas ) é a desqualificação dos eleitores, ou do povo, seja o que for, que não saberia votar. Até ontem sabiam.

        Sei lá, essa passagem  da Quinta Sinfonia à Marcha Fúnebre em tão pouco tempo, gera um clima pesado no blog, antes da hora. Então é melhor fazer como o maltratado Gunter, que expõe seus motivos para escolher uma candidata, e pronto. Sem traumas, sem catastrofismo. E batalhar para conquistar votos para os candidatos de sua preferência.

  4. Marina Silva promete

    Marina Silva promete legalizar o casamento gay num palco, no outro defende o deputado-pastor que quer criar o tratamento obrigatório de desgayzação. Num dia ela prega a moralidade, no outro é fotografada ao lado de sonegadores contumazes de impostos federais. Ela sorri no velório e faz cara de séria quando seus adversários ironizam suas contradições no debate. Marina Silva tentou criar um partido (a Rede), é candidata por outro partido (PSB), mas em sua propaganda eleitoral afirma que os brasileiros devem se unir como se não tivessem partidos ou como se quisesse proibir a existência dos partidos. Num momento ela defende a melhor distribuição de renda, no momento seguinte diz que o Pré-sal (grande fonte de recursos que possibilitaria distribuição de renda) deve ser esquecido. Na frente dos católicos ela beija a imagem da Padroeira do Brasil, junto aos evangélicos defende as candidaturas de pastores e bispos que pregam a destruição dos ícones religiosos. Ela se diz defensora do meio-ambiente e aceita dinheiros eleitorais de empresas que poluem. Marina Silva agradeceu a Deus por que este supostamente lhe revelou a necessidade de parar de viajar no avião que caiu e não avisou seu colega de chapa deixando-o morrer num acidente aéreo. Ela chegou onde está fazendo política e diz que não fará politicagem se for eleita. Ninguém precisa ser muito perspicaz para perceber que Marina Silva não diz a que veio. E, véio, eu conheço bem outro político que usou este tipo de estratégia para chegar ao poder: ADOLF HITLER.

  5. O mar, não a onda

    Na vida há algo maior do que ela própria.

    Às vezes não percebemos, não vemos com clareza, mas sentimos a sua força.

    E aí sim, percebemos que é maior do que nós.

    Vem e toma conta das nossas mentes. Não há como resistir.

    Assusta saber que há algo em você maior do que você?

    Recuar?

    Ainda que nos acovardássemos e tentássemos não conseguiríamos.

    Lembre; há uma força maior.

    Importa que alguém entenda?

    Não.

    Importa que nós entendemos e sabemos o quanto é parte das nossas vidas.

    Há uma razão e ninguém a conhece mais do que nós.

    É a nossa causa.

    Não somos o “contra tudo que está aí”.

    Construímos o que está aí.

    Com erros.

    Mas os acertos saltam aos olhos.

    Ainda que alguns olhos não consigam ver.

    Em algum momento os ventos não sopram a favor?

    Aproveite as mudanças de vento e mude a direção dos seus moinhos.

    Mas, desde já, uma coisa é importante; não vamos baixar o nível.

    Sob nenhuma hipótese.

    Precisamos entender que não podemos fazer o mesmo jogo que fizeram nesses últimos 12 anos contra Lula-Dilma-PT.

    Em todo esse tempo jogaram bananas para nós nos estádios da vida.

    Esse não é o nosso jogo.

    Vamos continuar mostrando, argumentando, contra argumentando, mas sem agressões. Muito menos pessoais.

    Esse é o nosso jeito.

    E é justamente essa a nossa força.

    Porque temos lado. E bem definido.

    E o nosso lado não é o lado contrário.

    Não somos o anti.

    Somos a afirmação.

    Não estamos sem rumo.

    Não temos um candidato a depender da onda.

    Qualquer um serve, contanto que…

    Para nós, não.

    Não mudamos de candidato para ganhar.

    Isso é perder.

    Ainda há muito a conversar.

    E a fazer.

    1. Eis o ghost writer da Marina.

      Eis o ghost writer da Marina. Caro não se trata de escolher o melhor neurolinguista. Trata-se da escolha do presidente da república. A coisa é muito mais séria do que ficar falando platitudes.

  6.  Marina Silva promete

     Marina Silva promete legalizar o casamento gay num palco, no outro defende o deputado-pastor que quer criar o tratamento obrigatório de desgayzação. Num dia ela prega a moralidade, no outro é fotografada ao lado de sonegadores contumazes de impostos federais. Ela sorri no velório e faz cara de séria quando seus adversários ironizam suas contradições no debate. Marina Silva tentou criar um partido (a Rede), é candidata por outro partido (PSB), mas em sua propaganda eleitoral afirma que os brasileiros devem se unir como se não tivessem partidos ou como se quisesse proibir a existência dos partidos. Num momento ela defende a melhor distribuição de renda, no momento seguinte diz que o Pré-sal (grande fonte de recursos que possibilitaria distribuição de renda) deve ser esquecido. Na frente dos católicos ela beija a imagem da Padroeira do Brasil, junto aos evangélicos defende as candidaturas de pastores e bispos que pregam a destruição dos ícones religiosos. Ela se diz defensora do meio-ambiente e aceita dinheiros eleitorais de empresas que poluem. Marina Silva agradeceu a Deus por que este supostamente lhe revelou a necessidade de parar de viajar no avião que caiu e não avisou seu colega de chapa deixando-o morrer num acidente aéreo. Ela chegou onde está fazendo política e diz que não fará politicagem se for eleita. Ninguém precisa ser muito perspicaz para perceber que Marina Silva não diz a que veio. E, véio, eu conheço bem outro político que usou este tipo de estratégia para chegar ao poder: ADOLF HITLER.

  7. é isso que o PT tem de fazer..

    o que o PT tem de fazer é  desconstruir essa farsa que é Marina e seus asseclas..do site Conversa Afiada..

     

     Publicado em 30/08/2014

    PROFESSOR DESMONTA CONTEÚDO 
    DO SITE “MARINA DE VERDADE”

    Gustavo Castañon, filiado ao PSB, contesta informações sobre a Bláblárina.

    COMPARTILHEVote: Avaliação NegativaAvaliação Positiva (+1)| Imprimir Imprimir 

     

    Ilustração originária do Marineitor

     

     

     

    O Conversa Afiada reproduz artigo do professor Gustavo Castañon, extraído do Viomundo:

     

    FILIADO AO PSB CONTESTA CONTEÚDO DO “MARINA DE VERDADE”

    por Gustavo Castañon

    Candidata Marina Silva, meu nome é Gustavo Castañon. Sou, entre outras coisas, filiado há mais de dez anos ao PSB, partido que hoje a senhora usa para se candidatar, professor na Universidade Federal de Juiz de Fora e um cristão convicto, como acredito que a Senhora também seja, do seu jeito.

    Investida de seu eterno papel de vítima, sua campanha lançou um site na internet chamado“Marina de Verdade” (com V maiúsculo mesmo) para combater supostas “mentiras” espalhadas contra a senhora na internet. Vou aqui responder uma a uma as afirmações de seus marqueteiros no site citado, oferecendo os links de fontes das minhas afirmações.

    1 – Não Marina, você não sofre preconceito por ser evangélica.
    Você é que acredita que todos aqueles que não compartilham de suas crenças queimarão eternamente no fogo do inferno. É o que está claramente descrito no credo (credo 14) de sua agremiação religiosa. Que nome podemos dar a isso? Certamente é um nome mais assustador do que intolerância ou preconceito. Talvez essa seja a origem de seu maniqueísmo, já que separa o mundo entre os bons, que apoiarão seu possível governo, e os maus, que lhe fariam oposição, como eu. O seu problema não é ser protestante. É ser da Assembleia de Deus, associação pentecostal de vários ramos que interpreta literalmente o Antigo Testamento, e que tem entre seus pastores Marcos Feliciano, que vende curas a paraplégicos, e Silas Malafaia, este homem que hoje defende da “cura gay” à teologia da prosperidade e vende bênçãos de Deus. Eu me pergunto: o que alguém que faz parte de uma organização que faz comércio com a palavra de Cristo é capaz de fazer na vida política? Qual o nível de inteligência que pode possuir alguém que faz interpretações tão rasteiras do significado da Bíblia? Essas são perguntas legítimas que as pessoas se fazem, e não por preconceito, mas por conceito.

    2 – Não Marina, o Estado Laico deve intervir nas práticas religiosas quando são fora da lei.
    Se uma religião resolve reinstituir o sacrifício de virgens dos Astecas ou a amputação de clitóris comum em alguns países muçulmanos hoje, o estado tem que observar inerte essas práticas em nome da liberdade religiosa e do laicismo? Não, candidata. Nenhuma organização está acima da lei num Estado Laico.

    3 – Não Marina, você não é moderna, você é uma fundamentalista mesmo.
    O fundamentalismo religioso não é a negação do Estado Laico, essa é só uma espécie de fundamentalismo, o teocrático. O fundamentalismo se caracteriza pela crença de que algum texto ou preceito religioso seja infalível, e deva ser interpretado literalmente, tanto em suas afirmações históricas como comportamentais ou doutrinárias. E o ataque ao Estado Laico pode vir também pela incorporação de leis, que desrespeitem as minorias religiosas ou não religiosas, impondo um valor comportamental de determinada religião a todos os cidadãos. Isso faz da senhora uma fundamentalista (Assembleista) que compartilha das crenças de Feliciano e Malafaia, e uma adversária, se não do Estado Laico, do laicismo que deveria orientar todas as nossas leis, poisdefende plebiscitos sobre esses temas para impor a vontade das maiorias religiosas sobre as minorias em questões comportamentais.

    4 – Não Marina, você é, sim, contra o casamento gay.
    Você agora diz que está sofrendo ataques mentirosos na internet sobre o tema, mas sempre se colocou abertamente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, defendendo somente a união civil nesse caso. E não adianta simular que o que o movimento gay está reivindicando casamento religioso. O casamento é também uma instituição civil. Você só defende união de bens, sem todos os outros direitos que o casamento confere às pessoas. O vídeo acima e mais esse vídeo aqui provam esse fato de conhecimento público.

    PS: Hoje, dia 29/08/2014, ao lançar seu programa de governo, a candidata mudou uma posição defendida por toda vida, faltando um mês para a eleição. Por que?

    5 – Realmente Marina, você não é petista.
    Você abandonou o partido que ajudou inestimavelmente a construir sua vida política, ao qual você deve todos os mandatos e o único cargo que ocupou até hoje, porque não tinha espaço para sua candidatura à presidência. Hoje, você busca se associar, sem qualquer pudor ou remorso, a inimigos ideológicos históricos do partido, repetindo as práticas que supostamente condena no PT e chama de “velha política”. Só que faz isso somente para chegar ao poder e construindo um projeto oposto àquilo a que defendeu toda a vida.

    6 – Realmente Marina, você não é tucana. Mas sua equipe econômica é.
    Sua equipe econômica conta com André Lara Resende e Eduardo Giannetti, ex-integrantes da equipe econômica do governo FHC, além de seu coordenador Walter Feldman, que fez toda sua história no PSDB. Suas propostas econômicas são as mesmas do PSDB. Agora, de fato, o que nem o PSDB jamais teve coragem de ter é uma banqueira como porta voz de sua política econômica… Você não quer alianças com governos atuais de nenhuma agremiação, como o de Alckmin, exatamente para manter sua imagem de anti-tudo-o-que-está-aí. Mas não se sente constrangida em ter o vice de Alckmin na coordenação financeira de sua campanha, nem de convidar o “bom” representante de sua “nova política” José Serra para seu governo…

    7 – Não Marina. Você defendeu, sim, Marcos Feliciano.
    Você afirmou que ele era perseguido na CDH não por causa de suas posições políticas, mas por ser evangélico. Disse que isso era insuflar o preconceito religioso. Não, candidata. Você está falando de seu companheiro de Assembleia de Deus, um homem processado por estelionato, que pede senha de cartão de crédito de seus fiéis, que defende que os gays são doentes e os descendentes de africanos amaldiçoados. Recentemente, esse homem que você afirma ser vítima do mesmo preconceito que você sofreria, afirmou à revista Veja: “Eu não disse que os africanos são todos amaldiçoados. Até porque o continente africano é grande demais. Não tem só negros. A África do Sul tem brancos”. Ao usar essa estratégia de defesa pra ele e para você, você reforça os preconceitos da sociedade e o comportamento de grande parte dos pentecostais de blindar qualquer satanás que clame “Senhor, Senhor” em suas Igrejas.

    8 – Não Marina. Você não é só financiada por banqueiros. Eles coordenam seu programa!
    Neca Setúbal, herdeira do Itaú, não é só sua doadora como pessoa física. Ela é a coordenadora de seu programa de governo e sua porta-voz, e já declarou que você se comprometeu a dar “independência” (do povo e do governo) ao Banco Central, que fixa os juros que remuneram os rendimentos dela. Da mesma forma, o banqueiro André Lara Resende, um dos responsáveis pelo confisco da poupança na era Collor e assessor especial de FHC, é o formulador de sua política econômica.

    9 – Não Marina, você é desagregadora e vilipendia a classe política. Seu governo será o caos.
    Você é divisionista e maniqueísta e implodiu meu partido em uma semana de candidatura. Vai deixar seus escombros para trás quando chegar ao poder, como sabemos e já anunciou, para delírio daqueles que criminalizam a política. Seu partido é nanico, e se não o criar com distribuição de cargos, continuará nanico. Com a oposição certa do PT, terá que governar com a mídia e os bancos, que cobrarão o apoio com juros. Precisará do PMDB, que você acusa de fisiologismo, e do PSDB e o DEM, que lhe exigirão não só cargos, empresas públicas e ministérios, mas também a volta das privatizações. A única base congressual que lhe será fiel é a bancada evangélica, que cobrará seu preço com sua pauta de controle dos costumes e seu fisiologismo extremo. Resultado, você vai entregar a alguém o trabalho sujo do fisiologismo ou mergulhará o país no caos.

    10 – Não Marina, seu marido foi sim acusado de contrabando de madeira.
    E não só isso, foi acusado pelo TCU de doação de madeira clandestina. A senhora usou sua força política de Ministra para impedir que o caso fosse investigado, como sempre fazem na “velha política”. Mais tarde o MP arquivou, como fazem com todas as denúncias contra membros da oposição. Mais uma vez, fato bem comum na “velha política”. Nada é investigado.

    11 – Não Marina, Chico Mendes não era da elite. A elite é que o matou.
    Em mais uma tergiversação semântica demagógica, num vilipêndio à memória de seu companheiro, a senhora tomou o termo “elite” pelo sentido de elite moral, para acusar de “divisionismo” os que lutam contra a elite econômica brasileira. Essa mesma elite que mantém o Brasil como um dos dez países mais desiguais do mundo e que hoje está acastelada no seu programa de governo e campanha. Seu discurso despolitizante busca mascarar a terrível e perversa divisão de classes no Brasil e é um insulto aos seus ex companheiros de luta. Seu uso demonstra bem à qual elite você serve hoje, e nós dois sabemos que não é à elite moral. A elite moral desse país está lutando contra a elite econômica para diminuir nossa terrível e cruel desigualdade social. E você, Marina, não é mais parte dela.

     

  8. Sempre votei no PT. E vou

    Sempre votei no PT. E vou votar novamente.

     

    Mas não estou cego. O partido está  perdido. O governo Dilma, está longe de ser um sucesso.

    Baixo crescimento econômico, o setor privado não gosta do estilo dela e joga pesado contra ela.

    O setor privado não morria de amores pelo Lula, mas conseguia conviver bem. Ganharam dinheiro como nunca e isto permitiu ao governo Lula um certo grau de distribuição de renda no nas, cedouro. Pois uma vez na mão da elite, ninguém tasca mais, quem tentar cai. Não existe redistribuição, ou se distribui um pouco melhor no nascedouro ou já era.

     

    O mar de lama que a imprensa ajuda a amplificar (corrupção teve em todos os governos desde que Cabral pois os pés por aqui) no governo petista e a diminuir nos governos simpáticos, começa a fazer efeito com a sensação de que a ascenção social da maioria dá sinais de estagnação.

     

    Eu acredito que esta eleição já está perdida. Não há tempo hábil para a desconstrução da candidatura Marina Silva, ela parece sentir que as chances de vitória são muito grandes e acredito que não cometerá nenhuma barbeiragem grande.

     

    Parte substancial da elite econômica, empresarial e das comunicações, estão embarcando em sua candidatura. Pequenas derrapagens dela, serão ingnoradas ou minimizadas. Casos como Ciro Gomes X Patrícia Pilar  não deverão ocorrer.

    Sei que falta mais de um mes para o primeiro turno e quase dois meses para o segundo turno, mas acho que esta onda vai colocar o PT na oposição.

  9. MONTANDO AQUI MEU PROGRAMA POLÍTICO PARA 2018

    A novidade do jeito novo de fazer o novo com uma nova sustentabilidade.

     

    Pretendo superar a fragmentação do mundo em crise compondo novas sínteses baseadas em novas harmonias com a confiança que vem do que é sustentável.
    Para vencer a polarização PT/PSDB, articularei perspectivas holísticas partindo de uma releitura repaginada de narrativas a nível de mundo globalizado.
    A economia deve despegar-se do é, para tornar-se um “via a ser”, desmembrando o velho e engendrando o nupérrimo como sapiência de alcançar o sincrético, fundindo metanarativas de antípodas de relações de produtividade.

    NÃO TEM COMO O BRASIL NÃO MELHORAR!!!!!

    1. Bravo, muito bom, muito “muderno”

      acho que entendi tudo, quer dizer, também não me pede para resumir.

      Mas com isso meu voto em Marina está consolidado.

      E se o capeta fizer dar algo errado vou gritar contra os políticos.

      P.S. Vou ganhar assinatura grátis da genial revista veja?

    2. Pô, você esqueceu do

      Pô, você esqueceu do “assegurar a independencia do Banco Central o mais rapidamente possível, de forma institucional”. Neste quesito não tem balela, o objetivo é claro.

      1.   Mas essa parte

          Mas essa parte (independência do BC e outros itens do gênero) e a de Política Externa o rapaz de Londres trouxe prontinha na bagagem. Tudo bem explicadinho. A parte da Nova Política é que é, digamos, flexível.

  10. Nossos problemas acabaram

    Mas bah, tchê. Com Marina agora crescendo nas pesquisas fiquei tranquilito no más.

    Fui dormir como um poço de serenidade.

    Antes era aquela guerra entre PT e PSDB. Lula e FHC.

    E agora, nossos problemas acabaram.

    Os ecologistas poderão cultivar seus produtos com agrotóxicos.

    Os índios poderão viver nas terras dos agricultores e estes plantarão nas suas aldeias.

    Os sem terras serão bem recebidos nas estâncias e lá poderão viver em paz com os fazendeiros.

    Aqueles que curtem um baseado poderão fumar nas igrejas evangélicas e as moças que fazem aborto serão acolhidas pelos pastores, que celebrarão casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Sem discriminação.

    Os pacifistas tomarão um choquinho no fim de tarde com os fabricantes de armas.

    Os patrões irão contratar seus empregados até o dia em que estes decidirem ir embora.

    Os salários de todos os brasileiros e brasileiras será decidido numa grande assembleia, participando faxineiros, vigilantes, secretárias, procuradores, promotores, juízes, legisladores, gestores públicos e privados. Todos decidirão quanto vale o trabalho de cada um, o tempo de férias, folgas, horário de expediente, etc, e assim será repartido o tempo e os frutos do trabalho.

    Nada de construir hidroelétricas, térmicas, parques eólicos e cobrar contas de luz. Cada um receberá uma placa solar e um catavento para gerar sua própria energia em casa.

    Com suas bicicletas todos se deslocarão de casa para o trabalho sem poluição e congestionamento no trânsito. Quiçá cada um tenha seu próprio helicóptero movido a caldo de cana, dos Setubal, passando pelos Marinhos, pelo Eike, Luciano Huck até o gari João (do alto de sua vassoura) e a diarista Maria.

    E assim será feito até o sexto dia de governo…

    Mas bah tchê, que magavilha! Sem esses políticos desonestos e essa política suja.

  11. Brasil vai virar laboratorio

    Essa Nova Politica da Marina aponta para um perigoso laboratorio de hiperliberalismo no Brasil. É o desmonte da politica e do Estado que emerge quando traduzimos esse amontoado de simbolismos embutido no discurso de Marina e sua equipe econômica.

    Governar “com os bons” significa um arranjo suprapartidario de todas as forças comprometidas com o Estado Mínimo e com a a Autonomia do Banco Central, os dois pilares da entrega definitiva do Estado para o Mercado.

    O PT que se cuide pois existe uma clara ameaça de exterminio politico de seus integrantes mediante um Mensalão 2.0 ou equivalente, condição imprescindível para aniquilar o poder politico de qualquer oposição ao terrível projeto que se desenha nas pranchetas do eixo Gávea-Wall Street.

    As tecnologias de controle e manipulação de massas ( que a midia e analistas ingenuos chamam de Redes Sociais) já substituiu os movimentos populares e trabalhistas canais de “participação” popular.

    Ainda dá tempo para denunciar esse projeto na campanha eleitoral. Vamos acompanhar.

  12. Marina: ênfase exclusiva em “nova política” pode não colar

    O povo brasileiro, informado ou não, manipulado ou não, quer ter a Marina como presidente, que seja assim.  Eu me rendo ao clamor popular, como elitor convicto que sou da Dilma, de Lula e do Pimentel em Minas.  No tempo do Juiz Samuel, os evangélicos conhecem esta passagem.  o povo queria ser governado por um rei, Deus disse a Samuel, um rei vai explorar o meu povo com altos impostos, escravidão, guerras, corrupção e tudo mais, mas se é isto que eles querem vou lhes dar um rei.  O primeiro foi Saul, depois Davi, em seguida Salomão, depois seus filho.  E o povo judeu numca mais teve paz.  É assim mesmo, aliás, como diz aquele consultor técnico da Empíricus, o governo segura a inflação, vai haver uma catástrofe econômica, o diagnóstico é grave e a situação é dramática.   Só faltou dzer: “Está todo mundo torcendo para a bomba cair no colo de um otário, inclusive Dilma e o PT.”  Afinal, se é  esta de fato  a situação do Brasil, e todos os adversários da Dilma e do PT rezam pela mesma cartilha, o melhor mesmo é  deixar  a batata quente nas mãos da messianica, pois somente ela, escolhida por “deus” no lugar do Eduardo Campos, está predestinada a  salvar o Brasil do holocausto que se aproxima, como estavam Jânio Quadros, o homem da vassoura, o mesmo que desinfetou a cadeira de prefeito de São Paulo, onde havia se sentado antedipadamente FHC, e  o Collor, não o de hoje, mas o caçador de marajás.  “yo no creo em las brujas, pero que las hay, las hay ,,,  
     

  13. Nova Política?

    O interessante desta jogada do mercado foi a forma como apertaram o PT pela direita e pela esquerda (a esquerda que a direita gosta) e pela juventude dita “apolítica”. Aecim apresentou-se pela direita tradicional e ganhou apoio da mídia tradicional deste segmento (o PIG), de empresários e industriais, que colaboraram enormemente neste plano, cortando investimentos, adiando pagamentos a fornecedores e terceirizados, e demitindo mesmo, ajudando a frear o PIB e a criar a imagem de país paralisado que, a rigor, é a base do discurso do Aécio.

    Pela esquerda, a força veio das redes sociais, da juventude “apolítica” e da força midiática do mercado (Facebook, Dilma vtnc nos estádios, mídias alternativas de jovem consumidor, “nova” política, apoio à causa LGBT, etc.). Até o movimento da Marina possui essa associação: A Rede.

    Os apelos devem ser com Lula na rua, recuperando a esperança e outros fatores invisíveis que mexem com a emoção do eleitor. O jovem gosta de aventura e, pelo andar da campanha, a Dilma não parece ser uma companhia atraente para estes jovens (ainda do lado do Temer), numa nova caminhada de 4 anos. Que sabe, assim como a Marina tem feito, o PT poderia anunciar novos quadros jovens nos ministérios e no governo, em geral, sacudindo a naftalina dos eternos políticos deste governo, simbolizados pelo Sarney. O PT deve focar na Presidência do Brasil agora. Depois, chamamos os “nossos bons” para trabalhar.

  14. Se não tem um Inimigo, que se crie um (com urgência)

    O que está em pauta não é a Crise em si.

    Nem se foi enfrentada de forma adequada pelo Lula/Dilma (e, eu acho que foi, vide que os USA, só agora, está saindo dela, se é que essa Recuperação será, mesmo, Sustentável. E, a UE se afunda).

    O que eu discuto aqui é o Carisma da Dilma e o seu “amontoado” de Dados e Realizações (estão começando a perguntar o Porquê dela não ter mostrado antes…).

    Ela tem feito muitas coisas, a maioria de Longa Maturação, que também não são o Objeto deste comentário.

    Tem conseguido, até, melhorar as Expectativas do Eleitor:

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/08/1508449-otimismo-com-economia-volta-a-crescer.shtml

    A Recessão Técnica é Polêmica até entre os Economistas Neoliberais:

    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/08/1508388-confirmacao-de-recessao-de-uma-economia-e-tema-controverso.shtml

    No entanto, ela continua sendo “só” a “Gerente/Poste” do Lula, em que até a Marina se permite o luxo de humilhar (quando esta mencionou que “o País precisa de um Estrategista”, Dilma deveria ter “subido nas tamancas” e “berrar” que só “Cagar Regras” não leva a nada, precisa “Entregar Resultados”, palavreado ouvido no nosso cotidiano Corporativo .

    Mas vamos em frente…

    O povão quer mais é “Excitação” (que chamam de “Mudança”).

    Nestas horas o surgimento de uma Liderança é importante para se conduzir a Catarse desta Multidão (A Elite, por definição, é e será contra Governos Trabalhistas).

    E, nada melhor do que Catalisar o Populacho em torno de uma Ameaça Externa.

    A Crise de 2008 tem uma “Imagem” fácil de ser capitalizada.

    Mas, a Dilma teria que mudar o Discurso, admitindo que o Lula errou quando disse que era só uma “Marolinha”.

    Na Prática, ela já está fazendo isso, ao admitir a Crise como causa da tal Recessão Técnica…

    Mas, tem que “Berrar”, “Bater o Pau na Mesa”, conclamar a População para “Preservar todas as Conquistas deste País”…

    Não dá para ter o mesmo discurso do Mantega.

    A Marina está certa: O País está “Precisando de um Estrategista”, mas que saiba fazer acontecer (o que nunca foi o caso da Marina).

    No Universo nada é gratuito. Mesmo não querendo, a Humildade, Verdadeira ou Falsa, em admitir um Erro (Marolinha) pode ser o Preço a Pagar…

  15. Conforme pesquisas, 60% dos

    Conforme pesquisas, 60% dos brasileiros não se interessam por política.

    O PT não venceu as eleições de 2002, o que ocorreu é que o PSDB perdeu.

    E perdeu por total incompetência:  desemprego galopante e apagão.

    O governo do Lula, comparado ao anterior, foi muito melhor, por isso ele conseguiu se reeleger e eleger a Dilma.

    Os 60% que nada entendem de política e nem querem entender votam com o bolso e o estômago.

    A campanha incessante da mídia contra o PT terminou por dar bons resutlados.

    Os 60% não entendem que o planeta está numa crise econômica quase sem precedentes e não entendem que por isso o Brasil está com a economia com pouco crescimento.

    Governar o Brasil de forma boa ou razoável é uma tarefa para poucos, muito poucos.

    Enfrentar a mídia monopolizada, a corrupção, a crise internacional, o jogo do toma lá dá cá e conseguir gerar empregos, obras de infraestrutura, royalties para educação, mais médicos, votar o marco regulatório da internet, mp dos portos, manter a inflação na meta e etc., vencendo todas as dificuldades, é para muito poucos.

    Marina sofre de dissonância cognitiva. Pensa que é muito, mas muito maior que é de verdade. É muito  vaidosa.

    Escondida numa capa de humildade.

    Os 60% têm uma vaga idéia do que representa a Marina.  Ah, gosto muito dela, ela defende a natureza…. é contra a corrupção. Vou votar nela, chega de bandidos.

    Bandidos são o PT e os mensaleiros, conforme prega a mídia oligopolizada 24 horas por dia.

    E o grande eleitorado jovem não sabe nada, é superficial e alienado, e eles são 23 milhões de eleitores.

    Marina vai levar o Brasil a uma crise de proporções semelhantes às que levaram o Jânio e o Collor.

    A mentalidade de gente messiânica, fanática religiosa é muito tacanha, e tem consequências extremamente desastrosas quando ocupa cargos cujas decisões afetam a vida de milhões.

    Para mim Marina é um poste do Mercado, que sabe jogar muito bem com sua prepotência mal disfarçada.

    Podem anotar e me cobrar.

    O Lula disse num programa do Ratinho, ao ser perguntado se voltaria, que não deixaria os tucanos voltarem.

    Eles estão voltando, fantasiados de tucarinas.

    E aí, Lula, você não tem que cumprir sua palavra?

    Só a troca de candidatura ( ainda dá tempo, mas pouco tempo) impedirá a catástrofe.

     

     

     

     

  16. Pesquisa do datafolha não contempla as abstenções

    Sobre os dados da pesquisa da datafolha, além daqueles 101% dos eleitores que avaliam o governo há, também 101% que participam da silumação do segundo turno entre Dilma X Aécio… Bem, podemos levar em conta que foi um pequeno erro de cálculo (só 1% a mais, ora!). Sobre pesquisa de intenções de voto, o Dataprado sempre fez melhor. O curioso, para não dizer leviano na publicação dos resultados é não levar em conta um dado muito concrerto: as abstenções. É claro que isto só poderá ser aferido após as eleições, mas há que ser ponderado. As abstenções foram: em 2002 = 18,12%; em 2006 = 16,75% e em 2010 = 18,12. São dados do segundo turno. Somando aos nulos e brancos que giram em torno dos 8 a 9 %, há sempre um quarto do eleitorado (ou mais!”) que não vota em nenhum dos candidatos. As pesquisas (fora a boca de urna) são feitas na rua e os resultados, aferidos nos escritórios das agências podem muito bem ser “ajeitados”, para usar um eufemismo suave. No dia da eleição, as pessoas precisam se deslocar até o local de votação. Será que os tão propalados críticos de “tudo o que está aí” sairão de seus facebooks e twiters para se deslocar para uma fila de votação? Acho que é muito otimismo esse retrato de momento que dá como provável a eleição de Marina no segundo turno. E mais: não avalio que há desgaste de uma relação política PT X  PSDB, pois o Alkmin vai bem em São Paulo, Pimentel em Minas Gerais. Até o Anastasia com seu péssimo governo deverá abocanhar a cadeira do senado. Como diziam os antigos que não tinham Ipod ou similartes: “Devagar com o andor que o santo é de barro”.

  17. Chega de Marina!

    Já deu cacho, flor. Chega de Marina.

    Vamos falar de Dilma e mesmo de Aécio.

    Essa insistência de trazer temas ligados sempre à Marina acaba por promovê-la, em prejuízo para os demais candidatos.

    Basta.

     

    1. Quem sabe a campanha da Dilma acorda

      E perceba que precisa retomar a iniciativa. Tem muito a ser denunciado, a campanha precisa pegar fogo, ou então é o Brasil e o PT que vão ser queimados vivos.

      A situação é muito mais grave do que se imagina. Acorda PT.

    2. Assino embaixo!

      O blog está parecendo um comitê de Osmarina. Aos poucos ela se volta à velha política e abraça todos aqueles que há um mês despresava. Uma criatura fraca, sem palavra, falsa como uma cobra.   

  18. Marina é um pastel de vento,

    Marina é um pastel de vento, não passa de uma versão 2014 do velho Caçador de Marajás. Já encheu tanto analista tentando dar nó em pingo d’água em busca de convencer alguém de que Marina é mais do que um personagem criado pela mídia.

  19. kkkk prometi e cumpri, e você marina ?

    Como eu prometi ontem, marina ia desdizer o que disse :

    “a cada dia traz uma coisa diferente, amanhã despromete o que prometeu.”

    sex, 29/08/2014 – 20:35 Gão

    https://jornalggn.com.br/noticia/programa-de-marina-defende-casamento-gay-e-criminalizacao-da-homofobia

    cumprido na íntegra

    “O texto do capítulo “LGBT”, do eixo “Cidadania e Identidades”, do Programa de Governo da Coligação Unidos pelo Brasil, que chegou ao conhecimento do público até o momento, infelizmente, não retrata com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema durante as etapas de formulação do plano de governo”

    http://marinasilva.org.br/nota-de-esclarecimento-sobre-o-capitulo-lgbt-programa-de-governo-da-coligacao-unidos-pelo-brasil/

    1. Evangélicos trouxas

      Marina é uma evangélica que segue a biblia do oportunismo, do ego, da auto-promoção, do mercado e da falsidade.

      Transgenicos, aborto, agro-negócio, casamento gay, Banco Central Independente…Vale tudo pelo poder.

      Acorda povo de Deus.

    2. Aliás, em outro comentário

      Aliás, em outro comentário neste mesmo post, nosso amigo Gunter vaticinou, textualmente: “Não é possível que teve gente que acreditou que Marina Silva dava bola pra pressões de Malafaia”. A íntegra está em https://jornalggn.com.br/noticia/programa-de-marina-defende-casamento-gay-e-criminalizacao-da-homofobia#comment-416731. “Somente se surpreende que não se informa” tem tudo pra virar mantra por aqui.

  20. 1984

    Este é o ano que Marina entrou na política.

    A “nova-política”, a “não-política” já vive profissionalmente de política há 30 anos.

    Ela se diz “contra tudo o que está aí” mas está aí há 30 anos.

    Não leve gato por lebre !

  21. Como explicar uma coisa

    Como explicar uma coisa dessas? Seriam os capitalistas do setor automotivo, tão desinformados sobre a real situação econômica do Brasil? Ou… os grandes capitães da indústria automotiva mundial, ao que parece,  não leem os jornais brasileiros. Provavelmente seus capachos locais, também não, inclusive, não estão assistindo as análises dos especialistas econômicos da TV Globo. Tämbém:  é possível que estejam loucos e pretendam rasgar  dinheiro. Nunca se sabe, né?

    A candidata ética-pastoril que já declarou descartar o pré-sal pra segunda divisão. Trocando-o pela verdoso agronegócio da cana e do alcool. Que diabos esta senhora irá propor fazer, com os investimentos dos gajos abaixo relacionados? Seria a Bispa, capaz de convencê-los  a  realocar os 14 bi previstos (aliás, boa parte deles já alocados), para fabricar ecológicas bicicletas com pnéus de pau?

    Tudo bem. Não que seja adepto do transporte sobre quatro patas, digo, quatro rodas, para carregar em média, apenas, uma parelha de idiotas. Mas isso é assim? Os bons, estão certos. Os não bons, ou seria os maus? Neste particular, prefiro me juntar aos maus. Gente fina, gente bonita e gente do bem, quando arreiam as máscaras. Saia de baixo. Mas ai veio! No mais das vezes,  já é tarde…e,…via de regra, Inês já morreu.

    Orlando

     

    Pelas contas de UOL Carros, a definição de regras e estabilização do cenário automotivo vai provocar o surgimento de 10 fábricas de diferentes portes (Chery e Nissan inclusas) até 2016, com total de investimentos superior a R$ 14 bilhões.

    Audi A3 sedã e Q3 serão feitos na fábrica da VW em São José dos Pinhais (PR)

    Marca: Audi.
    Local: São José dos Pinhais (PR).
    Abertura: Fábrica já existe; A3 Sedan estreia no segundo semestre de 2015.
    Investimento: 150 milhões de euros (cerca de R$ 450 milhões).
    Carros: A3 Sedan e Q3

    Produção do Mercedes Classe C também é feita em Tuscaloosa (EUA)

    Marca: Mercedes-Benz.
    Local: Iracemápolis (SP).
    Abertura: 2016.
    Investimento: 170 milhões de euros (cerca de R$ 510 milhões).
    Carros: Classe C e GLA

    Executivos da Hyundai-Caoa mostram o ix35 nacional na fábrica de Anápolis (GO)

    Marca: Hyundai-Caoa.
    Local: Anápolis (GO).
    Abertura: Fábrica já existente.
    Investimento: R$ 600 milhões.
    Carros: ix35

    Além do Fit, Itirapina produzirá o novo City e o Vezel (foto), que trocará de nome

    Marca: Honda.
    Local: Itirapina (SP).
    Abertura: 2015.
    Investimento: R$ 2 bilhões.
    Carros: Fit, City e Vezel.

    Jaguar Land Rover ainda não revelou quais modelos serão feitos no Brasil

    Marca: Jaguar Land Rover.
    Local: Itatiaia (RJ).
    Abertura: Início de 2016.
    Investimento: 240 milhões de libras (R$ 750 milhões).
    Carros: Não divulgado

    BMW Série 3 turboflex será feito no Brasil e motor se espalhará pela gama

    Marca: BMW.
    Local: Araquari (SC).
    Abertura: Outubro de 2014.
    Investimento: Oficialmente a montadora divulga 200 milhões de euros (mais de R$ 600 milhões), mas estima-se que o valor ultrapasse R$ 1 bilhão.
    Carros: Série 1, Série 3, X1, X3 e Mini Countryman

     

    Primeiro carro feito pela Nissan no Rio é o March; o segundo será o Versa

    Marca: Nissan.
    Local: Resende (RJ).
    Abertura: 15/04/2014.
    Investimento: R$ 2,6 bilhões.
    Carros: March e Versa (2014)

     

    Fábrica de Goiana (PE) será da Jeep e seguirá padrão norte-americano

    Marca: Jeep.
    Local: Goiana (PE).
    Abertura: Primeiro semestre de 2015.
    Investimento: R$ 4 bilhões.
    Carros: Renegade (2015), picape média da Fiat (2016) e um SUV que substitui o Compass (data indefinida).

    Fábrica da Chery em Jacareí (SP) tem planos ambiciosos e quer 150 mil carros/ano

    Marca: Chery.
    Local: Jacareí (SP).
    Abertura: 28/08/2014.
    Investimento: R$ 1,2 bilhão.
    Carros: Celer (2014), QQ (2015) e um SUV compacto (2016).

  22. Complicado

    Pode não colar. Agora, creio que a situação esteja bastante preocupante. A verdadeira oposição é a mídia, e tem mais: Como chamá-la de novo Collor tendo o próprio na base aliada governamental?

    Sugiro algumas perguntas a serem feitas ao povo:

     

    – Caro eleitor, você, que não é torcedor de Corinthians e Flamengo, fica contente ao assistir em tevê aberta somente os jogos destes dois times?

     

    – Caro eleitor, de quem é a Net?

     

    – Caro eleitor, o que você acha de ter que aderir ao pay-per-view para assistir aos jogos de seu time? Não acha que a Globo acaba por forçar uma compra deste pacote? Isto seria a força de um monopólio?

     

    – Caro eleitor, o que você acha de o Junior Cigano ter tempo de nocautear um adversário e ter tempo de assistir sua luta na Globo como se fosse ao vivo? http://auvaromaia.com/2012/05/27/globo-transmite-vt-da-luta-de-cigano-como-se-fosse-ao-vivo/

     

    Simples assim, não me parece que a grande mídia esteja com essa bola toda. Quem está no poder há doze anos tem condições de peitar os barões. Eles estão caindo de maduros. Dilma, por favor, lance esses questionamentos aos eleitores e compre a briga. Isto com certeza rende votos. Regulação de meios urgente!

     

     

  23. Jean Wyllys
    há 34 minutos ·
    Jean Wyllys
    há 34 minutos · Editado
    Em “nota de esclarecimento”, Marina Silva desmente seu próprio programa de governo e afirma que não apoia o casamento civil igualitário, mas uma lei segregacionista de “união civil”. Vocês já imaginaram um candidato presidencial dizendo que é contra o direito dos negros ao casamento civil, mas apoiaria uma “lei de união de negros”? A nova política da Marina é tão velha que lembra os argumentos dos racistas americanos de meados do século XX. Contudo, o pior é que ela brincou com as esperanças de milhões de pessoas! E isso é cruel, Marina!

    Bastaram quatro tuites do pastor Malafaia para que, em apenas 24 horas, a candidata se esquecesse dos compromissos de ontem, anunciados em um ato público transmitido por televisão, e desmentisse seu próprio programa de governo, impresso em cores e divulgado pelas redes. Marina também retirou do programa o compromisso com a aprovação da lei João Nery, a elaboração de materiais didáticos sobre diversidade sexual, a criminalização da homofobia e da transfobia e outras propostas. Só deixou frases bonitas, mas deletou todas as propostas realmente importantes. E ela ainda nem se elegeu! O que esperar então dela se eleita presidenta quando a bancada fundamentalista, a bancada ruralista e outros grupos de pressão começarem a condicionar o apoio a seu governo? Tem políticos que renunciam a seus compromissos de campanha e descumprem suas promessas depois de eleitos. Marina já fez isso mais de um mês antes do primeiro turno. Que medo!

    Como todos sabem, minha candidata presidencial é Luciana Genro. Ela SEMPRE defendeu todos os direitos da comunidade LGBT e foi a primeira candidata na história do Brasil que teve a coragem de pautar esses temas no debate presidencial da Band. Contudo, ontem, quando consultado pela imprensa, apesar da minha desconfiança com relação à Marina, elogiei o programa apresentado pelo PSB (apenas no que dizia respeito aos direitos da população LGBT, já que discordo profundamente de muitas outras propostas neoliberais e regressivas nele contidas). Fiz isso porque acho que os posicionamentos corretos devem ser reconhecidos, mesmo que provenham de um/a adversário/a.

    É com essa autoridade, de quem agiu de boa fé, que agora digo: Marina, você não merece a confiança do povo brasileiro! Você mentiu a todos nós e brincou com a esperança de milhões de pessoas.

    1. Muito bem Jean!!!!

      Ela aos poucos vai deixando transparecer que NÃO TEM PALAVRA. Ela diz algo hoje para desmentir amanhã! Ela realmente não merece a confiança de nosso povo. Aliás a mim, ela NUNCA ENGANOU.   Ela me assusta, é algo inexplicável e instintivo. O semblante, a voz, o olhar, a ironia que deixa transparecer, me remetem à algo sinistro e maquiavélico. É isso.   

  24. Goldman sabe do que fala. Foi
    Goldman sabe do que fala. Foi “esperto” a vida toda

    MARINA, UMA PROFISSIONAL ESPERTA
    Alberto Goldman ALBERTO GOLDMAN
    30 DE AGOSTO DE 2014 ÀS 07:40
    Sobre o avião, Marina não sabia de nada, usou o aparelho sem perguntar. Podia ter perguntado quem emprestou e por quê, já que quem empresta sempre espera alguma coisa em troca
    Vou me desviar um pouco do meu esporte favorito que é comentar a Presidente Dilma Rousseff e seu governo medíocre e falar um pouco da nova pretendente ao cargo, Marina Silva. Nova em termos, já que já foi Senadora da República, Ministra do governo Lula e também pretendente à Presidente nas eleições de 2010.

    Marina quer renovar a política – uma “nova forma de fazer política” ela – diz pô-la a serviço do cidadão. O invólucro é bom, mas qual é o recheio? Só platitudes, banalidades, trivialidades. Nada de concreto.

    Na entrevista ao JN foi obrigada a falar sobre o avião que o PSB recebeu, emprestado, ou arrendado, ou sabe-se lá o quê, adquirido por amigos proprietários com dinheiro transferido por laranjas. Ela não sabia de nada, usou o aparelho sem perguntar. Podia ter perguntado quem emprestou e por quê, já que quem empresta sempre espera alguma coisa em troca. Até aí, ainda vá lá. Mas uma nova forma de fazer política deveria se preocupar com isso.

    Sabendo, agora, que o jatinho foi adquirido com aporte de dinheiro de laranjas, e percebendo que é dinheiro “sujo”, certamente produto de propinas pagas por pessoas com interesses em contratos de governo, não deveria imediatamente exigir do seu partido uma explicação definitiva? Não seria esse um princípio de uma “nova política”? O seu vice, deputado federal Beto Albuquerque, disse que o partido não tinha nada com isso. Então quem? Aliás, ele é, por acaso, o símbolo da nova política? Ela teve que, como na velha política, se submeter ao partido?

    Vamos adiante. Ontem na Fenasucro, em reunião com os usineiros, Marina, que nunca morreu de amores por eles, e os tinha como verdadeiros predadores da natureza, admitiu que o setor procurou se ajustar para produzir com sustentabilidade, com mecanização da colheita de cana para evitar “mão de obra de penúria”. E diz que é possível falar de agricultura e pecuária com a preservação do meio ambiente. Mais uma platitude. Promete um “marco regulatório”. O que quer dizer isso?

    Essa é a nova política? Existe algo mais velho que esse discurso para agradar plateias específicas em períodos eleitorais? Marina não é amadora, é profissional, e esperta. Não tem nada de novo.

    Ela fala sem consistência: “o Brasil terá de escolher e apostar no sonho de que possamos ter um Estado eficiente, escolhendo os melhores e não os indicados por interesses partidários”. Só isso? Escolher os melhores é, sem dúvida, uma obrigação do dirigente público. Mas para fazer o quê? Como fazer o Estado eficiente? É preciso dizer.

    Agora a recessão, sem vírgula.

    Eu não poderia deixar de falar do Mantega. Já o respeitei mesmo quando fazia avaliações do futuro no estilo de Polyana, personagem de uma escritora americana. Polyana queria uma boneca mas ganhou um par de muletas que não precisava. O pai lhe ensinou assim que deveria ficar contente por não precisar usar as muletas. E a menina ficou contente, e essa atitude passou a se chamar de “jogo do contente”. Agora a nossa Polyana, Guido Mantega, fica contente com os índices de nossa economia que ele dirige por tanto tempo ( talvez o mais longevo dos Ministros da Economia ). Com índices baixos de desemprego, segundo ele, tudo vai bem.

    Mas pra azar da nossa Polyana, acaba de sair a informação do IBGE sobre o PIB do 2% semestre: menos 0,6%. Como o do primeiro semestre, depois da revisão, é de menos 0,2% temos o que se chama de recessão técnica.

    O Brasil parou. Parou não. Recua. Como temos crescimento vegetativo da população, o PIB per capita tem uma queda expressiva. Dilma já se sabe. Acabou. E Marina vai propor o quê? Os próximos capítulos prometem

    http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/151814/Marina-uma-profissional-esperta.htm

  25. O que tem de intelectual
    O que tem de intelectual agora defendendo os evangélicos.
    Com a Dilma eles não podem fechar. Já, com a Marina é discriminação

    A incompreensão do fenômeno evangélico

    AGOSTO 30, 2014 DEIXE UM COMENTÁRIO
    Uma das coisas que aprendi na academia (em especial com a antropologia) foi que toda vez que nos deparamos com uma análise de um sistema organizado de crenças que o ridiculariza como simplesmente “irracional” essa análise tende a ser simplista, etnocêntrica e no limite até racista. Lévi-Strauss e tantos outros nos ensinaram a observar “cosmologias” completamente diferentes da ocidental, tal como as ameríndias, sem cair no simplismo do evolucionismo racionalista. Ele nos ensinou a ver o mundo perspectivado, sem a necessidade de que algum ponto-mestre defina onde se demarca a área de ilusão que separa primitivos e modernos. Apesar de muita gente boa ter lido e gostar de Lévi-Strauss, acho que não estamos fazendo essa lição de casa quando se trata de analisar os evangélicos hoje em dia. A candidatura de Marina, nesse sentido, foi emblemática: a forma como muitos associaram evangélica = fundamentalista, usando Feliciano como paradigma, não é apenas equivocada, mas perigosa para nossa democracia. Explico a razão do perigo: podemos chegar a um ponto parecido com a “islamofobia”, radicalizando a ideia anti-religiosa até atingir sistemas de crença por inteiros, confundindo-os com seus pontos extremistas. O pior dessa perspectiva é sua força de “profecia-que-cumpre-a-si-mesma”: ao reforçar os pontos extremistas, igualando religião e fundamentalismo, acabamos tornando esses polos mais fortes e enfraquecendo as visões mais moderadas e ecumenistas. A compreensão que percorre boa parte da esquerda em torno dos evangélicos é tosca a ponto de reduzir tudo ao duplo “pilantragem-alienação”, sendo o intelectual, é óbvio, aquele lugar de referência que permite acessar a Verdade destituída dos seus véus de enganação. Isso gera uma incompreensão sistêmica acerca de boa parcela do povo brasileiro, no limite a evangelofobia desagua em demofobia. Não que o “povo” seja algo monolítico e unitário, antes pelo contrário. No entanto, não entender que uma parcela significativa dessa população não está simplesmente sendo “iludida” por ser “alienada” pode ser um passo adiante para entender melhor o Brasil atual.
    Um dos estudos mais interessantes sobre os evangélicos está no recente trabalho de Jessé Souza, Os Batalhadores Brasileiros, no qual apresenta uma visão geral do mundo da “classe C” ou da “nova classe média” que ele, de forma muito adequada, define como “nova classe trabalhadora”. Uma classe que vive no mundo precarizado do “novo espírito do capitalismo” e precisa para sobreviver estruturar-se na “ética do trabalho duro” do mundo protestante. Ela se auto-descreve a partir dessa linguagem, considerando-se empreendedora e “chefe de si mesma”, chancelando o discurso meritocrático e vendo-se, por isso, responsável pelo próprio sucesso. Difere-se do que ele denomina, em nomenclatura que não gosto, de “ralé estrutural”, aquela parte da população em nível de subcidadania que leva uma existência desestruturada e forma os bolsões de miséria das cidades e do campo. Para Jessé, religião e família entendidas no seu sentido mais tradicional e conservador são o que dá “apoio” a essa classe batalhadora, forjando uma estrutura que permite a essas pessoas enfrentar uma rotina que combina alguns momentos de alegria e descontração com a exigência de uma forte disciplina para aguentar o ritmo de trabalho duro que é exigido. Acrescento: não é preciso ser freudiano para ver o quanto a religião ocupa, em cenários sociais completamente destituídos de laços pelas forças econômicas, uma espécie de cimento profundo que permite ao indivíduo resistir às frustrações com o que resta de esperança nesse cenário desolador. Para quem vive em locais em que as drogas, por exemplo, ocupam um papel de “escapismo” em relação ao mundo devastado a que se está sujeito, a religião pode eventualmente funcionar como uma estrutura de resistência que, com sua dimensão de transcendência, mantém sua promessa “indesconstrutível”, capacitando o indivíduo a enfrentar a situação econômica e social que o Brasil, como país profundamente injusto e desigual, lhe oferece.
    Para quem trabalha com a área forense, por exemplo, é muito comum perceber que o único lugar que o aparelho de controle social admite que pobre frequente é a Igreja. Diante da devastação que o neoliberalismo e a recessão dos anos 80 e 90 causaram na periferia brasileira, deixou-se aos seus habitantes pouco mais que a opção entre a “vida loca” do tráfico e vida disciplinada da religião, extirpando quase completamente as forças subversivas da cultura do samba e os encontros entre periferia e intelectuais que formaram boa parte da cultura brasileira. Funk e hip hop são forças de exceção à regra, mas incapazes de funcionar como mais que uma alternativa restrita para aqueles que desejam uma subjetivação estetizada pela arte. A grande massa fica fora da festa, ainda que uma plataforma que estenda essas bordas seja mais que desejável. Voltando às audiências judiciais: não é difícil perceber que na quase totalidade das hipóteses o pobre ou está em casa ou na Igreja. Se disser que estava no boteco com amigos tomando cerveja, vai receber aquele olhar de soslaio reprovador que é mais ou menos o mesmo que chama Lula de “cachaceiro”, como se classe média e elite também não consumisse bebidas alcoólicas nas suas horas de descanso. Hipocrisia patente, mas quando se trata do lado mais vulnerável da pirâmide social não é fácil resistir a ela. E um ponto que indica o erro da esquerda clássica em subestimar o papel do moralismo no imaginário social e a importância que desempenha e poderia ainda mais desempenhar o significante 1968. A quantidade de proselitismo religioso a que a periferia ainda está sujeita – em programas relativos a drogas ou ao crime, p.ex. – é imensa.
    Esse é um ponto, mas ainda insuficiente. Apesar de admirar muito o trabalho de Jessé, ele parece ainda cair na falsa consciência. Bem ou mal, o pentecostalismo não aparece mais que como alternativa de um “cimento” para enfrentar o trabalho duro, uma espécie de herdeiro da alienação. Predomina o enfoque vitimizador. Não há espaço para visualizar onde o pentecostalismo atua como mecanismo de subjetivação dos batalhadores que hoje são os “emergentes” (o que significa dizer: estão em alta). Para explicar esse estado de alta, precisamos escapar do enfoque reativo (com o qual estou de acordo) e ir adiante na análise.
    É aqui que um texto curto, mas fortíssimo (*), do psicanalista Jurandir Freire Costa parece ajudar muito. Jurandir explica o crescimento dos evangélicos a partir da economia da dádiva. O que o pobre pode fazer nos cultos evangélicos é nada menos que infringir a maior de todas as proibições a que o pobre está sujeito: dar gratuitamente. Dar sem esperar retorno. Isto é, esbanjar. A Igreja Evangélica não apenas fala a língua da teologia da prosperidade e portanto do “novo espírito do capitalismo”, fortalecendo a subjetivação do batalhador na linguagem meritocrática compartilhada com a classe média e grande mídia, ela também é o momento que permite ao pobre gozar no luxo. Precisamos superar essa perspectiva racionalista que enxerga no dízimo apenas enganação e exploração de coitados alienados. O dízimo é um momento de luxo, de dispêndio, de excesso. O dízimo é, se me permitem o paradoxo, o que Bataille chama de “a parte maldita” dessa economia que excede o cálculo utilitarista. Em uma sociedade moralista como a brasileira, nas quais figuras como Geraldo Alckmin são reeleitas em primeiro turno justamente porque ocupa esse papel, a nova classe emergente não poderia “esbanjar” sem ser reprovada pela classe média tradicional que facilmente a etiquetaria de perdulária e indisciplinada. O culto é o momento em que esse excesso pode se realizar sem culpa, uma vez que sustentado pelo vínculo com um sistema moral tradicional – o cristianismo. A leitura de Jurandir é tão poderosa porque antevê o que os anos de prosperidade econômica de Lula consolidaram: uma classe que estava ansiosa não por entrar na disciplina utilitarista a que estava sujeita naturalmente para sobreviver à guerra de todos os dias que é a vida do pobre no Brasil, mas na economia do luxo, do dispêndio, que é exatamente o oferecido pelas religiões evangélicas e na sociedade do consumo. Recentemente se ridicularizou o Templo de Salomão e alguns informes sobre “que roupa se deveria vestir” para ir até lá. Não se está entendendo que não se trata de manipulação: ir ao Templo de Salomão é uma ocasião de luxo para o batalhador que é descarregada da sanção moralista da classe média tradicional devido à identificação cristã.
    Enquanto os intelectuais não começarem a pensar essa dinâmica e melhorarmos nossa compreensão sobre esse “etograma” evangélico, vamos continuar vomitando besteiras que são mero preconceito de classe como se fosse racionalismo. E vamos continuar fortalecendo os fundamentalistas que entram na esfera pública como se fossem os únicos representantes dessa classe e dessas crenças. Investir em que procura separar Igreja e Estado, usando as tecnologias da secularização e laicidade, e despertar-se para essa economia do dispêndio na periferia pode nos fornecer pistas para uma esquerda que perceba potencialidades nos espaços subversivos que ainda são subestimados. A visão elitista com que funk e rap ainda são tratados é prova dessa subestimação. Levá-los a sério nas suas potencialidades pode ser mais que reconhecer uma “identidade cultural” diferente ou uma socialização domesticada como alternativa ao crime: pode ser, ao contrário, ampliar uma aliança imanente que libere as forças da dádiva na sociedade e em especial na periferia sem precisar do álibi moralista.
    (*) Infelizmente não encontrei mais o texto. Chamava-se algo como “As razões da irrazão” ou algo do gênero. Quem encontrar, poste aí. Deve ser de mais ou menos entre 2000 e 2002.

    http://moysespintoneto.wordpress.com/2014/08/30/a-incompreensao-do-fenomeno-evangelico/

  26. Que dó! Que dó! Que
    Que dó! Que dó! Que dó!

    Marina e a discriminação dos evangélicos
    28/8/2014 15:07
    Por Rui Martins, de Genebra

    A rejeição dos evangélicos é uma questão de exclusão social e não doutrinária
    A rejeição dos evangélicos é uma questão de exclusão social e não doutrinária
    Faz uma semana, quando decidi votar em Marina, a candidatura da acriana negra, pobre e com « cara de fome », no dizer de Rita Lee, era apenas um protesto sem futuro. Hoje, ao escrever de novo sobre ela, não me pergunto se meu texto poderá convencer algum eleitor a votar em Marina, porque, em apenas sete dias, o quadro mudou e sua vitória é quase certa.
    Isso me livra da responsabilidade de fazer proselitismo e me deixa à vontade para escrever sobre esses poucos dias que reviravoltaram a campanha presidencial.
    Desnecessário dizer do espanto com que alguns receberam minha decisão, mas o exercício do jornalismo me deu uma extraordinária sensibilidade e experiência em termos de política, enquanto o exílio e a vida em diversos países me aguçaram o sabor pela liberdade e pela escolha de caminhos não batidos.
    Nestes dias, nos quais praticamente se consumou uma revolução, o que me chamou a atenção, nas redes sociais, foi o estilo agressivo e rancoroso de tantos imãs e jiadistas, revoltados com a virada do destino.
    E leio, como um remake de filme de doze anos atrás, quando a grande imprensa, os políticos da elite brasileira e até atriz de telenovela alertavam quando ao risco de chegar à presidência um analfabeto, operário de quatro dedos, que não entendia bulhufas de administração e ainda por cima tinha o apoio da esquerda. Haverá logo uma crise institucional, alertavam, propagando o medo, porque ele é um incapaz.
    Falavam do nosso querido Lula, que com toda sua « ignorância » questionou o regime das capitanias hereditárias, vigente fazia mais de quatrocentos anos no país, e apeou as elites para dar ao povo sua chance de chegar ao governo, enquanto iniciou o pagamento da dívida contraída com a escravidão e a ainda recente semiescravidão.
    Agora ressurgem as mesmas frases, a mesma campanha de desestabilização, a mesma provocação do medo com relação a Marina, em cujo rosto e gestos se podem ler as marcas e chagas deixadas por sua infância de menina pobre e sofrida, seringueira analfabeta até a adolescência, retrato fiel e conforme de tantas mulheres e de tantos homens de um Brasil ainda recente.
    E um outro defeito maior se ajunta à soma dos defeitos da pobre acriana – ela é evangélica, pior portanto que Lula. E o ser evangélica, logo é traduzido como sinônimo de reacionária, retrógrada criacionista, homofóbica e assim por diante.
    Eu pessoalmente não sou praticante de nenhuma religião e sou um defensor da laicidade. Porém, ao me debruçar sobre o significado de tanta intolerância, num país democrático, onde cada pessoa pode escolher e professar qualquer religião, descobri que, na verdade, não se trata de uma intolerância religiosa, mas na rejeição de sempre, a exclusão social.
    Os franceses huguenotes tentaram criar no Rio de Janeiro, na época de Mem de Sá, um lugar onde pudessem fugir da perseguição religiosa. Não conseguiram e o protestantismo só começou a existir no Brasil por volta de 1850 com a chegada dos primeiros missionários presbiterianos e batistas. Mas nunca chegaram a ser muitos. Os primeiros pentecostais chegaram em 1910 e as denominações evangélicas populares do tipo « cura divina » só começaram a vir ao Brasil na decada 1950, quando começou o processo de compras de rádios e, mais tarde, em 1970, com compras de canais de televisão.
    O crescimento dos evangélicos é recente e enquanto as denominações tradicionais como presbiterianos e batistas reúnem cerca de 3 milhões de fiéis, os evangélicos de todas as tendências são mais de 30 milhões.
    E uma constatação é marcante, comprovada por pesquisadores – esse fenômeno religioso se manifesta nos segmentos pobres da população, cerca de 70% dos evangélicos ganham apenas um ou dois salários mínimos. O crescimento vertiginoso dos evangélicos ocorreu nas profissões mal pagas, empregadas domésticas, choferes, trabalhadores em construções, com nível escolar mínimo.
    No evangelismo mais popular não há uma direção central e cada igreja se comporta como uma célula independente. Por isso, não há necessidade de teólogos como pastores, mas a leitura das chamadas Sagradas Escrituras é suficiente junto com « o dom da palavra », mesmo porque « a mensagem vem do Senhor ».
    Ou seja, o evangelismo é carimbado e considerado como uma religião dos pobres e humildes, a religião dos cidadãos de segunda classe. E é essa a razão da discriminação e da estigmatização dos evangélicos, a de não ser uma religião das patroas e dos patrões, mas da classe inferior. Estamos, portanto, no terreno dos preconceitos sociais.
    Mesmo porque, em termos de dogma ou sacramentos, não há grandes diferenças entre doutrina evangélica e católica. O novo Papa tem mostrado aberturas, mas os anteriores João Paulo II e Bento XVI eram a encarnação de uma rigidez religiosa das mais estritas – a Igreja continua sendo contra o aborto, contra o casamento dos homossexuais e contra os avanços tecnológicos em matéria de concepção.
    Portanto, não há nenhuma grande diferença dogmática entre o credo da igreja Católica e a igreja dos evangélicos na qual, na verdade, os pobres buscam um refúgio e conforto, que para a classe média pode ser dado pelo psiquiatra.
    Quanto ao criacionismo, lembro-me de noticias dando conta da crença criacionista de Garotinho e sua esposa, que pretendiam colocar no currículo escolar. Ora, na sua entrevista para a Tv Cultura, no programa Roda Vida, Marina afirmou não ser criacionista, mas acreditar ter sido Deus quem criou o mundo. Ora, tirando-se os ateus como eu, há um consenso geral nisso.
    Marina não é, portanto, a retrógrada religiosa pintada por alguns. Ao contrário, comunga numa religião cuja maioria são pobres e excluídos sociais e isso lhe dá ainda mais autenticidade.
    Rui Martins jornalista e escritor, editor do Direto da Redação.

    http://correiodobrasil.com.br/destaque-do-dia/marina-e-a-discriminacao-dos-evangelicos/725007/

    1. Mas o cara está certo, ora

      Vocês estão fazendo tudo errado. E você ainda acha que está certa? É muita falta de visão das coisas.

      Não é esse o enfrentamento que tem que ser feito. Vocês estão replicando contra Marina o discurso tucano de 2002 usado contra Lula, só que com cores muitos mais preconceituosas e discriminatórias. O fato de Marina ser evangélica, ou seja lá o que ela for em termos religiosos, não deveria pautar a campanha de Dilma, até mesmo porque, Dilma é apoiada pelos evangélicos, em muitos casos.

      Se os evangélicos perceberem que a campanha do PT critica suas posições religiosas, ao ponto de transformá-los em sinônimo de atraso e de outras coisas que não prestam, você ou alguém acha que isso será bom para a Dilma?

      Em suma, o que o cara escreveu acima é um alerta que pode ser usado em favor da campanha de Dilma e não o contrário!!

  27. JÁ COLOU…o pior cego é

    JÁ COLOU…o pior cego é aquele que não quer ver.

    O fato que os petistas e o consórcio governista não querem ver é que a suposta onda MARINA virou um Tsunami.

    Dilma, a candidata com 36% de rejeição, mesmo que vá ao segundo turno, MATEMATICAMENTE, já perdeu.

    Esta eleição já era, acho que nem o Lula vá querer se queimar com o enterro de Dilma.

    Mas com o andar da carruagem, parece que MARINA vai faturar a eleição já no primeiro turno, os números  e os trekking têm deixado o João Santana e o Planalto de cabelo em pé.

    Hoje, já ocorre um esvaziamento na candidatura do Aécio: o moço está perdendo até em Minas, nem o seu candidato ao governo regional – Pimenta da Veiga, nem ele será eleito pois parece que o petista Pimentel está bem adiante.

    Os apoiadores do Aécio deram um prazo ao rapaz: se não se recuperar até 12 de setembro, bandearão para MARINA.

    Para além disto, a situação geral mostra um cansaço do eleitor com este binômio PT-PSDB, o solavanco será geral!

  28. Concordo com o texto

    Principalmente com a conclusão:

    “Propostas concretas e um claro programa de governo, em resposta às demandas da população e à incerteza no cenário econômico serão decisivos. A ênfase exclusiva no discurso da “nova política” pode, com o tempo, afastar parte dos recém-conquistados eleitores da ambientalista, que deixou de ser coadjuvante na sucessão.”

    O cenário político mudou. As eleições também mudaram. O PT agora não enfrenta o PSDB, como vem fazendo desde 1994. O PT enfrenta uma ex-petista e um partido que integrava a base aliada do Governo Federal.

    A eleição é, portanto, outra, completamente diferente. Somente focando nisso que foi dito, propostas concretas e um claro programa de governo, que atendam às demandas da população e à incerteza no cenário econômico, Marina poderá vencer a eleição. E Dilma terá que ser capaz de demonstrar que as propostas de governo de Marina não farão o que ela promete. Que, ao contrário, as suas propostas ainda são a melhor opção. É um duplo trabalho: criticar as propostas de Marina e mostrar porque as suas são as melhores e mais confiáveis.

    O difícil é Dilma sustentar isso com, por exemplo, o PIB dos dois primeiros trimestres do ano caindo, como caiu, o que deveria ser explicado satisfatoriamente, mas não foi nem será. Se bem que, em ano de eleição, o mínimo que se espera de uma equipe de governo é que mostre resultados positivos. E a pasta comandada pelo Sr. Mantega, para a reeleição, tem sido um peso considerável.

    Fomentar manchetes negativas para a grande imprensa. Parece ter sido essa a função do Ministério da Fazenda do Governo Dilma. A grande imprensa pode exagerar e certamente vai exagerar. Mas não adianta deixar de reconhecer a verdade: Guido Mantega não consegue fazer com que a grande imprensa deixe de poder se aproveitar da fragilidade dos dados econômicos que ele apresenta. Tinha que fazer muito mais do que faz. Não adianta ficar dando desculpas. Tem que mostrar resultados, melhorar as coisas, superar as dificuldades. Toda vez é a mesma coisa. O PIB cai e ele aparece dando desculpas. A imagem que isso passa para as pessoas é: “eu não consigo superar ou resolver os problemas”. As dificuldades existem justamente para serem superadas. O PIB tem que crescer mesmo com todos os problemas que Mantega usa para explicar por que isso não aconteceu. É para isso que um governo tem um Ministro da Fazenda. Se ele não consegue fazer isso, claramente não está à altura do cargo.

  29. Afinal o que é verdadeiro no programa dela

    Esta é Marina: No programa divulgado defendia o uso de energia nuclear, agora muda

    e é contra seu uso.

     

     

    PSB RETIFICA ITEM SOBRE USO DE ENERGIA NUCLEAR

    Momentos depois do lançamento do programa de governo, o comando da campanha de Marina Silva desmentiu a proposta de usar energia nuclear, citado no documento. Segundo a nota enviada pela equipe, houve um erro de revisão e que a política energética do programa será realinhada com foco nas fontes renováveis e sustentáveis (solar, eólica, de biomassa, geotermal, das marés, dos biocombustíveis de segunda geração).

      

     

  30. Em primeira mao pra voces

    Um sambinha de autoria de um amigao:

    “A tua palavra é uma nota de tres , nao vale nada

    Ja nao sei mais o que dizer

    Depois qdo ficar sozinha na beira da estrada

    Vai ser tarde pra se arrepender”

    …. (nao vou escrever o resto porque ele vai gravar isto ainda este ano e nao posso revelar a letra que nao é minha)..

    E qdo ele me mostrou este samba, a fadinha amazonica tava escondida sob o manto do Dudu. Esta semana eu o encontrei e disse que achava que ele era um profeta politico.

  31. No fundo ouvem-se sussurros e gritos sobre a falta de José Serra

     

    Luis Nassif,

    A razão mais importante para enviar este comentário para você é que originalmente eu o ia enviar para junto do comentário de Bruce Guimarães enviado sábado, 30/08/2014 às 10:55. O comentário, entretanto, estendeu-se e eu avaliei que o deixasse junto ao de Bruce Guimarães, o meu comentário talvez fosse para a segunda página e com isso perderia um tanto de evidência. Assim, direciono para você o comentário que seria originariamente para Bruce Guimarães.

    É bem verdade que este post “Marina: ênfase exclusiva em “nova política” pode não colar” de sábado, 30/08/2014 às 10:20, não é de sua autoria, mas não faz mal eu o direcionar para você, uma vez que muito do que eu digo é justamente como um questionamento ao que você acredita.

    Não sei se a Marina Silva vai acabar levando, mas concordo com o Bruce Guimarães que o desejo de mudança de qualquer jeito é realmente uma razão importante para a popularidade de Marina Silva. Outra é o chamado “recall”. Uma terceira razão é a história dela, que transmite confiança. E uma razão que eu considero importante para o sucesso de Marina Silva é a idealização que o ser humano em qualquer parte do planeta tem sobre a atividade política. Enquanto no mundo houver, em proporção talvez até majoritária, a crença que a política idealizada é possível e que a política que existe é ruim quem prega uma nova política tem um grande espaço para o êxito. É só tomar você como exemplo, para verificar que nem os quarenta e quatro anos de jornalismo profissional que você deve estar fazendo na segunda-feira, 01/09/2014, o fez livre deste fetiche.

    Ontem, sexta-feira, 29/08/2014 às 23:00, enviei um comentário junto ao post “Sabedoria popular na preferência por Marina, por Gunter Zibell” de sexta-feira, 29/08/2014 às 14:09, aqui no seu blog, e consistindo de opinião de Gunter Zibell –SP sobre as causas do sucesso de Marina Silva. O endereço do post “Sabedoria popular na preferência por Marina, por Gunter Zibell”, na página em que o meu comentário pode ser visto, é:

    https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/sabedoria-popular-na-preferencia-por-marina-por-gunter-zibell?page=3

    A idéia foi fazer um comentário para apresentar o meu ponto de vista do que seria uma campanha capaz de mais angariar votos do que perder votos. É um comentário que cabe em qualquer post e assim eu o vou reproduzir a seguir. Disse eu lá [Quando necessário faço algumas correções no texto original ou mesmo acréscimos que prestem a mais bem esclarecer o que eu pretendia dizer):

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    PTistas, PSDBistas e PSBistas,

    A lição vocês já sabem de cor, então é preciso apreender o que ela diz.

    Primeiro, no universo do blog ninguém vai convencer mais de três ou quatro.

    Segundo, há três momentos na eleição. O primeiro turno, o segundo turno e a reeleição.

    Terceiro, lembrem-se de José Serra. Em 2002, ele precisava tirar do páreo Roseane Sarney. Espalharam que ele teria utilizado a polícia federal para isso e abriu um primeiro foco de rejeição contra ele. Depois ele precisou combater Ciro Gomes e ninguém ajudou. Ele fez um escarcéu na televisão para desconstruir Ciro Gomes, e os eleitores de Ciro Gomes todos foram votar no Lula. Assim, não ataquem ninguém no primeiro turno. E no segundo turno só ataquem no desespero ou quando se tratar de reeleição.

    Quarto, uma campanha política em qualquer lugar do mundo é igual. Vocês podem dizer tudo que quiserem desde que não seja proibido. O importante é ganhar votos e tirar votos dos adversários. O básico é falar da qualidade do seu candidato ou de vocês mesmos se vocês forem candidatos. Só ataque algum adversário no desespero, ou quando o adversário é rejeitado por todos.

    Quinto, no Brasil perder uma eleição pode ser o trampolim para ganhar uma segunda desde que você vá para o segundo turno. Assim se você não tiver pressa, fazer tudo para ganhar agora pode não ser o melhor caminho.

    Sexto, façam elogio ao seus adversários dizendo que só não votam nele porque o candidato de vocês é melhor. PTistas, por exemplo, podem dizer que dois dos melhores candidatos (Nada de dizer os dois melhores) depois da Dilma Rousseff são ex-petistas (A Marina Silva e o Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, o médico). E que é uma pena que eles, pelo caráter embrionário do partido que posteriormente optaram, não tiveram condições de defender os interesses que eles representam com a mesma eficácia que teriam no PT.

    Sétimo, uma crítica pode ser feita quando individualizada a um nome específico quando este nome específico faz críticas generalizadas a grupos relativamente grandes. Neste caso a crítica individualizada pode trazer a aproximação de todos aqueles que eram vilipendiados pela pessoa nominada.

    Há mais regras e talvez até algumas mais importantes, mas que não me ocorreram.

    De todo modo é preciso ficar muito atento para não cair em arapuca. O aparecimento de Marina Silva gerou nos adversários e nos apoiadores das candidaturas até mesmo entre os apoiadores da própria Marina Silva uma ansiedade muito grande. E assim as pessoas vêem um título de um post qualquer e se deixam seduzir e correm para o comentar, sem medir as palavras que leram nem as que escreveram. Sempre que possível, vejam se há relação do título com o conteúdo. E se é necessário e urgente criticar o post e, em caso afirmativo, se é possível criticar o post sem precisar atacar o adversário. Ou aproveitem para atacar um terceiro sem o nominar ou ataquem o próprio título. Seja por exemplo, o post “Campanha de Marina diz que vídeo com Lula é tosco e fraudulento” de sexta-feira, 28/08/2014 às 16:56, aqui no blog de Luis Nassif. PTistas e PSBistas fazem mais bem em dizer que Lula e Marina Silva foram correligionários durante muito tempo e que não são mais por discordâncias profundas, mas que essas discordâncias não os fazem inimigos e haja o que houver se apoiaram mutuamente no segundo turno se houver. E que se trata mais de uma montagem de terceiros (Sem mencionar qualquer nome) que querem criar querelas entre os dois. O endereço do post “Campanha de Marina diz que vídeo com Lula é tosco e fraudulento” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/campanha-de-marina-diz-que-video-com-lula-e-tosco-e-fraudulento

    Ontem houve um post para o qual era necessário muito cuidado. Trata-se do post “O mito do eleitor racional, um artigo de Bryan Caplan” de quinta-feira, 28/08/2014 às 09:49, aqui no blog de Luis Nassif e, por sugestão de JNS, trazendo a transcrição do artigo de Bryan Caplan “O mito do eleitor racional”. O endereço do post “O mito do eleitor racional, um artigo de Bryan Caplan” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-mito-do-eleitor-racional-um-artigo-de-bryan-caplan

    E o artigo no original com o título “The Myth of the Rational Voter – Why Democracies Choose Bad Policies”, um pouco mais completo, pode ser visto no seguinte endereço:

    http://www.libertarianismo.org/livros/tmotrvbc.pdf

    É texto para se ler com atenção, mas se for para dizer alguma coisa devia resumir tudo dizendo apenas que se tratava de argumento da direita (Observe que pode-se criticar a direita porque ninguém se considera de direita) que se veste nos Estados Unidos com a roupagem de libertários.

    Um outro exemplo é um post que até apresentava um muito bom conteúdo e que foi o que transcreveu o artigo “A retórica intencionalmente confusa e catastrofista da mídia e oposição” de autoria de Carlos Pinskusfeld Bastos. Só que como o artigo foi mal intitulado, o post também não teve como escapar do inconveniente, sendo intitulado “A retórica intencionalmente confusa e catastrofista da mídia e oposição, por Carlos Pinskusfeld Bastos” de sexta-feira, 29/08/2014 às 15:17 e pode ser visto no endereço a seguir:

    https://jornalggn.com.br/blog/brasil-debate/a-retorica-intencionalmente-confusa-e-catastrofista-da-midia-e-oposicao-por-carlos-pinskusfeld-bastos

    O autor deveria ter direcionado o título só para a mídia e se quisesse dizer mais alguma coisa que substituísse “oposição” por “os que acompanham a mídia” (Ou “os que a acompanham”). E quem fosse lá comentar e fosse a favor de Dilma Rousseff não precisaria ficar falando mal da oposição. Bastava elogiar achados como os dois parágrafos que transcrevo a seguir:

    “Não deve ser fácil ao eleitor entender por que a esquerda radical critica os governos do PT por não terem mudado nada na política macroeconômica do PSDB e o candidato deste partido lamenta o abandono da herança virtuosa de FHC.

    Também não é muito razoável explicar como a comandante de uma economia à beira do caos mantém um sólido percentual de intenções de votos”.

    Há muitos posts contra Marina Silva e os PTistas e os PSDBistas não deveriam  inflar mais as críticas. PTistas e PSDBistas devem evitar criticar Marina Silva, pois os que criticarem Marina Silva, caso venham a disputar o segundo turno entre eles, perderão o voto dos eleitores de Marina Silva. O macete é deixar que a mídia faça a crítica por eles. No máximo podem passar a idéia do que a mídia deve dizer. Algo como o PT também pensava como Marina Silva depois reconheceu que estava equivocado e mudou. Ou então o PSDB falar para a mídia explicar que o fisiologismo é da essência do sistema democrático e os que criticam o fisiologismo o fazem por oportunismo, pois sabem que as pessoas foram instruídas de modo errado para acreditar que o fisiologismo é uma praga da política brasileira, ou o criticam por desconhecimento do funcionamento da democracia. É bem verdade que haveria muita coisa que a mídia teria que ensinar o povo brasileiro para desconstruir a Marina Silva.

    O difícil de contar com a mídia para desconstruir Marina Silva é que não me parece que a Marina Silva venha a trazer prejuízo para a mídia além de poder representar para a mídia brasileira o mesmo que Lula representou, ou seja, um mascote e mascate do Brasil no exterior. Não se pode esquecer que Cesar Maia era o queridinho da Globo até que divulgaram que ele tinha orquestrado a vaia contra Lula no Maracananzinho. E como tudo estava sendo filmado para a divulgação no exterior, a Globo se sentiu prejudicada e acabou com a carreira política de Cesar Maia (É claro que é um exagero de retórica, pois embora muito grande o poder da mídia não tem toda essa capacidade que muitos dizem que ela tem).

    Sobre a questão do poder da mídia, eu menciono o meu comentário enviado segunda-feira, 19/05/2014 às 21:19, para Motta Araujo, junto ao post “Sobre a criação de uma clima de pessimismo” de segunda-feira, 19/05/2014 às 15:38 aqui no blog de Luis Nassif e originado de comentário de Motta Araujo para o post “O catastrofismo não tem amparo nos fatos” de segunda-feira, 19/05/2014 às 08:26, também no blog de Luis Nassif e de autoria de Alessandre de Argolo. O endereço do post “Sobre a criação de uma clima de pessimismo” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/sobre-a-criacao-de-uma-clima-de-pessimismo

    Em meu comentário, eu menciono que não há um caso no mundo de uma recessão causada pela mídia nem de crescimento econômico que ela tenha impulsionado. Nem de ela impedir o crescimento ou impedir a recessão.

    E faço referência agora a um post horrível e que pode ter induzido muitos PTistas e PSDBistas se interessarem por ele na expectativa de encontrar ali crítica consistente a Marina Silva. Trata-se do posti “Debate: O Criacionismo é a Negação da Democracia” de sexta-feira, 29/08/2014 às 09:42, aqui no blog de Luis Nassif e originado de sugestão de Antonio Ateu que havia reproduzido no blog dele o texto da Carta Maior intitulado “Por que o criacionismo é um ataque à democracia?” de autoria de Katarina Peixoto. O endereço do post “Debate: O Criacionismo é a Negação da Democracia” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/antonio-ateu/debate-o-criacionismo-e-a-negacao-da-democracia

    Com um texto que desmerece a Carta Maior, a autora mistura a contradição entre o caráter concentrador de renda do mercado e o caráter igualitário da democracia para dizer que a crença no criacionismo estaria em contradição com a democracia. Um encadeamento que não encadeia. Há quase uma tentativa de tratar os que acreditam no criacionismo como idiotas. Como na Grécia Antiga, os idiotas não podiam participar da democracia, a autora houve por bem em considerar que os criacionistas também não poderiam participar da democracia. Os idiotas na Grécia antiga eram os excluídos e continuam sendo hoje.

    Suponhamos que a humanidade tivesse desenvolvido bastante, mas não tivesse desenvolvido o conhecimento capaz de provar a teoria da evolução. Nesse caso, uma possibilidade aceita seria o criacionismo. Só que os que acreditassem no criacionismo não poderiam aceitar a democracia. Imagino um criacionista analisando o sistema democrático. Pensa ele lá consigo mesmo:

    “É um bom sistema. Não pode ser idealizado. Como um modelo real, o sistema democrático enfrentará dificuldades. Não será fácil compor interesses conflitantes sem que se saiba em cada caso concreto qual seria o interesse maior, o bem comum. Será então necessário que os grupos com interesses divergentes se acordem, façam concessões, ajustes, barganhas, etc. Só que há este texto aqui que diz que a crença no criacionismo está em contradição com a democracia. Que alternativa há ao criacionismo? Não há. Então há que se descartar a democracia”.

    Não faz sentido que alguém com formação superior que tenha aprendido lógica do pensamento científico tenha feito um artigo assim como este da Katarina Peixoto. E a Carta Maior o tenha publicado. Aqui no blog do Luis Nassif tudo bem porque aqui trata-se de um blog plural. A Carta Maior, entretanto, pretende representar uma ideologia. Uma ideologia precisa de lógica. O texto da Katarina Peixoto é um absurdo.

    Bom, não sou especialista em eleições e pode ser que nenhuma das regras que eu mencionei tenham valor e tragam algum resultado eleitoral. Pode ser que o oposto é que seja o bom. Se for isso, mãos à obra.

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    Bem, quanto a dúvida de Bruce Guimarães relativamente ao questionamento do Mauro Paulino, eu, avaliando que há um pouco de razão no que Bruce Guimarães diz, pondero para a possibilidade de existir uma idéia ou intenção oculta no texto de Mauro Paulino e Alessandro Janoni. Pelo menos no meu entendimento, ele parece dizer que a única forma de retirar votos de Marina Silva é desconstruir Marina Silva. Em meu entendimento, a única pessoa que sabe fazer isso no Brasil e tem coragem de fazer é José Serra. Com a alta rejeição que o PT sempre encontrou na sociedade brasileira, eu tenho por mim que para Lula ganhar em 2002, foi preciso que José Serra desconstruísse Ciro Gomes. E diga-se de passagem que a desconstrução que José Serra fez de Ciro Gomes foi benéfica para o Brasil pelo menos por dois motivos. Um porque permitiu a eleição de Lula que foi boa para o Brasil e o segundo porque o discurso de Ciro Gomes não era instrutivo. Ele dizia, no plural e, reconheço, não exatamente como na frase a seguir: “nós fizemos o Plano Real para que uma vez eleito, Fernando Henrique Cardoso pudesse empreender as grandes reformas que o Brasil precisava”. Ora, o “nós” não cabia, o Plano Real não fora feito para que se empreendessem grandes reformas e as reformas não eram necessárias para o Brasil. O problema do Plano Real foi ter sido feito e não a ausência das grandes reformas.

    Enfim, se a Marina Silva ganhar, o PT poderá dizer: “que grande falta que o José Serra nos faz”. O “nos” ai na frase refere-se ao PT.

    De todo modo, repito o que tenho comentado aqui durante todo o governo de Dilma Rousseff: “não vi um erro que o governo tenha cometido nos quase quatro anos de governo”. Pode até ter havido erro, mas não me pareceram erradas nenhuma das medidas que costumam ser indicadas como erro do governo. Eu até tenho divergências com algumas medidas do governo. Serve como exemplo o fato de eu ser contra redução da carga tributária e em princípio não gostar de desonerações fiscais, mas compreendo no caso os argumentos do governo para as medidas de desoneração tomadas.

    E repito também uma idéia que eu divulgo bastante sobre a inércia da Administração Pública e da pouca capacidade que um chefe de executivo mesmo em país de presidencialismo fortalecido como o brasileiro em alterar a ordem natural da sucessão dos fatos. Nesse sentido remeto aos meus comentários no post “O custo de um estilo (08/02)” de terça-feira, 08/02/2011, no blog de Alon Feuerwerker e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://www.blogdoalon.com.br/2011/02/o-custo-de-um-estilo-0802.html

    E por fim, lembro que a Marina Silva tem defendido a independência do Banco Central. Trata-se de medida que eu critico, embora eu seja leigo em economia. E sei que a declaração dela conta com o respaldo do Partido Socialista Brasileiro o que garante um viés mais de esquerda para esse processo de autonomia do Banco Central. Bem, eu critico a medida, mas por razões bem diversas das que leio aqui no blog. O mais frequente é dizer que com a independência o mercado vai apropriar-se do Banco Central. É uma crítica incoerente quando se já acusa o mercado de ter-se apropriada do Banco Central. Creio que esta questão da autonomia do Banco Central deveria ser mais bem entendida. E este entendimento só será feito em base lógica quando se analisa o fenômeno da inflação. E eu creio que há dois posts com a visão de um economista ortodoxo com ensinamentos que ajudariam bastante na compreensão do fenômeno da inflação. São eles “Por quê?” de quarta-feira, 29/02/2012, de autoria de Alexandre Schwartsman e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/02/por-que.html

    No post “Por quê?” há a seguinte frase de Alexandre Schwartsman:

    “À parte inflação muito elevada, que, por motivos vários, reduz o potencial de crescimento da economia, e episódios de deflação ao estilo japonês, taxas, digamos, “moderadas” de inflação não têm quaisquer efeitos sobre o crescimento de médio e longo prazo. Concretamente, a capacidade de crescimento de um país independe da inflação ser 4,5%% ou 6,5%”.

    Alexandre Schwartsman é um ardoroso defensor de inflação mais baixa. Ainda assim ele reconhece que não há nenhum problema para efeito de crescimento de se ter inflação de 4,5% ou de 6,5%.

    O segundo post a ser mencionado também no blog de Alexandre Schwartsman, A Mão Visivel, é “Derruba sim…” de terça-feira, 08/04/2014 e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://maovisivel.blogspot.com.br/2014/04/derruba-sim.html

    Não é bem o que Alexandre Schwartsman diz no post “Derruba sim…” que é importante para a compreensão do fenômeno da inflação dentro da realidade brasileira. O que há no post dele de importante é um gráfico que estabelece a relação entre a inflação e o juro real necessário para deixar a inflação em determinado patamar. Quanto mais baixa a inflação maior é o juro real. Então o que faz os rentistas ganharem mais não é a apropriação ou não do Banco Central pelos mercados. O que vai permitir que os que vivem de aplicação financeira possam obter mais renda é o tamanho da inflação que se persegue. Quanto mais um governante precisa cair na graça do povo oferecendo uma inflação mais baixa maior será a remuneração que ele terá que oferecer aos rentistas.

    Ter governado com a taxa de inflação entre 5,5% e 6,5% foi o melhor que a presidenta Dilma Rousseff pode oferecer ao Brasil e ao mesmo tempo essa inflação mais alta junto com o julgamento da Ação Penal e a descrença popular na atividade política tal qual ela é deram combustíveis para as manifestações de junho de 2013, que de certo modo foi o que destruiu a popularidade do governo. E não há estudo, mas os maus resultados na economia, em minha opinião são decorrentes do efeito que as manifestações de junho de 2013 tiveram no espírito animal do empreendedor. É bem verdade que os maus resultodos econômicos só perduram no imaginário popular durante uma semana. O que conta para o povo é o desemprego e mais ainda a inflação.

    Eu sei que a primeira regra é inarredável. Aliás há dois anos eu tenho a minha tese sobre o julgamento da Ação Penal 470 ereproduzi durante os dois anos inúmeras vezes e só uma pessoa se deixou convencer. E embora eu saiba que os longos comentários são deixados de lado não consigo deixar de ter a pretensão do convencimento. E como eu disse estendi bastante neste comentário, mas ele serve como memória e vai que alguém se esbarra nele e não consegue dele escapulir.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 30/08/2014

  32. 2014 é o anti-1989

    Para mim, 2014 será um repeteco de 1989 às avessas. Até no sentido de que, eventualmente (como Lula) Marina possa ganhar a eleição para presidente, mas não neste ano.

    Em 1989, tínhamos Collor, Lula, Brizola e Covas disputando a presidência. Todos eles também se colocavam como os candidatos da “mudança”, cada qual à sua maneira. Como plano de fundo, a hiperinflação e os diversos pacotes econômicos falhados a partir de 1986.

    Lula e Brizola defendiam as quebras de paradigma radicais; Covas prometia recolocar o país nos trilhos da “verdadeira” social democracia; e Collor representava a “modernidade”, com uma visão de um proto-neoliberalismo que tomou formas mais definidas quando FHC assumiu o poder. No final das contas, Lula e Collor foram para o segundo turno, sendo que Lula liderou as pesquisas até quase o final da campanha e então acabou perdendo.

    Penso que o roteiro de Lula 1989 é o mesmo reservado para Marina 2014, à medida que suas contradições forem sendo exploradas e a roupa suja lavada em público – não só pelo PT mas principalmente pela mídia, que ainda acredita que Aécio possa se recuperar mesmo que sua candidatura já esteja respirando por aparelhos. Boa parte da mídia representa interesses que não desejam ver Marina no poder de maneira nenhuma, do mesmo jeito que não desejavam ver Lula no poder em 1989. Tanto que a mídia ainda não formou um consenso sobre ela, da mesma maneira que não tinha formado em 1989 – se bem me lembro, Veja e Globo apoiaram Collor, ao passo que a Folha apoiou Covas.

    A grande diferença de 2014 para 1989 é que, ao contrário de Sarney, Dilma tem muito o que mostrar. E por outro lado, se Marina realmente quiser ganhar a eleição, talvez deva ficar longe dos microfones – embora eu duvide que ela consiga ficar com a boca fechada, pois normalmente quando ela é pressionada (e ela o será, porque está em evidência), ela enfia os pés pelas mãos, se contradizendo e soltando batatadas em série. A última, aliás, é justamente sobre a questão GLBT, onde num dia o “programa” promete uma coisa e no dia seguinte a candidata “esclarece” outra, no sentido contrário. Estou contando os segundos para ela vir à público desmentir suas próprias declarações sobre a Petrobrás e o pré-sal, sobre que Dilma já se manifestou claramente.

    Talvez a falta de consenso da imprensa sobre a candidatura Marina venha daí, desses desmentidos em série. Essas declarações contraditórias não transmitem segurança aos detentores do poder econômico, pois nunca fica claro qual apito ela realmente toca; assim, setores influentes da sociedade que poderiam até nutrir certa simpatia por ela poderiam deixar de apoiá-la para apoiar Aécio, que como Dilma tem mandado mensagens bastante claras e inequívocas sobre o que pretende fazer.

    Em resumo, penso que teremos vários momentos de unhas roídas e dor de barriga (as vendas de maracujina vão explodir neste ano), mas penso que no final Dilma vá levar. É só não se deixar levar pelo pânico.

  33. Falácia sobre Independência do BC

    Só explicando uma coisa que parece sacrilégio por aqui.

    O Lula já fez uma independência branca do BC quando protegeu Meirelles da Receita transformando-o em ministro. Assim o presidente do BC não fica à mercê da justiça comum e sim do STF.

    Se for dada a independência ao BC explicito em lei, e se retirar essa prerrogativa de foro do presidente do BC, transformando num servidor público comum, o efeito de independência será inferior à situação atual.

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador