Jornal GGN – O advogado e pastor evangélico André Mendonça estabeleceu um perfil diferente ao cargo de ministro da Justiça: embora seja visto como discreto e silencioso, ele já adotou algumas atitudes consideradas polêmicas para defender o governo Jair Bolsonaro.
Na última semana, Mendonça pediu à Polícia Federal a abertura de uma investigação para investigar se o colunista Hélio Schwartsman, do jornal Folha de São Paulo, infringiu a Lei de Segurança Nacional (LSN) ao publicar artigo intitulado “Por que torço para que Bolsonaro morra”.
O ministro também pediu inquéritos para apurar uma charge de autoria de Renato Aroeira, e reproduzida pelo jornalista Ricardo Noblat, que associa o presidente ao nazismo, e ainda apresentou habeas corpus em favor do ex-ministro Abraham Weintraub para evitar que ele tivesse de prestar depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) dentro do inquérito das fake news.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, Mendonça acabou por fazer aquilo que Bolsonaro pediu na reunião ministerial de 22 de abril, quando Sergio Moro ainda era titular da pasta: se expor na defesa do governo ou do chefe. “E vocês têm que apanhar junto comigo, logicamente quando tiver motivo para apanhar, ou motivo para bater”, disse o presidente na ocasião.
Além de ser uma das principais pontes entre o Executivo e Judiciário, Mendonça é visto dentro do governo como um dos favoritos para uma das duas vagas que serão abertas no STF – de Celso de Mello, a ser aberta no final do ano, e outra em 2021, de Marco Aurélio Mello.
Leia Também
Embaixadora francesa no Brasil é o contraponto do bolsonarismo
Redes ignoram bloqueio de perfis suspeitos de ataque ao STF
Ala ideológica perde espaço no governo Bolsonaro
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.