“Israel tem utilizado reféns para legitimar o assassinato de palestinos”, diz relatora especial da ONU

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Ataque Israelense, no campo de Al-Nuseirat, matou pelo menos 274 palestinos. Na ocasião, quatro reféns mantido pelo Hamas foram resgatados

Norte da Faixa de Gaza reduzida a escombros. | Foto: Flickr/ONU

A relatora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para os direitos humanos nos territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, declarou que Israel poderia ter libertado todos os reféns detidos pelo Hamas “vivos e intactos, há oito meses”, e não a partir do sacrifício de mais de 200 vidas palestinas. 

A declaração foi dada no contexto do massacre coordenado pelo Exército Israelense, neste sábado (8), no campo de Al-Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza. Na ocasião quatro reféns foram resgatados. Contudo, durante a operação, pelo menos 274 palestinos foram mortos, entre eles 64 crianças, 57 mulheres e 37 idosos. Além disso, 798 pessoas ficaram feridas, segundo o ministério da saúde de Gaza.

Israel tem utilizado reféns para legitimar o assassinato, o ferimento, a mutilação, a fome e o traumatismo de palestinianos em Gaza. E ao mesmo tempo intensifica a violência contra os palestinianos no resto do território ocupado e em Israel. Israel poderia ter libertado todos os reféns, vivos e intactos, há oito meses, quando o primeiro cessar-fogo e a troca de reféns foram postos em cima da mesa. No entanto, Israel recusou, a fim de continuar a destruir Gaza e os palestinianos como povo. Esta é uma intenção genocida transformada em ação”, escreveu Albanese, na rede social X.

Hoje, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, também usou as redes sociais para denunciar que Israel continua matando “dezenas de civis palestinos” e “este horror deve parar“. Líderes de diversas outras nações também condenaram a ataque.

Com informações da Al Jazeera.

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  1. Embora a motivação para criação de um estado judeu fosse uma aspiração legítima dos seguidores do judaismo para livrarem-se da perseguição dos cristãos europeus, isso ensejou em algumas lideranças das potências europeias a oportunidade de se benficiarem duplamente da criação de um estado judeu na palestina. Ou seja: Livrarem-se dos indesejados judeus e usá-los como ponta de lança dos interesses dos colonialistas europeus na região, uma vez que a maioria dos futuros imigrantes , seriam de judeus com formação cultural européia. Assim, podemos concluir que a criação do estado de Israel, com base na usurpação das terras milernamente habitadas por etnias predominantemente cananéia, das quais faziam parte até o início do século XX, seguidores das religiões: judaica, muçulmana e cristã, sendo que os muçulmanos representava, por esta ocasião, mais de 70%. da população da Palestina. Para a sobrevivência dos judeus, islamitas e cristãos e de outras religiões que habitam a região, só será possível com o fim do estado nazisionista .

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