O anúncio de apoio “incondicional” do governador de São Paulo Rodrigo Garcia (PSDB) à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) gerou críticas entre tucanos, sejam eles históricos ou não.
Em entrevista à jornalista Monica Bergamo, da Folha de São Paulo, o tucano Tião Farias, que foi secretário da Casa Civil no governo de Mario Covas, afirma que o posicionamento de Garcia destoa da bandeira da social democracia defendida pelo partido.
“Mario Covas dizia o seguinte: se o político tiver caráter e apreço pela democracia, serve até como adversário. Se não tiver, não serve nem como companheiro. Isso resume tudo. Bolsonaro não tem caráter nem apreço pelo democracia”, resume Farias.
“Não tem mais como ficar no PSDB, agora acabou. Seria uma traição com aqueles que fundaram o partido se eu ficasse no PSDB”, afirma Farias, ressaltando que seria “difícil ficar num partido que apoie um fascista”.
Um tucano mais recente se posicionou da mesma maneira: o deputado federal Alexandre Frota, que não conseguiu se eleger deputado estadual em São Paulo, também anunciou sua saída do partido.
“Não posso ficar em um partido que apoia o Bolsonaro e Tarcísio vai de encontro a tudo que fizemos até o momento”, disse o parlamentar.
Tudo indica que o apoio de Garcia a Bolsonaro se deve ao fato de seu irmão, Marco Aurélio Garcia, ter sido condenado por lavagem de dinheiro no escândalo da máfia dos fiscais – uma investigação conduzida durante o governo de Haddad na Prefeitura de São Paulo.
Leia Também
Bolsonaro recebe apoio de Garcia em São Paulo: mudará o resultado?
Ciro não cita Lula, mas chancela decisão do PDT em apoiar o PT no segundo turno: “É a última saída”
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Os bicudos emplumados, que aceitaram o boneco de plástico como seu líder, não podem agora criticar ninguém só porque o ninho agora é de tico-tico.