Dirigente do partido de Pablo Marçal cumpriu pena por extorsão

Dolores Guerra
Dolores Guerra é formada em Letras pela USP, foi professora de idiomas e tradutora-intérprete entre Brasil e México por 10 anos, e atualmente transita de carreira, estudando Jornalismo em São Paulo. Colabora com veículos especializados em geopolítica, e é estagiária do Jornal GGN desde março de 2014.
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Após convenção que lançou Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo, antecedentes criminais de vice-presidente do PRTB-SP foram revelados.

Após convenção que lançou Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo, antecedentes criminais de vice-presidente do PRTB-SP foram revelados.
Foto: Reprodução. Twitter

Após participar da convenção que oficializou a candidatura do influenciador digital Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo (4/8) o atual vice-presidente do diretório municipal do PRTB-SP, Maiquel Santos de Assis, teve seus antecedentes criminais expostos. Assis cumpriu pena por extorsão mediante sequestro em regime fechado entre 2009 e 2013.

Maiquel posa ao lado de Leonardo Avalanche, presidente do PRTB, e Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo. Foto: Redes Sociais.

Durante o evento do candidato, que tenta angariar o núcleo duro do eleitorado bolsonarista da capital, Marçal esteve ao lado do presidente nacional, Leonardo Avalanche; Pablo Marçal; Levy Fidelix Filho, presidente do diretório municipal; e Maiquel Santos de Assis.

De acordo com a peça inicial acusatória, Maiquel e dois comparsas foram responsáveis por um sequestro na zona leste de São Paulo, exigindo o resgate de R$ 50 mil da família da vítima para que ela fosse libertada.

Assis também respondeu a processos por estelionato (2007) e por homicídio culposo (2013) em decorrência de um acidente de trânsito.

Desde 2012, quando progrediu para o regime semiaberto, ele passou a trabalhar como assessor político, passando pelo PSC e o PTB, antes de chegar ao PRTB no final de 2023. Em suas redes sociais, há registros de sua participação no mandato de Eduardo Cunha (PTB-RJ), na eleição para prefeitura de Poá (SP), além de uma foto ao lado do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) com menções a Jair Bolsonaro.

Maiquel homenageando Eduardo Cunha. Foto: Redes Sociais.
Maiquel posa ao lado do deputador federal Daniel Silveira (PTB-RJ) durante o processo eleitoral de 2022. Foto: Redes Sociais.

Esta não é a única polêmica envolvendo a campanha do candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB. Desde a incorporação daquele que foi considerado braço-direito de Bruno Covas, Wilson Pedroso, até o vazamento de áudio exposto pela Folha em que Leonardo Avalanche mencionaria ter ligação com o PCC, já foram destaques recentes.

Ainda assim, o PRTB nega as fissuras internas entorno da escolha de Pablo Marçal para as eleições municipais de 2024. Em nota emitida no perfil de instagram do partido, o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) declarou que “não há divisão interna ou ‘racha’ em suas fileiras”.

A declaração é uma reposta ao pedido de impugnação do registro da candidatura de Pablo Marçal feito pelo então secretário-geral do PRTB, Marcos André de Andrade, à Justiça Eleitoral (8/8). Segundo Andrade, a convenção partidária que oficializou o nome de Marçal, teria ferido o regimento interno partidário por ter sido convocada pelo presidente do partido e não pelo diretório nacional.

A nota lançada hoje menciona o desligamento de Marcos André de Andrade do PRTB, sendo substituído por Samuel Alves de Azevedo Andrade na função de secretário-geral.

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