ONU receberá relatório sobre impacto dos resíduos tóxicos na saúde das populações mais pobres

CDHM realizará audiência pública com relator especial da ONU, Baskut Tuncak, que estará em missão oficial no Brasil entre 2 e 13 dezembro

da Comissão de Direitos Humanos e Minorias – CDHM

Relator especial da ONU receberá informações sobre o impacto dos resíduos tóxicos na saúde das populações mais pobres

por Pedro Calvi, da CDHM
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a exposição aos resíduos químicos pode ser a maior causa de doenças e mortes em todo o mundo, e que “o problema mata os pobres de forma desproporcional com mais de 90% da incidência de doenças associadas ocorrendo em países de baixa ou média rendas. Crianças e grupos minoritários são os mais afetados”.

O relator especial da ONU para implicações da gestão e eliminação ambientalmente racional de substâncias e resíduos perigosos, Baskut Tuncak, estará em missão oficial no Brasil entre 2 e 13 dezembro. O primeiro compromisso do especialista independente no país será na audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), no dia 3 (terça-feira), às 10h. O encontro é aberto ao público, com fala aberta para os interessados.

Tuncak afirma que que “comunidades de baixa renda sofrem as consequências da falta de ação em relação à poluição tóxica”. O especialista diz que os impactos da poluição e dos resíduos tóxicos são “evidentes”, mas que muito pouco é feito para enfrentar o que ele considera “crise de saúde pública”. Tuncak declarou ainda que os efeitos da exposição à poluição no ar, na água e nos alimentos domésticos aumentam o impacto nos grupos vulneráveis. As declarações dele fazem parte de um informe apresentado ao Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

No Brasil, a mineração em terras indígenas ou não, por exemplo, deixa resíduos que contaminam o meio ambiente e as pessoas, além do uso indiscriminado dos agrotóxicos para a saúde e o meio ambiente.

A CDHM tem acompanhado a situação das comunidades atingidas por rejeitos de minérios nos casos dos rompimentos das barragens de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais e no Espírito Santo, e da exploração de ouro em Paracatu (MG). Foram feitas audiências públicas e diligências aos locais desses desastres ambientais.  A CDHM promoveu também este ano o seminário “Terra e Territórios: Alimentação Saudável e Redução de Agrotóxicos”.

“Essas questões implicam em impactos diretos aos direitos humanos, e vão ser debatidas, com o relator da ONU, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias”, explica o presidente da CDHM, Helder Salomão (PT/ES).

Redação

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Por que Tribunais Internacionais não acusaram de Crimes contra a Humanidade, estes Laboratórios Europeus e NorteAmericanos que fabricam tais venenos urbanos e rurais? Pfizer, Syngenta, Bayer, Basf, Bungle, Exxon, Dow, Du Pont, Monsanto,… Onde está a condenação da ONU contra estas Fábricas de veneno que querem sabotar a AgroPecuária mais limpa e sustentável do Planeta. A AgroPecuária Brasileira.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador