Na distribuição de Ministérios anunciados nesta semana, Lula ainda não entregou uma pasta para Simone Tebet (MDB) e para Marina Silva (Rede).
A senadora que fez oposição a Lula no primeiro turno, mas sustentou a defesa do petista na segunda volta em nome da democracia, representou o selo da aliança do líder do PT com o centro e todos os partidos que rejeitassem um segundo governo Bolsonaro, levando com ela votos decisivos para a vitória de Lula.
Em agradecimento à atuação na campanha e também para materializar a grande frente formada neste governo, Lula insistiu em diversos discursos que quer a contribuição de Tebet para o governo.
Inicialmente, a senadora queria o Ministério do Desenvolvimento Social, que cuidará do Bolsa Família e outros programas sociais. Mas o posto ficou nas mãos de nome de trajetória do PT, o ex-governador e senador eleito pelo Piauí, Wellington Dias (PT).
Além disso, internamente, o MDB não chegava a um consenso para apoiar Tebet a frente de qualquer Ministério. Em meio às negociações e à pressa do presidente eleito em formar as pastas para iniciar as atuações, Tebet ainda não foi selecionada para nenhum cargo.
Por outro lado, Lula quer entregar outro Ministério de grande peso para Simone Tebet: o Planejamento. E enquanto a senadora não está convencida desta área, o MDB tenta convencê-la a aceitar o convite de Lula.
Outro posto-chave, mas de importância significativa para Marina Silva (Rede), o Meio Ambiente também pode ser oferecido a Tebet, que mostrou interesse nessa atuação. Para evitar conflitos e ainda manter Marina Silva na pasta, aliados de Lula indicam uma possível dobradinha, sendo ela o número dois de Tebet.
Ainda não se sabe como Marina está recebendo a proposta. Mas Lula pretende anunciar outros 13 Ministérios até a próxima terça-feira (27).
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