
O vice-presidente de Segurança Global da empresa, Chris Rackow, anunciou a demissão de 28 funcionários da empresa que protestaram contra um suposto acordo de US$ 1,2 bilhão formalizado entre a empresa de tecnologia e Israel na última terça-feira (16).
Os colaboradores receberam o aviso por e-mail. Já o grupo de colaboradores que fazem parte da campanha No Tech for Apartheid (Nenhuma tecnologia para o apartheid, em tradução livre) definiram a medida como retaliação, até porque os dispensados não participaram presencialmente do protesto realizado nas cidades de Nova York e Sunnyvale, nos Estados Unidos.
Segundo o projeto Nimbus, acordo entre a gigante da tecnologia e Israel, o país deve desembolsar o montante para usar a estrutura de nuvem da companhia em serviços de inteligência artificial e detecção facial.
Para forçar o retrocesso do Google, os protestantes ameaçaram ocupar os escritórios da empresa até que o contrato fosse cancelado. Por isso, nove manifestantes foram presos em Sunnyvale.
“Impedir fisicamente o trabalho de outros funcionários e impedi-los de acessar nossas instalações é uma clara violação de nossas políticas e um comportamento completamente inaceitável”, afirmou o Google em comunicado.
Israel está em guerra contra o Hamas desde 7 de outubro e, desde então, mais de 33 mil palestinos foram mortos, enquanto 65 mil foram feridos. A população sofre ainda com a privação de recursos básicos, como comida, água e medicamentos, levando a casos de desnutrição e desidratação severa.
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Esse talvez seja o conflito trabalhista e político mais interessante que ocorreu nos EUA nos últimos 100 anos. É preciso acompanhá-lo de perto e com atenção.