Desempregados e subocupados são 24,9% da força de trabalho, diz IBGE

Brasil bate recorde na taxa de subutilização da força de trabalho: são 28 milhões entre desempregados e que sobrevivem de fazer bico

Jornal GGN – O governo Bolsonaro diz comemorar a crescimento do emprego com carteira assinada, após quatro anos em queda. O registro é resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (31) pelo IBGE.

A quantidade pessoas empregadas com carteira de trabalho aumentou apenas 1,5% no trimestre fechado em abril, em relação a comparação do mesmo período em 2018. Numericamente, o crescimento foi de 480 mil postos de trabalho formais, totalizando 33,1 milhão de pessoas com carteira assinada.

A taxa de desocupação (desempregados) segue em alta. O IBGE mostra que o nível de desemprego aumentou 0,5 pontos percentuais, passando de 12,0% para 12,5% entre os dois últimos trimestres, encerrado em abril. Na comparação com o trimestre de fevereiro a abril de 2018, houve queda de 0,4 ponto percentual. Em números, são 13,2 milhões de pessoas com idade economicamente ativa e a procura de emprego.

A PNAD Contínua revela também que houve um aumento recorde da população subutilizada na série histórica iniciada em 2012. A taxa de subutilização da força de trabalho refere-se à soma de pessoas desocupadas ou subocupadas (que trabalham menos de 40 horas semanas), portanto, todas àquelas disponíveis no mercado ou que não conseguem emprego.

Em comparação ao trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019 e o último, terminado em abril, houve aumento de 3,9% do total de pessoas nessa condição. Já em comparação com igual trimestre de 2018, o aumento foi de 3,7%, totalizando 28,4 milhões de brasileiros na subutilização, ou 24,9% do total da população economicamente ativa.

O IBGE aponta que também ocorreu aumento do número de pessoas desalentadas – grupo de trabalhadores que parou de procurar emprego. Esse contingente inclui pessoas muito jovens, muito idosas ou pouco experientes que não acreditam que encontrarão oportunidade no mercado, mesmo assim fazem parte da força de trabalho potencial que, em condições de alta de emprego, conseguem ingresso no mercado de trabalho.

A última PNAD Contínua aponta para um total de 4,9 milhões de pessoas desalentadas: 4,3% (mais de 202 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior (4,7 milhões de pessoas), e 4,2% (mais 199 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018 (4,4 milhões de pessoas).

A categoria dos trabalhadores por conta própria ficou estável em 23,9 milhões de pessoas neste último trimestre em relação ao anterior. Por outro lado, cresceu 4,1% (mais 939 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2018.

O rendimento médio real brasileiro ficou praticamente estável em ambas as comparações. No último trimestre (entre fevereiro e abril) o registro foi R$ 2.295 a média do valor mensal que cai na conta do trabalhador brasileiro. Entre novembro de 2018 e janeiro de 2019 o valor registrado foi de R$ 2.304. Entre fevereiro e abril de 2018 o rendimento médio real era de R$ 2.281.

Redação

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