
Jair Bolsonaro voltou atrás e afirmou nesta terça-feira (7) que o salário dos servidores públicos não terá reajuste de 5%, que estava previsto para o funcionalismo a partir do mês que vem.
“Pelo que tudo indica, não será possível dar nenhum reajuste para os servidores no corrente ano. Mas já está na legislação nossa, a LOA [Lei de Diretrizes Orçamentárias], etc., de que para o ano que vem teremos reajustes e reestruturações”,disse o mandatário em entrevista exibida pelo SBT.
No final de abril, Bolsonaro informou que daria o reajuste de 5% a todo o funcionalismo público, durante uma conversa antes de entrevista à Rádio Metrópole, de Cuiabá (MT), transmitida pelas redes sociais. Ele chegou a afirmar que a medida custaria R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos em 2022 e o reajuste já valeria a partir de julho.
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Agora, no entanto, Bolsonaro argumenta que o reajuste foi descartado por conta de uma “conta extra” de R$ 9 bilhões que entrou no orçamento da União, um bloqueio do governo federal para não furar o teto de gastos.
“Qual o problema nosso? Nós temos um orçamento bastante pequeno. Se alguém achar dinheiro sobrando, eu dou reajuste agora, de quanto a pessoa achar que tem que dar”,pontuou.
“Se a gente der 5% linear agora, algumas categorias pedem reestruturação. E quando você fala em reestruturar uma carreira, as outras não admitem que elas não sejam reestruturadas. E nós não temos recursos para tal”, completou Bolsonaro.
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