Catarina e Jarirí – Uma paixão sobre-humana

Sanfredo, entonces, se dispidiu di tudos eiles pá partir para a ciudadi. Maisi in antis todos falaru prele tomá muito cuidado, purque a májiente sabia qui eile é muito amigu di Jarirí i pudia pégá eile pá tórturá inté qui contassi tudo u qui sabe.
 

– Muito cuidadu, Sanfredo. U Mal campeia in tudos us cantus iscurus.

– Ieu seio, Mestre. Ficarei cas mias antenas ligadas i só vo pisá in chão firme.

E Sanfredo partiu seguindu Cascatim. Cuandu eile chegô piérto da ciudadi, Cascatim deu um latido, lambeu a mão deile i vortô córrenu pu mei da mata.
Anssim qui cumessô a intrá na ciudadi, já foi venu ispalhadus pelu chão muitos dus jornais qui u pai di Catarina tinha mandadu imprimí i distribuí di graça pela ciudadi. Jarirí catô um i já foi lendo as mintiradas qui u jorná contava: “Jarirí, o bandido fugitivo, sequestra a filha e a mãe de família tradicional da cidade. Até o momento, o delegado ainda não tem pistas sobre o paradeiro das vítimas.”
Tudo mintirada, pensô Sanfredo, não tem nem uma vérdadi iscrita aqui, falsificaram tudo o qui acunteceu.
Indaí, Sanfredo chegou ao bar deile i já foi abrinu as pórta. Eile sabia qui lógo os frequntadô entrariam pá tomá umas pingas i, na cérta, contariam tudos os úrtimos acuntecemienti na cidudadi. I foi dito e feito. Num passô niem dez minuto eiles cumeçarem a entrá. Tudos eiles tavam surprezos, priguntandu pá Sanfredo pur adondi eile tinha andado i pur que o bar tinha ficado fechado.

– Ieu viajei, fui visitá uma tia mia qui tá nas úrtima. Ieu num seio nem u qui tá acuntecenu na ciudadi, ucêis num qué mi contá?

– Pois sim, Sanfredo. O assuntu principá ié Jarirí, Catarina i a mãe déila. U pai di Catarina mandô chamá um monti di caçadô di onça. Eiles tão chéganu i, num démora, eiles i os capangas du pai di Catarina vão intrá na mata pá fazê u sélviçu. Si num dé cérto i as onça cumê tudos eiles, o pai di Catarina anda falanu qui vai toca fogo na Mata i vão tumém matá u rio jóganu veneno neile.

Entonces, Sanfredo ficô piensativu, poisi éira uilsso mesmo qui eiles tavam imajinando qui iria acuntecê. Só u envenenamento du rio eleis num tinham prévisto. I cumu um pensamento puxa outro, tumém pensô in Dilma, i o quantu a rede grobo, principarmente u Jorná Nacioná, os jornás i a révista Veja, tentam envenená a reeleição déla. Quasi todos os dias, i duranti muitos meses, eiles tentam fazê a cavera déila. Nunca falaru das grandis cousas qui éila feizi no governo déila. Foi tudo iscondido, pra fazê o outro candidatu ganhá as eleições custi u qui custar. Falam mal da économia, maisi tá indo muito bem. Sobri u mensalão, qui na vérdadi foi um caixa dois que tudos os partidos fazem, não pararu di noticiar tudos os dias. Puseram u tar di ministro Barboza cumu si eile fossi um santo, maisi na vérdadi eisse ômi é um demonho in pessoa. Falaru qui nem Cópa du Mundo ia tê, purquê a Dilma não tinha montadu a infraestrutura qui pricisava. Tudo mentira. A Cópa foi uma belezura i foi élogiada nu mundo intero. O governo de Dilma é nota dez, mas mentem falandu qui é nota zero. Quanta falsidade, como eiles tem tanta  cara di pau pá inganá u puóvo. Eiles tumém falam du tar di Paulo Roberto Costa qui pegô dinero da Petrobrás, mas num contam qui eile foi colocado ali purque o governo di Férnando Henrique feiz uma jógada pra ele cuntinuá na Petrobrás, sem que Lula quisesse. Hoje ié u dia do debate. Na cérta, o prayboy aécio vai tentá atacá Dilma di tudo quanto é jeito. Tomara qui u povo não acredite nas mintiradas deile.

Redação

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