Água: Conselho da Cidade pede que Haddad decrete estado de emergência

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – A crise de água castiga o Estado de São Paulo. E a cidade de São Paulo é um problema e tanto nesta crise. O Conselho da Cidade de São Paulo aprovou na segunda, dia 15, documento com 35  propostas de emergência para o prefeito Fernando Haddad para este período de crise. Com 123 integrantes, o conselho pediu que o prefeito decrete estado de emergência no município, bem como multar quem desperdiça água e também pedir à Sabesp um plano de contingência para amenizar o racionamento. Este documento é fruto de dois meses de discussão, desde que o problema chegou a um ponto crítico. Foi criado um grupo temático para a busca de ações que ajudariam o município a enfrentar o problema. Leia a matéria do Estadão.

do Estadão

Conselho pede medidas da Prefeitura de SP contra crise hídrica

Edgar Maciel

Membros do Conselho da Cidade de São Paulo pediram que a administração municipal decrete estado de emergência na cidade

SÃO PAULO – O Conselho da Cidade de São Paulo aprovou nesta segunda-feira, 15, um documento que sugere 35 propostas de emergência para o prefeito Fernando Haddad (PT) adotar durante a crise da água. Os 123 integrantes do órgão pediram que a Prefeitura decrete estado de emergência, além de multar quem desperdiça água e solicitar à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) um plano de contingência para amenizar o racionamento.

Nos últimos dois meses, o conselho discutiu os riscos de um desabastecimento de água na capital e sugeriu a criação de um grupo temático para pensar em ações que o Município pode adotar para economizar recursos hídricos. A cidade é abastecida pelos Sistemas Alto Tietê, Cantareira e Guarapiranga. Os dois primeiros estão em situação crítica e na iminência de um colapso, se a estiagem nos mananciais continuar.

Hélvio Romero/Estadão

Conselho da Cidade de São Paulo quer multas para excesso de consumo de água

Com as medidas, os conselheiros acreditam que São Paulo teria mais facilidade para liberar recursos para obras emergenciais e adotar ações como multas por uso indevido da água. Durante a votação, houve conselheiros que defenderam que Haddad assuma a liderança da gestão da crise para implementar um plano de contingência. “Nós não podemos esperar mais o Estado agir. Estamos no limite para encontrar soluções. Tenho dois hospitais da Unifesp e não tenho nenhuma previsão de como vou administrar essa situação nos próximos meses. A Prefeitura precisa tomar o comando da situação”, afirmou a reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Soraya Soubhi

Os conselheiros também pediram que Haddad solicite que a Sabesp informe previamente os horários e locais onde ocorrem as interrupções no abastecimento. “A crise é para todos e não se pode beneficiar a classe média e sacrificar a periferia”, criticou o documento. Conforme o Estado revelou, a companhia tem reduzido a pressão da água na rede além do limite mínimo permitido já no fim da tarde, prática que tem deixado imóveis com as torneiras secas.

Multa. A carta foi entregue a Haddad, que se comprometeu em analisar as propostas e discuti-las com os conselheiros. Segundo o prefeito, as cidades da Grande São Paulo querem aprovar em seus territórios uma lei comum para o uso racional da água, que será sugerida pela Sabesp. A proposta foi discutida em outubro. Depois disso, esperam que a empresa entregue uma minuta com os principais pontos da lei.

“Estamos na expectativa de a Sabesp nos encaminhar essa minuta, mas ainda não a recebemos. Os prefeitos das regiões metropolitanas estão dispostos a encaminhar para as câmaras municipais a mesma minuta”, disse Haddad. Uma das possibilidades analisadas é a multa por desperdício.

Em abril, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou uma sobretaxa na conta da Sabesp para quem aumentasse o consumo, mas descartou a medida durante a eleição. Agora, estuda implementá-la juntamente com as prefeituras. “É preciso receber a proposta e ver o que a Sabesp imagina para os municípios”, disse Haddad. / COLABOROU FABIO LEITE

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

3 Comentários

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  1. Governadores do PSDB!

    Pois é !   Os governdores do PSDB há dez anos agiram irresponsavelmente e permitiram que o estado de S.Paulo chegasse à essa lamentavél tragédia!  E continuam impunes e agora, cobram soluções dos prefeitos?  Eu gostaria de entender!  Nehuma cobrança daqueles que deixaram o caos se instalar? 

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