Bolsa sobe 1,65% e supera os 61 mil pontos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa brasileira terminou o mês de agosto com sua maior pontuação em mais de um ano, acumulando o melhor desempenho para o mês desde 2003 e a maior alta mensal desde janeiro de 2012.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou o dia em alta de 1,65%, aos 61.288 pontos e com um volume negociado de R$ 11,061 bilhões. Com isso, o indicador encerrou o mês com um ganho acumulado de 9,78%. Em linhas gerais, as operações do mês foram marcadas pelo acidente que matou o então candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, o que levou a uma reviravolta no quadro eleitoral diante da entrada da vice, Marina Silva, na disputa eleitoral. Tal evento gerou uma virada nas últimas pesquisas eleitorais, que já apontam uma vitória da candidata em um eventual segundo turno contra a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), e também nas operações do mercado financeiro – que contabilizou um ganho na marca de 10% do dia 13 de setembro (data do acidente de Campos) até o fim do mês.

Na sexta-feira, o mercado repercutiu a divulgação de dados sobre a economia brasileira. O PIB (Produto Interno Bruto) encolheu 0,6% no segundo trimestre em relação aos três meses anteriores. Além disso, os resultados do primeiro trimestre foram revisados de alta de 0,2% para queda de 0,2%. Com dois trimestres seguidos de resultado negativo, considera-se tecnicamente que o país está em recessão. Isso não acontecia desde a crise financeira global de 2008 e 2009.

Os investidores também analisaram a divulgação do plano de governo do PSB ocorrida na tarde desta sexta. Entre outros pontos, o documento prevê uma menor presença do Estado na economia, criando condições para elevar a participação do capital privado nos investimentos. Os agentes também aguardam a publicação de nova pesquisa elaborada pelo Datafolha.

Quanto ao câmbio, o dólar comercial fechou com queda de 0,01%, a R$ 2,239 na venda. Assim como aconteceu na bolsa, os agentes repercutiram a publicação dos dados do PIB e, segundo analistas consultados pela agência de notícias Reuters, o quadro de recessão técnica apresentado deve reforçar o sentimento de que é preciso mudanças no governo – o que pode dar mais força para a candidatura de Marina, uma vez que os agentes financeiros fazem críticas recorrentes à forma como Dilma conduz a política econômica.

As intervenções do Banco Central no mercado de câmbio também afetaram as operações. O BC não efetuou leilão para rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) com vencimento programado para a próxima segunda-feira (1º). Contudo, a autoridade monetária manteve seu programa de intervenções diárias no câmbio, com as novas regras anunciadas em junho. Foram negociados 4 mil contratos de swap, sendo 2,5 mil com vencimento em 1º de junho, e 1,5 mil para 1º de setembro de 2015, em transação que movimentou o equivalente a US$ 197,9 milhões.

Para segunda-feira, os agentes acompanham a publicação do relatório Focus, dos dados de balança comercial referentes ao fechamento de agosto, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) e o PMI (índice dos gerentes de compras) da indústria. No exterior, destaque para o PIB e o PMI industrial da Alemanha.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  1. PERSEVERANÇA PARA O SUCESSO DA REELEIÇÃO

     

    Discurso político consistente e amplo acerca de propostas de governo os partidários da reeleição têm. E isto é um fato real, muito mais relevante do que os factóides alardeados pelos apoiadores dos ditos oposicionistas.

    O que falta agora é os defensores da reeleição intensificarem as iniciativas com vistas a divulgar com mais ênfase todas as graves implicações jurídicas dos fortes indícios de irregularidades e ilegalidades relacionadas com o obscuro uso de aeronaves por parte das candidaturas do PSB e do PSDB à presidência.

    Urge divulgar amplamente a necessidade de rigorosas e transparentes investigações de todos os apontados indícios de ilícitos comerciais, financeiros e eleitorais.

    O conhecimento de tal realidade é de enorme importância para fornecer subsídios aptos a embasar as opções de voto de pessoas que estão iludidas com os discursos falaciosos de candidatos dos partidos políticos acima citados.

    E a importância da celeridade das investigações e da apuração plena da verdade dos fatos relacionados com o triste sinistro que atingiu o candidato do PSB à presidência é ainda maior em face da existência de vítimas fatais da lamentável tragédia aérea, além de danos morais e materiais a outras vítimas.

    Por outro lado, cabe aos partidários da reeleição alertar o eleitorado para o fato de que a postura da candidata fúnebre da rede de intrigas em relação aos principais temas da política econômica aponta para indesejáveis opções, vinculadas à retomada do arrocho salarial; da elevação das taxas de juros; da política cambial e fiscal favorável aos lucros dos rentistas e dos especuladores financeiros; da redução dos investimentos públicos e da demanda agregada; da precarização das condições de trabalho e da redução dos níveis de emprego, entre outras opções ‘impopulares’. E é um dever também mostrar que a presença de certos teóricos defensores das idéias monetaristas e neoliberais na direção do núcleo econômico da chefe da rede mostra com clareza os riscos de retrocesso do desenvolvimento, de desindustrialização crescente e de desemprego intenso.

    Do mesmo modo, cabe mostrar que a articulação ensaiada com conhecidos gurus do PSDB evidencia que a política econômica de um improvável e indesejável governo da fúnebre candidatura do PSB traria de volta os pesadelos da era de vicissitudes na qual o câmbio do dólar chegou a atingir estratosféricos valores acima de R$ 4,00 (quatro reais), com terríveis consequências recessivas, e o Brasil vivia à beira da insolvência e de colapsos do Balanço de Pagamentos, dependente do endividamento junto ao FMI, submetido às exigências do capital financeiro globalizado.

    É preciso ter perseverança e fé no futuro para vencer os desafios do aprimoramento da democracia. Neste sentido, vale lembrar que um dos gigantes da literatura universal, no épico romance Guerra e Paz, ressalta a veracidade do fato de que ‘o que decide o resultado das batalhas não é a quantidade de armas nem de soldados, mas sim algo subjetivo e imaterial denominado de “o moral das tropas”‘. A história da humanidade comprova a exatidão desse entendimento, de modo que está na hora de incentivar o espírito combativo dos defensores da reeleição.

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