Mesmo condenado Lula venceria eleições

Ex-presidente venceria disputa contra todos  políticos conhecidos, incluindo Bolsonaro que aparece em 2º; porém com alto índice abstenções 
 
Foto: Lula Marques/Agência PT
Foto: Lula Marques/Agência PT
 
Jornal GGN – Na primeira pesquisa eleitoral realizada após a condenação de Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro, o ex-presidente continua na liderança em todos os cenários testados com políticos conhecidos. O levantamento foi feito pelo Instituto Paraná Pesquisa. 
 
Em uma primeira análise, 15,7% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos nomes indicados e outros 3,9% não souberam responder. Por outro lado, 25,8% disseram que votariam no petista, seguido pelo deputado Jair Bolsonaro (18,7) e Dória (12,3%). O instituto também testou cenários com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa (8,7%), os ex-presidenciáveis Marina Silva (7,1%) e Ciro Gomes (4,5%), e o senador paranaense Alvaro Dias (3,5%). 
 
Em um segundo cenário, colocando o governador de São Paulo Geraldo Alckmin como candidato do PSDB, Lula manteve a liderança com 26,1%, novamente seguido de Bolsonaro com 20,8% das intenções de voto. 
 
Nas simulações para segundo turno, Lula também sairia vencedor com 38,7% da preferência dos eleitores, contra 32,3% para Bolsonaro. No caso de disputar o segundo turno com Dória, Lula venceria com  38,5% contra 32,2% para o político do PSDB. 
 
O ex-presidente também ganharia de Alckmin, por 39% a 26,9%, Marina Silva, por 36,3% contra 29% e Joaquim Barbosa, por 37,1% contra 31,1%. 
 
O índice de eleitores que não votariam em nenhum dos indicados também seguiu elevando na simulação para segundo turno com um percentual que varia de 25,5% e 31,3%. 
 
As informações são do jornal Gazeta do Povo. Veja a matéria na íntegra: 
 
Gazeta do Povo
 
Em 1ª pesquisa pós-condenação, Lula venceria eleição para a Presidência
 
Por Tabata Viapiana
 
O ex-presidente Lula venceria a disputa em todos os cenários testados pelo Instituto Paraná Pesquisas; Bolsonaro aparece em 2º
 
Na primeira pesquisa realizada depois da condenação a nove anos e meio de prisão na Lava Jato, o ex-presidente Lula ainda lidera a corrida presidencial em todos os cenários testados pelo Instituto Paraná Pesquisas. Em uma primeira análise, o candidato do PSDB é o prefeito de São Paulo, João Doria. Neste caso, Lula tem 25,8% da preferência dos eleitores, seguido pelo deputado Jair Bolsonaro (18,7%) e por João Dória (12,3%).
 
INFOGRÁFICO: Veja os resultados dos cenários de 2º turno simulados pela Paraná Pesquisas
 
Ainda pontuam na pesquisa o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa (8,7%), os ex-presidenciáveis Marina Silva (7,1%) e Ciro Gomes (4,5%), e o senador paranaense Alvaro Dias (3,5%). Além disso, 15,7% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos nomes indicados e outros 3,9% não souberam responder.
 
Em um segundo cenário, quando o candidato do PSDB é o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, Lula aparece com índice maior, de 26,1%. Bolsonaro continua em segundo, com 20,8% das intenções de voto, seguido por Joaquim Barbosa (9,8%), Geraldo Alckmin (7,3%), Marina Silva (7%), Ciro Gomes (4,5%) e Alvaro Dias (4,1%). 17% dos eleitores não escolheriam nenhum dos indicados, enquanto 3,5% não souberam responder.
 
Segundo turno
O Instituto Paraná Pesquisas também fez simulações de segundo turno. Em todas elas, Lula sairia vencedor. Em uma disputa com Jair Bolsonaro, o petista tem 38,7% da preferência dos eleitores, contra 32,3% do deputado federal. Contra João Doria, seria 38,5% a 32,2% para Lula.
 
O ex-presidente também ganharia de Geraldo Alckmin por 39% a 26,9% – índice parecido a um eventual segundo turno entre Lula e Marina Silva: o petista levaria a melhor por 36,3% contra 29%. Num último cenário, Lula aparece com 37,1% diante de Joaquim Barbosa, que somou 31,1%.
 
Apesar disso, o índice de eleitores que não votariam em nenhum dos indicados é bastante elevado. Nas cinco simulações de segundo turno, o percentual varia de 25,5% a 31,3%. Isso mostra, segundo Murilo Hidalgo, diretor do Instituto Paraná Pesquisa, uma insatisfação geral dos eleitores com a classe política. “A indignação e a rejeição da sociedade com os políticos são muito grandes. Ninguém quer eleger os candidatos atuais. Isso abre espaço para novas figuras, novos nomes”, disse.
 
Lula com alta rejeição
Apesar de liderar em todos os cenários, Lula também aparece como o candidato de maior rejeição. 55,8% dos entrevistados disseram que não votariam no ex-presidente. O segundo com maior rejeição é Alckmin, com 54,1%, e o terceiro colocado é Bolsonaro, com 53,9%. Ainda aparecem entre os mais rejeitados: Ciro Gomes (50,2%), Marina Silva (46,3%), Joaquim Barbosa (42,3%) e João Dória (42,2%).
 
Candidato anti-Lula
Os entrevistados também foram questionados sobre qual possível candidato representa mais um pensamento “anti-Lula” ou “anti-PT”. Jair Bolsonaro foi o mais votado, com 31,2%. João Dória ficou em segundo lugar, escolhido por 14,5% dos eleitores. Na sequência, Marina Silva (12,3%), Geraldo Alckmin (7,6%), Joaquim Barbosa (7,3%), Ciro Gomes (3,6%) e Alvaro Dias (2,8%). Para 6,9% dos brasileiros, nenhum dos indicados representa forte oposição à imagem de Lula. 13,7% não souberam responder.
 
Sobre a pesquisa
O Instituto Paraná Pesquisas ouviu 2.020 eleitores em 156 municípios de 25 estados e no Distrito Federal. A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 27 de julho. O grau de confiança é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
 
Índices mantidos
Os índices de Lula são semelhantes aos do levantamento anterior do Instituto Paraná Pesquisa, feito em maio. A pesquisa também apontava o ex-presidente na liderança. Ele alcançou cerca de 25% das intenções de voto nos dois cenários analisados para o primeiro turno: um com Alckmin e outro com Dória. “A situação do Alckmin é muito complicada, enquanto o Dória tem potencial de crescimento, porque ele ainda é um fato novo”, disse Murilo Hidalgo.
 
O que aumentou de uma pesquisa para a outra foi a rejeição a Lula. Em maio, era de 46,5%. Agora, com a condenação na Lava Jato, o petista não seria o escolhido de 55,8% dos eleitores. “O Lula tem, com certeza, um quarto dos votos dos brasileiros. Numa eleição com vários candidatos, isso o colocaria no segundo turno. Mas a rejeição dele também é alta, o que pode comprometer a vitória ao final das eleições”, completou o diretor do Instituto Paraná Pesquisa.
 
Eleições para presidente em 2018
 
Pesquisa de segundo turno aponta Lula como ganhador em todos os cenários:
 
2º Turno
 
2º turno
 
Rejeição
 
Rejeição
 
Metodologia: Pesquisa realizada com 2.020 eleitores com 16 anos ou mais em 156 municípios de 25 estados e Distrito Federal entre os dias 24 e 27 de julho de 2017. Grau de confiança de 95,0%. Margem de erro: 2%.
 
Fonte: Paraná Pesquisas. Infografia: Gazeta do Povo.
Redação

9 Comentários

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  1. Números

    Não sei quem, no “antigo atual” Provocações, com Antônio Abujanra, tá pelo youtube, citou-se Dante, mais ou menos assim: “Quantas vezes o povo louvou a morte, e quantas vezes correu da vida” . 

    Aho que Lula não conseguiria governar (torço pra se conseguirsse). Como Janine Ribeiro diz em entrevista A Margem Esquerda, mais vale uma derrota digna.

    1. Errsta: A Crise das Esquerdas

      errei ao citar o nome de uma revista. Mas o título do livro está aí em cima. (Tenho dúvidas se a maior parte dos frequentadores ou participantes deste blog me entenderam. Se tivessem me teriam dado zero nenhuma estrelinha , como tem acontecido em esporádicas postagens de Nickname. Me surpreenderia se fosse diferente: há uma visão única, uma crença única e isso não é bom pra um blog de centro a cenetro-esquerda. Deveriam ser estimuladas postagens com visões diferenciadas, senão, maiis uma igreja surge, no sentido de pensamento único fanatizado cego).

  2. A rejeição de todos é alta

    A matéria enfatiza a alta rejeição do Lula, porém, “esquece” que a rejeição de todos os outros candidatos é alta e no mesmo nível.

    Se o Lula tem 56%, Alckimin e Bolsonaro têm 54%, ou seja, estão tecnicamente empatados com ele. Marina tem 46%, é outro índice altíssimo e com um boa campanha será fácil deixar o Lula com marca parecida a dela, pois, a distância é pequena.

    E quanto a Dória e Joaquim Barbosa? A rejeição deles já é de 42%, índice muito alto para candidatos pouco conhecidos em comparação aos demais e que também é muito fácil igualar numa campanha.

    O grande problema em relação a rejeição é quando temos um candidato com índice altíssimo e outro com níveis muito baixo, por exemplo, Lula com 56% e o adversário “X” com 10%, essa é uma situação que torna improvável a vitória do candidato com grande rejeição. No índices apresentados de rejeição ninguém está fora do paréo.

  3. Parana pesquisas

    Detalhe: parana pesquisas. O que deu a vitoria do mineirinho. Pode colocar mais dez por cento para lula ai em 1 e em 2 turno…

  4. O que mais me espanta nesta

    O que mais me espanta nesta pesquisa é tomar conhecimento que ainda tem gente que vota no Partido  dos Salafrários e Delinquentes do Brasil.

    Deve ser porque são iguais.

  5. Análise perfunctória

    Nesse ranking, consideradas as altas  rejeições e as baixas  preferências temos como vencedor João Dória.

    Explico:

    Dória tem 42% de rejeição e 32% de probabilidades no segundo turno

    Joaquim Barbosa também tem 42% de rejeição e 31% de probabilidades no segundo turno.

    Nesse cenário, é só o Dória  amarrar o pullover e fazer pose para as câmeras.

    1. Está desconsiderando os votos

      Está desconsiderando os votos nulos, brancos e abstenções em sua análise

      Boa parte dos eleitores simplesmente não votarão, ou se votarem optarão pelo voto nulo e branco.

      Muito do que aconteceu na eleição de prefeito.

      Com isso sua análise não tem nenhum valor.

      1. Desconsideração

        Não posso levar em conta nulos, brancos e abstenções porque contemplam variáveis não definidas.

        Do quadro exposto, contando as intenções declaradas, o que se tem é a vitória do margarino.

      2. Conta simples

        Como eu disse, é uma análise perfunctória (superficial).

        Se eu pegar o candidado com maior aceitação e menor rejeição, vou ter um provável vencedor.

        Porque a rejeição consolidada  não decresce,  já  a aceitação do menos rejeitado tende a  aumentar.

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