O eterno “eu-comigo” das novas tecnologias

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Vídeo mostra a realidade desses novos tempos, em que a exposição em redes sociais é mais importante do que o entorno, tornando relações meramente virtuais pela própria alienação do aqui-agora.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  1. Mudanças assim têm seu lado

    Mudanças assim têm seu lado bom e ruim. Se por um lado essa coisa de tecnologia e redes sociais afastou as pessoas da Roda de Violão ou o Conto de Causos, por outro aproximou quem vivia longe. Hoje sabemos o que estão fazendo nossos amigos e parentes lá outro lado do mundo. A sociedade acaba se adaptando e esses exageros de hoje passam.

    Eu tive que viver 1 ano longe da minha esposa e nem quero imaginar como teria sido sem o gtalk e nossas webcams.

  2. O Homem-Ilha

    Eu que gosto de puxar assunto com as pessoas pq sou de cidade do interior e nunca perdi esse costume, para mim não tem sido nada fácil, há tempos que venho observando isso e, como mostra o vídeo, estou pensando em filmar tudo, todo esse autismos dos nossos dias, fico me perguntando como serão as pessoas daqui uns dias, uma vez que isso influirá nas redes neurais da espécie humana e vai ser mais ou menos assim: Estou aqui mas não estou pq não vejo o meu derredor. Talvez muitos de vcs ainda não se tenha dado conta mas, pelo menos aonde moro, em Goiânia, tenho visto isso: Pessoas conversando a “sós” com através do fone de ouvido, algumas cantam e outras até dançam. Enquanto que o seu derredor é totalmente ignorado. Tenho até tido revelações de sonho sobre isso em que aparece o Homem-Ilha que, também, pode ser eu. O eu que não vê o pássaro pedindo socorro. Que não vê o uso de pesticidas na plantação de soja. Que não percebe a plantação fechada para os bichos enquanto não há mata. Enquanto não a mata.

  3. É

    É isso aí,

    O mundo fragmentado em partes estanques e alienado.

    O mundo “líquido” majestosamente definido por Bauman.

    O mundo “difuso”, sem referências.

    O todo substituido pela partes (individualismo e egoísmo), de convivência separada..

    Não vale reclamar

  4. O mal passado

    “É você que ama o passado e não vê que o novo sempre vem”.

    Não confunda a frase acima, da música de Belquior, com:
    É voce que é mal passado e não vê que o novo sempre vem.

    1. Tradição vs modernidade

      Alguns paises, como o Japão, conseguiram entrar no mundo das novas tecnologias sem abandonar suas tradições, esse é o segredo

  5. O QUE É A VIDA?

    Vinicius é lapidar: “A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.”

    E observando a vida que nos cerca e que o vídeo escancara, pergunta-se: Existe prova maior de desencontro que o encontro virtual? 

    E encontrando Pessoa em Alberto Caeiro, encontra-se…

    O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
    Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
    Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.

    O Tejo tem grandes navios
    E navega nele ainda,
    Para aqueles que vêem em tudo o que lá não está,
    A memória das naus.
    O Tejo desce de Espanha
    E o Tejo entra no mar em Portugal.
    Toda a gente sabe isso.
    Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
    E para onde ele vai
    E donde ele vem.
    E por isso porque pertence a menos gente,
    É mais livre e maior o rio da minha aldeia.

    Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
    Para além do Tejo há a América
    E a fortuna daqueles que a encontram.
    Ninguém nunca pensou no que há para além
    Do rio da minha aldeia.

    O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
    Quem está ao pé dele está só ao pé dele.

  6. Japão tenta proteger jovens

    Japão faz campanha junto aos jovens, para combater o acesso exagerado e sem limites aos  celuares

     

    Do G1, com agências

    Foto: AFPJapão quer limitar uso dos celulares entre os jovens. (Foto: AFP)

    Os jovens japoneses estão se tornando tão viciados em celulares com acesso à internet que o governo iniciou uma campanha para alertar os pais e escolas a limitar o uso desses aparelhos entre as crianças. O objetivo é fazer com que os menores só usem seus celulares quando realmente necessário e sejam proibidos de acessar informações “prejudiciais”, que tenham influência negativa sobre eles. 

    O governo está preocupado com o fato de jovens estudantes passarem tantas horas conectados via celular, trocando e-mails e sofrendo outros efeitos negativos de seu uso abusivo, afirmou Masaharu Kuba, oficial do governo responsável pela iniciativa. “Os pais dão celular para seus filhos sem pensarem muito sobre o assunto. No Japão, eles se tornaram brinquedos caros.” 

    As recomendações para limitar o uso dos celulares foram feitas por uma comissão de educadores e aprovadas nesta semana pela administração do primeiro-ministro Yasuo Fukuda. A comissão também solicitará aos fabricantes japoneses que façam telefones apenas com as funções de fazer e receber chamadas, além de conter um GPS — este último item para dar segurança às crianças. 

    Cerca de 60% dos japoneses na faixa etária dos 12 anos têm telefones celulares, diz o ministério da educação. Entre os jovens com 15 anos, esse valor sobe para 90%. A maioria desses aparelhos faz parte da terceira geração, com acesso a serviços de internet, e o governo acredita que o conteúdo disponível deveria ser “filtrado”, para proteger os mais jovens de informações inadequadas. 

     

    G1

     

     

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