Telebras e Defesa assinam contrato para uso da banda X do satélite

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – A Telebras e o Ministério da Defesa assinaram, na última semana, contrato de cessão de direitos de uso futuro de infraestrutura do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) para a banda X, destinado às comunicações militares.

O Satélite é um projeto estratégico nacional desenvolvido pela Telebras, em parceria com os Ministérios das Comunicações, da Defesa e da Ciência e Tecnologia. Ele irá operar em duas bandas. A banda X será de uso militar, utilizada pelo Ministério da Defesa. A outra banda, Ka, será operada pela Telebras para garantia das redes de governo e ampliação do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) às regiões  mais isoladas, como a Amazônia e o Nordeste.

A construção do satélite é estratégica para garantir a soberania das comunicações do governo, bem como para assegurar o fornecimento de internet banda larga aos municípios distantes e isolados, onde a rede terrestre de fibra óptica não consegue chegar.

O documento foi assinado em cerimônia realizada no Ministério da Defesa, conduzida pelo chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi. Em seu discurso, o general comemorou o momento em que as Forças Armadas conseguem um satélite para desenvolver suas comunicações estratégicas e lembrou que, atualmente, o governo brasileiro não possui satélite próprio.

O presidente da Telebras, Francisco Ziober Filho, ressaltou a importância estratégica do satélite na sua banda Ka, de uso civil, que servirá para levar o PNBL aos locais mais distantes.

O satélite está em fase de construção na França, pela empresa Thales Alenia Space, que venceu a seleção internacional de fornecedores, promovida pela Visiona Tecnologia Espacial, joint-venture da Telebras e Embraer, que atua como empresa integradora do projeto SGDC.

Além do satélite, as empresas vencedoras da seleção internacional se comprometeram, em contrato, a promover a transferência de tecnologia para o Brasil, para que se possa alavancar a indústria espacial brasileira neste setor.

A adesão ao Plano de Absorção e Transferência de Tecnologia foi condição obrigatória aos fabricantes interessados em fornecer o satélite. A execução do Plano de Absorção está sendo conduzida pela Agência Espacial Brasileira (AEB).

O satélite tem lançamento previsto para 2016, na base espacial da Guiana Francesa e sob responsabilidade da empresa Arianespace.

Com informações da Telebras e por sugestão de Alfeu

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

4 Comentários

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  1. As telefonicas prometeram dar acesso a PNBL.

    Prometeram ao governo federal, que, nos centros urbanos, aonde elas já chegam, mas nas periferias das grandes cidades, elas iriam disponiblizar o sistema PNBL. Mas, liga para qualquer uma delas e pergunta sobre a instalação do PNBL…  – Senhor não tem “disponibilidade técnica” para sua área. Aí liga para instalar normal… Só querem instalar junto com o fixo. Você diz que não quer o telefone fixo. Eles dizem que não pode instalar. Então você denuncia na ANATEL, já que a ANATEL já regularizou em portaria que não pode vincular venda casada entre telefone fixo e internet. A ANATEL luta desde 2010 para que as telefônicas cumpram “apenas” isso, e eles dão de ombro.

    Se a ANATEL não consegue proibir ou coibir a venda escancaradamente casada e obrigada da instalação de internet e telefone fixo, imagina obrigar que eles forneçam a instalação da linha PNBL (que na épora de de R$ 35,00) hoje deve ser uns R$ 49,00. Mas eles não instalam, mas dissem que existe. “de mentirinha”.

    E ACABOU! Nem eles instalam, nem eles obedecem as Leis, e o consumidor tem morrer nas mãos deles, por que não há quem controle isso.

  2. Não Atende!

    Infelizmente a banda Ka não atende a necessidade real da internet no presente. Aonde mais e mais softwares e serviços necessitam não apenas de banda mas sim de uma latência menor. Programas por voz, jogos online, videochat. Isso infelizmente uma conexão tão distante, cerca de 36.000 km’s de nós não poderá oferecer. Somente o arroz com feijão que só contenta usuarios softcores. Estamos no aguardo do projeto O3B que prometem latência com satelites a uma orbita média de cerca de 8.000 km’s da Terra.

    1. Banda Ka

       

      Não existe tecnologia sem prós e contras, a Banda Ka tem suas limitações, mas será util onde não existe fibra optica, ou mesmo em redes onde é necessário um enlace de contingência. O projeto da O3B também tem suas limitações (usa a Banda Ka)  a latência existe, só é aproximadamente 4 vezes menor. Mas o maior contra que vejo é o fato  de que os satélites da O3B não são geoestacionários logo é necessário um sistema de rastreio no terminal remoto, o que vai aumentar os custos e reduzir a confiabilidade dos sistemas.

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