Disputa acirrada na Argentina pode dar vitória a qualquer candidato, mostram pesquisas

Javier Milei ganhou vantagem com apoio de Macri e da terceira colocada. Massa ganhou em debate e conta com indecisos.

Fotos: Twitter/@jmilei e Marcos Corrêa/PR / Montagem: Portal Vermelho

A cinco dias de emblemáticas eleições na Argentina, as pesquisas mostram uma disputa acirrada entre o governista Sergio Massa (União pela Pátria) e o candidato da extrema-direita Javier Milei (A Liberdade Avança).

No país, não haverá mais pesquisas eleitorais e o que os estudos mostraram, até agora, é que qualquer resultado pode sair da votação do vizinho latino-americano.

Vantagem de Milei sobre Massa

Cronologicamente, houve uma guinada de Milei sobre Massa, consequência de alguns caminhos que surgiram em ambas as campanhas: incluindo o apoio da ex-ministra de Segurança e terceira colocada no primeiro turno, Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), e do próprio ex-presidente Mauricio Macri ao ultradireitista.

Apesar de não ter conquistado cadeira na disputa final, Bullrich recebeu 23,83% dos votos no primeiro turno e o apoio declarado a Milei veio na forma de uma transferência, ainda que não total, de votos de seus eleitores.

Além disso, a falta de gasolina nos postos de combustível no país nos últimos dias de outubro recaiu contra o candidato que é ministro da Economia da Argentina. Os eleitores relacionaram a escassez à falta de dólares que atrasou as importações.

Últimos acontecimentos podem ajudar Massa

Por outro lado, o último debate presidencial, realizado neste domingo (12), deu a Massa o melhor desempenho com o público e também poderá revelar efeitos nos votos do dia 20 de novembro.

As esperanças do candidato ministro estão nos indecisos e no voto útil: daqueles que, apesar de não gostarem das propostas do governista, rechaçam o radical da direita. As pesquisas trazem que esse público – de 6% a 8% de indecisos, votos em branco e nulos – poderão definir o pleito argentino.

Os números das pesquisas

Por ordem cronológica de mais recente, a pesquisa que questionou por último os eleitores argentinos, Atlas Intel, realizada entre 5 e 11 de novembro, deu como vitorioso o candidato da extrema-direita Javier Milei por 4 pontos percentuais acima de Sergio Massa: 48,6% contra 44,6%.

Em seguida, três pesquisas coletaram dados até terça-feira passada (08): A Pesquisa de Satisfação Política e Opinião Pública (ESPOP) da Universidade de San Andrés, o Centro Estratégico Latino-americano de Geopolítica (Celag) e a Circuitos.

Enquanto a primeiro trouxe a vitória a Milei por 6 pontos de diferença – 37% contra 31%, a segunda e a terceira deram vantagem a Massa: a Celag por 1,4% de diferença – 46,7% contra 45,3%, e a Circuitos por 2,1% acima – 44,2% contra 42,1%.

Já há pouco mais de 10 dias, os estudos de Jorge Giacobbe mostraram no dia 5 de novembro que Milei venceria por 6,2% acima – 53,1% contra 49,9% e um total de 5,5% indecisos. Um dia antes, na CB Consultoria, Milei também ganhava por uma diferença considerável: 50,1% contra 45,3%.

E a primeira pesquisa após o primeiro turno das eleições argentinas, no dia 25 de outubro, a Analogías mostrava o ministro candidato como favorito, com 42,4% e Milei com 34,3%.

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1 Comentário

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  1. Ao contrário do que propaga a nossa imprensa livre de isenção, a escolha dos argentinos na eleição presidencial, é fácil. Diante da situação em que se encontra a Argentina, a decisão é para escolher entre CONTINUAR RUIM, OU PIORAR! com exceção de uma parte de alienados que existe em toda sociedade, o eleitor sabe qual é a decisão menos prejudicial para a Argentina. Qualquer jornalista com um mínimo de discernimento e um pouco honesto, sabe do estou falando.

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