Maira Vasconcelos
Maíra Mateus de Vasconcelos - jornalista, de Belo Horizonte, mora há anos em Buenos Aires. Publica matérias e artigos sobre política argentina no Jornal GGN, cobriu algumas eleições presidenciais na América Latina. Também escreve crônicas para o GGN. Tem uma plaqueta e dois livros de poesia publicados, sendo o último “Algumas ideias para filmes de terror” (editora 7Letras, 2022).
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Morre Hebe de Bonafini, líder das Mães da Plaza de Mayo

Dois filhos e uma nora da ativista desapareceram durante a ditadura militar argentina; marchas tiveram início em 1977

Foto: Margarita Solé / Ministerio de Cultura de la Nación – via Wikipedia

A presidente das Mães da Plaza de Mayo, Hebe de Bonafini, faleceu neste domingo (20/11) aos 93 anos, após um período hospitalizada.

“A Associação Mães da Plaza de Mayo informa que nossa presidenta, Hebe de Bonafini, mudou de casa, como ela sempre disse sobre as companheiras que antecederam sua partida”, disse a entidade, em nota oficial. “Seguirá para sempre na Plaza de Mayo. Nem um passo atrás!”

Ela chegou a ficar internada durante três dias na cidade de La Plata para exames médicos. Após receber alta, liderou a marcha das mães que ocorre toda quinta-feira.

Contudo, ela voltou a ser hospitalizada no último dia 12. A causa de sua morte não foi esclarecida.

A vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, lamentou a morte de Hebe em suas redes sociais.

Hebe de Bonafini fundou a Associação Mães da Plaza del Mayo para dar visibilidade ao desaparecimento de pessoas durante a ditadura argentina (1976-1983) – como seus filhos Jorge Omar e Raúl Alfredo, além de sua nora María Elena Bugnone Cepeda.

Em abril de 1977, 16 mulheres marcharam de braços dados pela Pirâmide de Mayo para protestar contra a incerteza sobre o paradeiro de seus filhos. Tais caminhadas se tornaram um símbolo da luta pelos direitos humanos e contra a ditadura militar.

Com informações da TelesurTV

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