Opinião do Nassif: a guerra entre os poderes

Única saída contra o caos institucional brasileiro é um novo pacto para recompor o centro político; lideranças de todos os matizes abrir diálogo  

https://www.youtube.com/watch?v=ppelVq8WEFM width:700

Até antes de se consolidar o golpe parlamentar que derrubou a presidente Dilma Rousseff se pensava que a Constituição Federal de 1988 com seu conjunto de regras, estabelecimento de pontos para o equilíbrio entre os poderes e formas de autorregulação, estava segura. Mas os últimos tempos subverteram essa tese e hoje o país vive um completo caos institucional.

Talvez exista um lado bom de tudo isso, que é conseguir, a partir da análise da crise brasileira, entender o real impacto dos desmontes institucionais em um país. Pouco antes do golpe, já era visível que faltava no Executivo – então ocupado por Dilma – um estadista forte. No decorrer do processo, verificamos que o Legislativo e o próprio Judiciário sofriam também com a ausência de Estadistas. 

Veja agora, por exemplo, a recente denúncia publicada pela revista Veja afirmando que o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, estaria sendo grampeado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em um país de estadistas o presidente do STF convidaria o presidente da República para uma reunião em particular, para colocar tudo em pratos limpos. Entretanto, sem dar tempo para apurar a denúncia, a atual presidente do Supremo, Carmen Lucia, soltou uma nota declarando guerra entre os poderes. E, pouco tempo depois, nessa segunda (12), soltou uma nova nota afirmando que não se deve duvidar da palavra de um Presidente, se esquecendo que Temer omitiu da agência oficial, portanto mentiu, uma viagem que fez com o jato da JBS. 

Outro exemplo do caos institucional é a relação tensa entre um procurador de primeira instância, Deltan Dellagnol, e o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Isso poderia ter sido evitado lá atrás, quando ocorreram os primeiros vazamentos de informações da Lava Jato para a mídia e se iniciou um movimento de protagonismo dos agentes ligados á operação. Se naquele momento tivéssemos um Procurador-Geral com noção de institucionalidade no cargo e dimensão de estadista, a primeira atitude que teria tomado seria chamar os responsáveis da Lava Jato para conversar e impor sua liderança, mostrando a necessidade de mais tempo em cima de cada investigação e estabelecendo limites para não quebrar empresas importantes à economia evitando assim o carnaval que vemos na mídia. 

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Assim, quando olhamos todos os pontos das instituições brasileiras observamos que vivemos sob um caos total, e tudo isso coberto pelo celofane da mídia, que foi a primeira que começou com essa brincadeira de achar que é possível destruir um partido político e uma liderança, que o resto continuaria normal.

A reconstrução de todas as estruturas depende, invariavelmente, de um pacto. Em algum momento ele terá que ser construído. E não estamos falando e um pacto do modelo que vigorou com grandes empresas, que tinham certo protagonismo político, e acabaram negociando com uma quadrilha que impôs um conjunto de reformas, sem negociação. 

O Brasil não terá saída fora do entendimento. Fora do entendimento a opção é militar. Por mais que o general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas seja um legalista, esse seria um cenário doloroso na história do país, e o vácuo civil vai acabar com o pessoal batendo na porta dos militares.

Se esse pacto vai acontecer na forma de uma constituinte nova, ou nas próximas eleições, ou em cima de um nome que consiga reorganizar o centro político, não se sabe. Mas sem a conversa o país não terá alternativas que não seja o aprofundamento do caos. E quando se entra na conversa tem um personagem central que é o Lula. Por isso a perseguição implacável sobre ele é vergonhosa, seja em cima dele ou em cima de Fernando Henrique Cardoso, José Serra ou Aécio Neves. Porque o problema é como estão alcançando isso, em cima da delação premiada, um instituto precioso para apurar crimes, mas que no Brasil foi avacalhado na primeira tentativa, em cima de um poder arbitrário, partidário que não tem controle dos órgãos que deveriam moderar. 

Sendo assim, melhor não existissem Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) ou Procuradoria-Geral (que chefia os Ministérios Públicos). Se vocês não conseguem impor uma disciplina mínima sobre um sujeito deslumbrado, a exemplo de um procurador de primeira instância, para quê existir? Não tem que existir mais essas instâncias, vai o poder puro que vocês criticam tanto na Venezuela. A Venezuela é aqui!

Todo esse desarranjo terá que ter uma freada para a arrumação. Confesso que não sei se a freada seria a Constituinte, mas o primeiro passo para um pacto é começar a conversar e esquecer essa radicalização artificial que foi criada pela mídia esse tempo todo entre chavistas e nacionalistas. As lideranças mais racionais, incluindo do meio empresarial, têm que começar a conversar para tentar, de alguma maneira, recompor esse centro. 

Fotos: Ricardo Stuckert
Fotos: Ricardo Stuckert

Redação

23 Comentários

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  1. “Pacificação”, “reconciliação” = ACORDÃO (!)

    “ACORDÃO”: COMEÇA O FIM DA LAVA JATO (“TOO BIG TO FAIL”, ESTÚPIDO!)

    Por Romulus & Núcleo Duro

    – A Medida Provisória que permite ao Banco Central celebrar acordos de leniência – secretos! – com os Bancos muda o jogo.

    – Esvazia sobremaneira o poder de chantagem da Força Tarefa da Lava a Jato – e de Palocci! – sobre o Mercado: a “bomba atômica” está em vias de virar uma…

    – … biribinha (!)

    – Esse fato – tomado isoladamente – é ruim para o PT. E para Lula (!)

    – Mas…

    – Sempre se pode contar com a estupidez dos Procuradores de Curitiba. Eles que – até agora! – ainda não entenderam que o Acordão é…

    – … I-NE-VI-TÁ-VEL!

    – Por quê?

    – Ora, “é o too big to fail, estúpido!”.

    – No caso, literalmente “estúpidos” M E S M O.

     

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    1. Seus posts estão cada vez melhores, mas esse esforço fatiga

       

      Romulus (terça-feira, 13/06/2017 às 17:23),

      Passei duas horas lendo o seu post ““Acordão”: Começa o fim da Lava Jato (“Too Big to Fail”, Estúpido!)” deste seu comentário. E nem cheguei a ver vídeo algum. Não sei como você consegue, abordar de forma tão convincentes tantas ideias dentro de um mesmo tema. Agora, lembre do que eu disse do risco que você corre se não criar mecanismos para que haja no seu blog opiniões divergentes.

      Penso até que vale fazer menção ao lembrete que eu deixara em comentário junto ao seu post “Nova “Constituinte”? Alerta pro golpe!” de terça-feira, 06/06/2017, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.romulusbr.com/2017/06/nova-constituinte-alerta-pro-golpe.html

      Esse meu alerta é com base em um texto antigo e que eu indiquei em comentário meu bem informativo que eu enviei terça-feira, 28/06/2016 às 23:18, para João de Paiva junto a comentário dele enviado segunda-feira, 27/06/2016 às 23:36, para o post “O que os leitores querem: um jornalismo isento ou um espelho daquilo que pensam?” de segunda-feira, 27/06/2016 às 22:03, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria de Alexandre Marini reproduzindo o artigo dele “Isenção ou identificação?” publicado originariamente no Observatório da Imprensa. Aqui no blog de Luis Nassif o post “O que os leitores querem: um jornalismo isento ou um espelho daquilo que pensam?” pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/o-que-os-leitores-querem-um-jornalismo-isento-ou-um-espelho-daquilo-que-pensam

      E o texto antigo a que me refiro de onde tirei trecho que reproduzi em meu comentário para João de Paiva é “Notícias sobre a internet”, de segunda-feira, 31/08/2009. O artigo foi publicado na edição 552 do Observatório da Imprensa e é de autoria do jornalista Michael Massing. O endereço de “Notícias sobre a internet” é:

      http://pordentrodatvglobo.blogspot.com.br/2009_08_31_archive.html

      E o trecho que reproduzi lá no post “O que os leitores querem: um jornalismo isento ou um espelho daquilo que pensam?” é o seguinte:

      “Isso aponta para alguns dos aspectos mais preocupantes do jornalismo na web. Os excessos em polêmicas atribuídos à blogosfera permanecem reais. Em seu livro And Then There´s This, sobre a cultura na internet, Bill Wasik descreve como ‘a rede de blogs políticos, por meio do retorno entre blogueiros e leitores’ produziu um mecanismo que fornece ao leitor ‘informação pré-filtrada’ em apoio às suas opiniões. Segundo uma pesquisa citada por Wasik, 85% dos links de blogs eram com outros blogs da mesma tendência política e ‘praticamente nenhum blog mostrava respeito algum com um blog de tendência distinta’.”

      Bem, o livro “And Then There’s This” de Bill Wasik, a partir do qual Michael Massing montou o parágrafo acima é também de 2009, mas de qualquer modo permite inferir que já há bom tempo percebia-se esse problema real na internet de cada blog ter um público cativo e de opiniões muito semelhantes. Aliás, hoje, aqui no blog de Luis Nassif, houve a confirmação disso junto ao post “Não foram as listras nem as estrelas, por Fernando Horta” de terça-feira, 13/06/2017 às 07:27, com texto do novo colunista Fernando Horta. O post “Não foram as listras nem as estrelas, por Fernando Horta” pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/blog/blogfernando/nao-foram-as-listras-nem-as-estrelas-por-fernando-horta

      No post, Fernando Horta questiona a crença disseminada na esquerda de que os Estados Unidos estão por trás do golpe contra a ex-presidenta às custas do golpe Dilma Rousseff e que se iniciou em 2013. Apesar de todo o esforço de Luis Nassif para evitar que o blog dele vire um blog de opinião única, e para isso ele usa de todos os truques possíveis – alguns estapafúrdios, outros tantos desarrazoados e muitos beirando a estultice, os comentários junto ao post “Não foram as listras nem as estrelas, por Fernando Horta” assumiram na sua grande maioria posição contrária à de Fernando Horta.

      Em posição de dúvida só o comentário de Eduardo o Outro com dois comentários, o primeiro que se encontra na segunda página, enviado terça-feira, 13/06/2017 às 08:20, e um segundo enviado terça-feira, 13/06/2017 às 19:32, que, agora, com 65 comentários, está no alto da primeira página. E há ainda o comentário de Solle enviado terça-feira, 13/06/21017 às 10:09, que parecendo concordar com Fernando Horta adverte-o do furor com que virão contra aquela ideia dele de isentar os Estados Unidos no golpe. Vale observar que, a perscrutar os posts de autoria de Luis Nassif desde 2013, vai-se verificar que vagarosamente ele caminhou para acompanhar essa tese da intervenção dos Estados Unidos.

      Fiz esse relato sobre o post de Fernando Horta porque me parece que você também esposa essa opinião ao meu ver apenas própria das teorias conspiratórias que pululam em tempos difíceis, mas com escassa base fática. E para lembrar que eu vou ainda mais longe, não só isentando os Estados Unidos, como afirmando que no mundo não há um só exemplo de um Poder Judiciário ou de uma imprensa ou mídia monopolista que tenham conseguido alavancar uma economia capitalista ou levar essa mesma economia ao descrédito ou a recessão.

      E por fim observo que nesse seu post ““Acordão”: Começa o fim da Lava Jato (“Too Big to Fail”, Estúpido!)” você faz uma crítica a Rosa Weber, atribuindo muito da fraqueza dela à origem do judiciário trabalhista. Não que eu discorde de você, até porque considero equivocado os que esperam que os juízes do Supremo sejam verdadeiras sumidades. Insisto em destacar em todos eles a característica humana da mediocridade. Não posso deixar de dizer também que no final da década de 80 (88 a 92), quando cursei Direito na Faculdade de Direito da UFMG sabia de bons juízes na Justiça do Trabalho. Lembro que havia uns dois juízes do Tribunal Regional do Trabalho que, ainda que fossem mais processualistas, não ficavam a dever a nossos grandes juristas. E até por causa disso não os achava destinados a pertencerem ao Supremo Tribunal Federal.

      Em meu entendimento, os juízes de primeira instância são mais suscetíveis de seguir a opinião pública e devem ter esse comportamento de modo a se obter uma justiça mais próxima dos anseios da sociedade. E talvez até por isso, e uma vez que estão espalhados no Brasil inteiro, haja entre as decisões deles muitas desavenças. Podem ser grandes juristas ou não. O importante é dosar o conhecimento com o que demanda a sociedade. Já na instância superior é preciso de pessoas sem amarras de consciência capazes de tomar decisões contrárias a opinião pública, pois a instância superior, ainda que esse não seja o desejo da sociedade na sua maioria, tem por obrigação fazer o país avançar em direção a modernidade e não ao atraso como pode acontecer na primeira instância.

      E há também a questão do controle de constitucionalidade difuso que chega ao STF já bem julgado nos vários rincões do país e permite uma decisão mais fácil elaborada pelos assessores dos ministros da Suprema Corte. É importante que juízes de boa qualidade espalhados pelo país possam tomar decisões que exijam maior capacidade de interpretação.

      Agora, o que eu chamo atenção aqui é para a possibilidade de que a Rosa Weber esteja apenas cumprindo um papel que deram a ela. Nesse sentido menciono o meu comentário enviado quinta-feira, 19/09/2013 às 20:43, para Luis Nassif junto ao post dele intitulado “Os juízes playboys do Supremo” de quinta-feira, 19/09/2013 às 15:55, aqui no blog dele e de autoria dele. O endereço do post “Os juízes playboys do Supremo” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/os-juizes-playboys-do-supremo

      O que eu observo em meu comentário é como os juízes do STF parecem a todo instante desempenharem um papel com um script bem detalhado. Você acredita na possibilidade de outro ministro do STF desempenhar o papel que Joaquim Benedito Gomes Barbosa desempenhou como relator da Ação Penal 470? E outro poderia desempenhar o papel de Enrique Ricardo Lewandowski? Não lhe parece que eles não teriam sido adrede escolhidos?

      O comportamento teatral dos ministros culminou quando se levantou a questão dos Embargos Infringentes e se deixou a cargo do decano dar a palavra final. Ali, antes da palavra final do decano, cada um teve que ler um texto que não bem expressava o que ele pensava.

      Então há dois aspectos que precisam ser mencionados quando se aborda a participação da ministra Rosa Maria Weber Candiota da Rosa. Primeiro seria saber se em uma plêiade de assessores que desfruta um ministro do Supremo, não existiria disponível alguém mais capaz do que um ministro do STF? E o segundo é saber exatamente até que ponto nessas atuações no mínimo esdruxulas eles não desempenham um papel previamente definido?

      Por coincidência, eu encontrei o link para o post “Os juízes playboys do Supremo” em comentário que enviei sexta-feira, 28/04/20174 às 13:53, para Rui Ribeiro junto a comentário dele enviado quarta-feira, 26/04/2017 às 08:44, para comentário meu de quarta-feira, 26/04/2017 às 00:37, junto ao post “Xadrez do abuso e de um momento de bom-senso da Lava Jato” de segunda-feira, 24/04/2017 às 07:05, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-do-abuso-e-de-um-momento-de-bom-senso-da-lava-jato

      Falei em coincidência apenas porque em minha replica a Rui Ribeiro eu faço menção ao seu post “Dilemas da vida real ~não~ são binários: operações da PF e danos econômicos” que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.romulusbr.com/2017/03/dilemas-da-vida-real-nao-sao-binarios.html

      Em meu comentário e depois em minha réplica para Rui Ribeiro eu bato na tecla da pouca relevância do comportamento da mídia e das decisões judiciais para criar em um país clima de euforia ou de desânimo que levassem um país a reverter um processo de recessão ou deixar de crescer em ritmo acelerado. Como eu venho reclamando há tempo sobre a nossa crise econômica, é preciso estudar com mais afinco outros aspectos ou detalhes que tenham conduzido a economia no período posterior a crise de 2008, e que a meu juízo tem sido objeto de análise bastante perfunctória.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 14/06/2017

  2. Nassif, hoje o centro

    Nassif, hoje o centro político é Lula. Lula, cada dia mais é fato, nunca se pautou pela esquerda, seja ela petista ou não. De outro lado, FHC, Serra, Alckimin e Aécio, ou seja, o que restou dos fundadores do PSDB, tomaram o caminho rentista desde os anos 90 e, no período Lula-Dilma, com todas os espaços no centro político ocupados por Lula, se aliaram e mudaram para a direita (FHC) ou extrema direita (Aécio, Serra e Alckimin).  Vale lembrar que Aécio foi a Caracas, no pós-eleição de 2014, apoiar a ultradireita venezuelana e participou de encontros com Uribe na Colômbia. O PSDB levou um abraço de afogado do PMDB de Temer. Nada lhes resta do que seria o partido que foi criado em 1988 para combater Quércia e Newton Cardoso. A pactuação possível, que restaura o mínimo de credibilidade ao país e ao Estado Nacional, é a anulação do impedimento de Dilma. Isso está ao alcance de seis pessoas, escolhidas dentre as onze daquele conjunto que constitui o stf, onze pessoas essas que já se mostraram capazes de tudo a qualquer momento e para qualquer coisa, sem nada explicar ou inventando a explicação no próprio momento ou a posteriori.

    Dilma no poder tem a legitimidade e a legalidade para propor qualquer ação, incluindo a convocação de eleições gerais antecipadas; a convocação de plebiscito para a revogação da pec do estado mínimo e a revogação da lei de terceirização. 

    Para os trabalhadores brasileiros, não há espaço para ilusões de pactos, pois eles só são válidos enquanto a casa grande manda e desmanda. A mínima fresta nas janelas dessa casa, que permita entrar um leve perfume de povo, nunca e jamais será aceita. 

  3. esquecer a radicalizacao criada pela midia…

    “…mas o primeiro passo para um pacto é começar a conversar e esquecer essa radicalização artificial que foi criada pela mídia…”

    E a midia teria espaço neste pacto? Depois de ter achincalhado tanto um partido e um líder?

    Se ela tiver lugar a mesa, será p exigir sua $obrevivencia, em um mundo digital. Isto pode ser oferecido? Se nao tiver lugar, este pacto é viável, ou seria “denunciado” / e ridicularizado pela midia?

  4. Opinião do Nassif: a guerra entre os poderes

    4estamos em guerra. não como uma metáfora. uma guerra de famiglias. facções devorando facções. todos contra todos. e todos contra nós.

    o caos ganhou dinâmica própria. como na Síria e no Iraque. o Centro de Comando e Controle está deserto, foi evacuado. cada um por si. salve-se quem puder. mas ninguém se salvará. não restará pedra sobre pedra.

    as máscaras caíram. os mitos desmoronaram.

    não era a Rede Globo quem mandava no Brasil? pois tem mais de um mês que a Globo quer derrubar Temer e não consegue… foi fácil derrubar uma Dilma inepta, incapaz até hoje de lutar pelo próprio mandato. mas por que é tão difícil derrubar Temer, não é a Globo o máximo poder no Brasil?

    e as “Diretas Já”, quem de fato luta por ela? o PT, Lula? ou Lula é hoje o que Tancredo foi em 1984, apoiando em cima do palanque e sabotando nos conchavos de bastidores?

    ainda existe alguma saída para esta crise? é óbvio que não existe… nenhuma saída, apenas portais de entrada:

    – ou anular o Golpeachment ou a barbárie.

    nenhum dos atuais atores sociais tem a mínima competência para se tornar autor. todos serão tragados por uma crise da qual, em maior ou menor grau, são todos responsáveis.

    a única remota esperança está no Povo sem Medo nas ruas.

    p.s.:

    “a vida só é bela para os ressuscitados”

    assim como a financeirização do fim do século XIX conduziu à guerra total e à crise de 1929, a financeirização contemporânea está no epicentro de uma guerra civil global. é o que experimentamos todos atualmente no Brasil. num mundo em que a guerra é o hardware no qual se processa atualmente Das Kapital, a crise consiste na continuidade da guerra por outros meios.

     

  5. CHEGA DE CONCILIAÇÃO!!! CHEGA DE PACTO!!!

    Não pode haver conciliação com golpista! Nassif, você não aprendeu com 1964? Não viu a merda que deu não ter havido acerto de contas com os calhordas de 1964? Não é possível haver qualquer tipo de conciliação com golpistas, com quem não sabe viver em democracia. Para eles, só cadeia, cadafalso ou cemitério. CHEGA DE CONCILIAÇÃO!

    Quando terminar o golpe, é preciso que haja UM GRANDE ACERTO DE CONTAS com esses traidores da Pátria.

    1. Contra golpes, ditaduras e injustiças sociais, tome Dilma!!!!

      Acreditamos que nessa história toda aí, Ninguém tá com a razão.

      Temos que agradecer de temos a sorte em estarmos vivendo na mesma época dessas duas imensuráveis feras, altamente sintonizados e motivadores das essencias.

      Imagem relacionada

    2. Concordo com você.
      Nada de

      Concordo com você.

      Nada de conciliação. Se o povo fosse um pouco menos alienado o pau já tinha quebrado e estes golpistas estariam presos ou mortos.

      Infelizmente somos um país de imbecis, pois mesmo após as tais delações mostrarem claramente quem eram os ladrões e quem os protegia tem gente que ainda acredita que o Lulinha é dono da friboi.

      Assim não pode, assim não dá.

       

  6. Conciliar, nunca mais !

    NASSIF

    Compreendo o seu esforço no sentido de que Lula e FHC façam um acordo. Utilizando a expressão de Jucá, seria uma forma de “estancar essa porra” (o caos generalizado) !

    Foram os golpistas que rasgaram a Constituição e, consequentemente, o Brasil está sendo destruído. O movimento ao fundo do precipício está tão acelerado que empresários que investiram milhões no golpe estão querendo brecar e reduzir o tamanho do desastre.

    Penso que se fizer esse tipo de CONCILIAÇÃO, Lula será considerado um traidor. Será que Lula esqueceu que Dona Mariza foi “assassinada”. Ou não foi ?

    Os próprios golpistas podem tomar a iniciativa para impedir a previsível hecatombe:

    (1) o STF julga o mérito do impeachment

    (2) Dilma é reconduzida à Presidência

    (3) Dilma convoca imediatamente uma Assembléia Constituinte

    Nessa Assembléia, um novo pacto pode ser celebrado. Mas os golpistas aceitam essa condição ?

  7. Entendo a necessidade de

    Entendo a necessidade de pactuação para voltarmos à normalidae democrática, visto que vivemos em um estado de exceção.

    Prisões arbitrárias e precipitadas atingindo a todos, inclusive aqueles que seriam realmente mercedores de prisão, mas dentro dos princípios da legalidade.

    Fora da democracia e da legalildade, não se constrói nada.

    Agora, fico muito descrente quanto à viabilidade de se reunir forças que, no passado, estiveram juntas, principalmente no combate à ditadura e na luta pelas Diretas Já, em 1984.

    O embate poliítico e a polarização PT-PSDB se acentuou de tal forma, que hoje, estas duas forças se tornaram antagônicas. 

    Inexistem, no momento, condições, ou pauta em em comum, que possa unir as duas legendas.

    A começar pelas Diretas Já 2017. Seria um mínimo para dar início a uma conversa de conciliação. Mas por motivos óbvios (falta de votos), os tucanos jamais aceitariam tal pauta. Sem Diretas, sem democracia. Como pactuar?

    Devolver o poder tomado à forceps de Dilma, também nem pensar. Os tucanos jamais concordariam.

    Além do mais, os tucanos estão tão divididos, que não conseguem sequer união em torno de um governo que eles mesmo colocaram lá.

    Não vejo como pactuar com uma turma que defende a retirada dos direitos trabalhistas, o fim das aposentadorias, a entrega do pré-sal às multinacionais, a entrega da Base de Alcântara aos EUA,, a privatização de nossas estatais, o estado mínimo, a venda de nossas terras aos estrangefiros, os interesses dos latifundiários, os interesses do grande capital, retirada de direitos dos indígenes, menor preocupação ambiental, desmerecimento da cultura, desmerecimento da ciência e da tecnologia, etc.

    Sinceramente, não vejo a mínima condição de conciliação.

     

  8. Me deixem, pelo menos, com o futebol de domingo…

    Deixando de lado o trágico, o cômico e o pitoresco, precisamos refletir seriamente sobre a natureza política do refluxo e declínio da Operação Lava-jato. As classes possuidoras, especialmente e de modo muito forte em seus estratos dominantes e em suas elites, unificaram-se nos períodos de fluxo e de clímax da operação, bradando seus gritos por austeridade e praticando percussão de péssimo gosto em suas panelas importadas. Mas o que acontece em seguida? Elas sentem-se agora obrigadas a queimar falsos ídolos ou, pelo menos, a expulsar os vendilhões do templo? É óbvio que tudo depende de condições sociais internas e externas e de fatores históricos muito variáveis. Pau que bate em Chico, nunca é o mesmo que bate em Francisco, principalmente levando-se em consideração a origem e o sobrenome de Francisco. Períodos de fluxo e contra-fluxo de transformações sociais profundas são recorrentes na História, e em todos eles podemos notar movimentos semelhantes. A autodefesa da burguesia deixa de ser agressiva ou ultra-agressiva em certo momento, mas ela mantem-se como uma constante e serve de peão na estratégia política das classes dominantes auto-intituladas “amantes da ordem”. Dentro do capitalismo, a ordem não é só reprodução. Ela é também crescimento e transformação seletiva. As classes possuidoras em seus estratos dominantes, por suas elites, inundam a sociedade civil e a sociedade política com seu estuante “amor” pela propriedade, pela ordem e pelo desenvolvimento, repetindo incontáveis mantras pelas reformas que só lhes atendem e cumprem a agenda pré-estabelecida que possibilitou o crescimento da operação Lava-jato. Enquanto um gigante cai para alimentar outros que se tornaram tão gigantes quanto este ( falo aqui do sacrifício da Odebrecht em prol do sucesso da operação e da fabricação de um juiz “super-herói”), a impressão de que algo realmente estrutural está em cambio na sociedade se esvai como fumaça diante dos olhos mais outrora crédulos em um novo Brasil. O julgamento da chapa Dilma/Temer pelo TSE é a escolha de qual forma nos devorarão em seu apetite voraz por reformas: se nos cozinharão na panela do Temer, ou se nos fritarão em óleo bem quente na frigideira do eleito pelo congresso de ladrões.
    Em fim, o medo de um levante popular não existe no coração da elite brasileira. Dóceis como gatinhos, seguem bradando em suas casas, sentados em seus sofás, assistindo ao dantesco espetáculo que transformaram as operações policialescas no Brasil, o povo dá seu aval aos bandidos. Levem tudo, menos meu futebol de domingo.

  9. Conversar o quê,

    Conversar o quê, Nassif?!

    Melaram o jogo democrático na maior cara de pau depois de perderem uma, duas, três, quatro eleições seguidas!

    A Democracia, o Sufrágio Livre e Universal, a organização partidária… Isso é o diálogo!

    Ou você chama de “diálogo” as conversinhas que estão acontecendo neste momento nos gabinetes de Brasília ou a que FHC teve lá com os Marinhos?

    Sem querer você comete o mesmo ao falar de “‘erros’ de Dilma” ou “‘falta de ‘estadista’ no Executivo”. A fase de conciliação simplesmente já passou. Para as forças progressistas e realmente democráticas só resta insistir nas diretas, se recusar “a salvar o que não deve ser salvo” e desqualificar os golpistas e a direita boçal de sempre.

    Não há negociação possivel sem uma Lei de Responsabilidade de Imprensa – com a cabeça da globo na mesa – e a manutenção do fim do financiamento empresarial.

    Daí cada um que siga com suas forças.

    O centrão agora é problema dos concurseiros aglobalhados.

    E que a dissimulação, pelo menos, não seja tão escrota.

  10. Contra golpes, ditaduras, injustiças sociais tome Dilma!!!!

    Assistindo ao vídeo, admiramos a força de espírito do Nassif em continuar tocando o barco sem maiores retóricas mais agressivas. Mesmo assim, continuamos discordando das formas almejadas pelo querido jornalista, no sentido de que pactos entre membros e instituições degradantes aos olhares dos brasileiros, não darão retomada ao combate dos descréditos que assolam o país. Sendo assim, continuamos agarrados (lá em Poços, o suteito comeu garrolê e morreu… kkkkkkkk) ao sentimento de que uma quantidade expressiva de cidadãos ainda lutam e clamam pela anulação do impeachment, movimento que pode ser ampliado mediante focagem e divulgação o mais abrangente possível, já que muitos estão desanimados, inclusive os que votaram em Aécio. Acreditamos que só assim as coisas voltam a uma legitimidade razoável tão necessária para o caminhar do país, e acreditamos também que isso permitirá aos que votaram em Aécio colocarem as mãos nas consciencias e aceitarem a derrota que, acima de tudo, foi democrática dentro do jogo político que se tinha no momento das eleições, ou seja, se aceitaram comparecer às urnas e votaram livremente, não tem porque depois pedir recontagem de votos, acusarem a vencedora disso ou daquilo, clamarem por impeachment etc etc etc…, atitudes que teriam que ter sido levantadas antes das eleições para impedir a participação de Dilma Roussef das eleições.

     Uma imagem, um semblante nos mostra claramente a grandeza dos que são de fato grandes e que para serem grandes nasceram, para nossa sorte e engrandecimento.Imagem relacionada

       

  11. O Passado explica o presente.

    Quando alguém reclama do que está acontecendo, eu respondo que sempre foi asssim. A internet está mostrando  nossas instituições como elas são e sempre foram. Se o PT( Lula)  tivesse caído no famigerado mensalão nada disso teria aparecido. Tudo teria continuado como antes. E olha que o mensalão já foi uma vergonha para o judiciário brasileiro.

    Pacto com o passado ?

    Constituinte com o congresso que está aí?

    Não, Nassif. A Justiça é a instiuição mais importante do País. Quando ela não funciona, nada mais funciona. Que ela faça sua lição de casa.

    Que as demais instiuições, públicas,privadas e religiosas, entendam que nós só queremos  que o Brasil ande pra frente.

    E  ainda podemos evitar uma guerra civil.

     

  12. Eu concordo com Carmen Lúcia

    Luis Nassif,

    Entre a palavra do presidente antes provisório agora em definitivo às custas do golpe, Michel Temer, e a palavra da revista Veja, eu concordo com a ministra presidente, como ela gosta de dizer, do STF, Carmen Lúcia, e fico com a palavra de Michel Temer.

    A sua luta pela Constituinte só pode ser considerada como um argumento de debate se se supõe que você defenda a Constituinte apenas para efeito de polêmica.

    Pis a Constituinte só faz sentido, ainda que a direita no estágio atual se dê por satisfeita, se defendida por pessoa de concepção mais reacionária.

    Qualquer pessoa com um mínimo de discernimento tem um tanto como perspectiva provável a eleição de um próximo congresso ainda mais à direita que o atual.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 13/06/2017

     

  13. MP

       Ou se bota um freio de arrumação no MPF, com alguem que controle,  pelo menos que realize uma concertação entre os varios grupos desta corporação ( na realidade desidratar este novo “partido politico ” ), ou ninguem, nenhum grupo politico, atual ou futuro, conseguirá governar este País.

        

  14. Combinado, mas antes

    Primeiramente: Aécio e Temer na cadeia, e todos os seus bens confiscados;

    Segundamente: Todos os atos do governo dos canalhas são nulos, na borracha ou no delete;

    Terceira e ultimamente: Lula no centro da mesa.

    E estamos combinados !!!

  15. O alvo

    O grande alvo dos nossos protestos devem ser as reformas.

    Os golpistas apenas pensam nisso. Não importa Temer, Aécio ou qualquer um. Importam as reformas.

    Por isso, não é bom gastar energias sobre a legalidade ou não das diretas, pois isso sempre fica nas mãos dos “Gilmares” da vida. Se acabam as reformas acaba o golpe, acaba Temer e acaba toda esta trama perversa.

    Esse é o alvo!

  16. O problema é saber quem se

    O problema é saber quem se dispõe a conversar. Ninguém tem garantia que entre os interlocutores não esteja presente um espião do PGR para gravar tudo ou mesmo se há gravação do local. Assim, com as melhores das boas intenções o cidadão corre o risco de ser execrado publicamente por estar querendo “atrapalhar, acabar com a lava jato.”

    Hoje, está-se igual aos primeiros meses de 1964. Se alguém se manifestasse sobre excessos logo estaria preso por estar contra a REVOLUÇÃO. Com maiúscula, claro.

  17. Não haverá pacto

    Não haverá pacto que  resolva a situação. Sou da mesma opinião do Rui Costa do PCO. Sem a ação de um movimento popular amplo que paulatinamente avance sobre o golpe, não há como reverter esse quadro. Não depende de lançar uma palavra de ordem ou outra, depende da evolução dos fatos onde um movimento social amplo destrua os pilares do golpe. Um dos pilares do golpe está na própria esquerda, onde membros de partidos esquerdistas defendem posições da direita de forma discreta. Não devemos dar muita atencao ao que os juizes e o poder politico falam, do ponto de vista político isso não quer dizer muita coisa, pois mesmo com esse pega pra capar, o golpe fica cada dia mais pesado.  Um exemplo é a greve geral do dia 30, onde mais uma vez temos no fim do mes uma paralisação de um dia, isso não dá uma demonstração ao governo de que a situação pode ficar pesada. O que deveriam fazer na verdade é paralisar as atividades por 48 a 72 horas e em frente aos tribunais  e congressos estaduais de todo país.

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