Nova tecnologia pode reduzir ainda mais tamanho de dispositivos de armazenamento

Jornal GGN – Pesquisadores israelenses desenvolveram um novo processo de magnetização simples sem o uso de ímãs que pode, entre outras inovações, revolucionar o mercado de dispositivos de armazenamento móvel. O método pode, segundo os cientistas, ter aplicações na área da nanociência e da nanotecnologia e diminuir fisicamente os sistemas de armazenamento de dados eletrônicos em escalas muito menores do que os mais modernos discos rígidos, pen drives e memórias RAM existentes. Além disso, a nova tecnologia pode reduzir o consumo de energia e garantir maior velocidade aos equipamentos.

A tecnologia de magnetização sem ímãs trabalha com as propriedades de fluxo de portadores de carga de elétrons. Pela mecânica quântica, além da carga elétrica, os elétrons também têm um grau de liberdade interna chamada “spin”, que lhes dá propriedades magnéticas. A nova técnica, chamada “memória magnética de spin” (MSM, na sigla em inglês), dirige uma corrente através de um tipo de molécula orgânica conhecida como “quiral” e transfere, de forma seletiva, elétrons para magnetizar nanopartículas.

Utilizando a técnica, a partir da mecânica quântica, os pesquisadores constataram que é possível criar um dispositivo baseado no que os cientistas chamam de “memória magnética”. Ela não exige um ímã permanente, como nos modelos atuais de dispositivos de armazenamento de informação, o que pode permitir a miniaturização de bits de memória em escalas de nanopartícula.

Benefícios

Uma vez aperfeiçoada e levada ao mercado, a técnica poderá ajudar a ultrapassar as atuais limitações tecnológicas e criar uma nova geração de dispositivos de baixo custo e de alta densidade, o que, por sua vez, requer menos energia. “Agora que os dispositivos desse conceito foram projetados e testados, a memória magnética de spin tem o potencial para se tornar a base de toda uma nova geração de tecnologias de memória mais rápidas, menores e baratas”, afirma o professor Yossi Paltiel, da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Agora os pesquisadores trabalham para que a nova tecnologia seja patenteada e chegue finalmente ao consumidor. Segundo os pesquisadores, várias empresas e organizações já demonstraram interesse em colaborar com fundos para massificar a tecnologia.

Com informações do Phys.org

Redação

1 Comentário

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  1. O Brasil deveria seguir o

    O Brasil deveria seguir o exemplo e investir mais em pesquisa para que um dia exporte tecnologia e a realmente a domine. A embraer é um exemplo disso, e tem que ser estatal, nada de livre mercado. Livre mercado desse jeito que os EUA usam com espionagem da Petrobras, para que????

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