Federal Reserve corta previsão de crescimento para 2014

Jornal GGN – O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos manteve por unanimidade as taxas de juros da economia norte-americana inalteradas entre zero e 0,25%. A decisão foi anunciada na tarde desta quarta-feira (18).

A autoridade monetária também anunciou a redução das compras mensais de bônus em US$ 10 bilhões, passando para US$ 35 bilhões. Com isso, o Fed dá continuidade aos planos de encerrar o programa de estímulo até o fim do ano – o que não surpreendeu.

Segundo o comunicado da instituição, 9 dos 16 membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) veem a taxa de juros em ou abaixo de 2,5% até o fim de 2016. No entanto, a maioria dos membros considera que o primeiro aumento dos juros virá ainda em 2015. Por outro lado, o pequeno grupo de dirigentes que apoiam um aperto monetário somente em 2016 passou de dois para três membros.
 
O Fed também reduziu sua previsão de crescimento de 2014 para a economia norte-americana na quarta-feira (18) para 2,1% a 2,35, após uma contração mais profunda do que a esperada no primeiro trimestre deste ano. Em março, em sua reunião trimestral, a expectativa girava em torno dos 2,8% a 3%. Para os líderes econômicos da América, o avanço do PIB do país só deve ultrapassar a marca dos 3% em 2015.

 
A taxa de desemprego, uma das preocupações da chair Janet Yellen para começar a tomar medidas mais severas à frente do Fed, deve cair até o fim de 2014, de 6,3% para 6%. E deve cair mais em 2015, quando pode chegar a 5,7%.
 
Após o anúncio das decisões do Fomc, o dólar à vista acentuou sua queda frente ao real e registrou a mínima do dia: R$ 2,2370.
 
Os países emergentes, em especial, aguardavam ansiosos a divulgação desses resultados. A retirada dos estímulos americanos em sua economia pode reduzir a liquidez internacional e trazer turbulências aos mercados financeiros. Diante desse cenário, os BCs dos emergentes subiram suas taxas de juros, num movimento para conter a fuga de capital.
Redação

3 Comentários

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    1. QE em 35 bi

      Assis,

      A matéria deixou de mencionar a inflação de 0,35% em maio p.p., altíssima para o padrão de Tio Sam.

      Daqui prá dante, os cortes do famigerado QE podem ter efeitos mais profundos nos mercados mundiais, pois nada indica que este verdadeiro presente, em linha ascendente, volte para servir de bengala a quem menos precisa.

      Na zona da eurozona o BCE acaba de emplacar taxa de aplicação negativa, mas quem tem problemas é o brasilsil.

      Na opinião do curioso aqui, os dois centros econômico-financeiros não trarão boas notícias por muito tempo

  1. O recado dos EUA para os

    O recado dos EUA para os banqueiros é o seguinte: Nós entregamos de bandeija o dinheiro para vocês escravisarem as nações com o nosso modo devedor eterno. Mais do que justo que o calote da nossa divida seja zerando os juros.

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