Painel internacional

A volta dos derivativos

Um ano após a falência do banco norte-americano Lehman Brothers, os títulos de derivativos CDS (troca de crédito por inadimplência, na tradução para o português) perderam o estigma de desastre e estão contribuindo para o crescimento da confiança nos mercados de crédito. O custo para se proteger de falências, cobrado pelos bancos Goldman Sachs, Bank of America e 12 dos maiores revendedores de derivativos, caiu 66% nos últimos seis meses, de acordo com um índice de swaps compilado pela Credit Derivatives Research. Os CDS pioraram a maior crise financeira desde a década de 1930, com o colapso do Lehman Brothers e AIG (American International Group), dois dos maiores negociantes desses derivativos, o que provocou uma crise no crédito. Agora, Wall Street está acelerando as reformas que o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, começou em 2005, quando foi presidente do Federal Reserve de Nova York, para aumentar a transparência em um mercado que os legisladores planejam regular.

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E mais:

As metas do novo governo japonês

As novas relações comerciais dos EUA

ArcelorMittal se prepara para aquisições

OCDE estima nova alta do desemprego

As metas do novo governo japonês

Reuters

Yukio Hatoyama foi eleito primeiro-ministro pelo Parlamento do Japão nesta quarta-feira, levando ao poder um governo não testado, que prometeu mudar radicalmente a forma como a nação é governada e aumentar o consumo interno em detrimento das exportações, o motor do crescimento. Hatoyama, cujo Partido Democrático do Japão (PDJ) derrotou o longevo Partido Liberal Democrático na eleição do mês passado, enfrenta pressão para cumprir rapidamente as promessas feitas na campanha de concentrar os gastos com consumidores, cortar os desperdícios e reduzir o controle da burocracia sobre a política. Ele também deve tentar garantir que a nascente recuperação da pior recessão do Japão desde a Segunda Guerra Mundial permaneça nos trilhos, apesar da já enorme dívida pública.

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As novas relações comerciais dos EUA

New York Times

Por Paul Krugman

Enquanto os Estados Unidos há muito importam petróleo e outras matérias-primas do terceiro mundo, costumamos comprar bens manufaturados principalmente de outros países ricos, como Canadá, Japão e nações europeias. Mas, recentemente atravessamos um divisor de águas importante: agora importamos mais bens fabricados no terceiro mundo do que de outras economias avançadas. Ou seja, a maioria do nosso comércio industrial está agora com os países que são muito mais pobres do que nós, e que pagam salários muito mais baixos aos seus trabalhadores. Para a economia mundial como um todo – e especialmente para as nações mais pobres o crescimento do comércio entre os países de altos salários e os de baixos salários é uma coisa muito boa. Acima de tudo, oferece às economias atrasadas a sua melhor esperança de subir a escada da renda.

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ArcelorMittal se prepara para aquisições

Financial Times

A indo-européia ArcelorMittal, maior siderúrgica do mundo, disse na quarta-feira que volta a espreitar empresas, ao mesmo tempo em que estabelece novos limites de dívida. A ArcelorMittal, produto de quatro grandes fusões, notadamente entre a Arcelor e a Mittal, disse que está procurando negócios que irão alavancar sua liderança e integração de know-how para combinar sinergias”. A gigante de metais, que se reúne com investidores em Londres e Nova York, revelou suas metas de endividamento que fixam efetivamente o quão aquisitiva a companhia pode se tornar. Seu objetivo de dívida líquida em relação ao capital é de 25% a 40%, enquanto a meta para a dívida líquida em relação à média de ganhos antes de juros, impostos, depreciação e amortização é de 0,5 a 1,8. A relação dívida líquida-capital resultaria em níveis abaixo de onde esteve em grande parte dos últimos três anos. “[Esses] alvos são sensíveis à luz das condições econômicas atuais, e sublinham o compromisso de manter uma sólida classificação de grau de investimento”, disse a empresa em comunicado nesta quarta-feira, em Luxemburgo.

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OCDE estima nova alta do desemprego

The Wall Street Journal

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) advertiu nesta quarta-feira que a crise do desemprego ainda não acabou, apesar da melhoria das perspectivas econômicas. “Essa crise econômica e financeira se transformou em uma crise de emprego”, disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, na apresentação do relatório de perspectivas anuais para o emprego da influente instituição. “A taxa de desemprego da OCDE vai provavelmente subir bem em 2010, e poderia se aproximar de 10%, se a recuperação econômica continuar fraca. A taxa média de desemprego nos países da OCDE atingiu 8,5% em julho, seu nível mais alto desde a Segunda Guerra Mundial. Se a recuperação falhar em ganhar impulso, o desemprego poderá se aproximar de 10% até o final do próximo ano, com 57 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho, disse Gurría.

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Luis Nassif

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