O medo da queda e o império do medo

As revelações feitas por Edward Snowden sobre o uso da internet para coleta de dados dos cidadãos, empresas e governos de todo o mundo é a face mais visível de um grande problema que a mídia se resolve a encarar.  A mídia até tem dado notícias bastante acuradas sobre a crise diplomática envolvendo a atividade da NSA e sobre as conseqüências pessoais que Snowden está sofrendo em razão de vazar dados sigilosos de seu país, mas sob a superfície dos fatos há algo maior. A cultura do medo que levou o governo dos EUA a criar os super bancos de dados com finalidades evidentemente policialescas e imperiais.

Medo é um sentimento a que todos os seres humanos estão sujeitos. Alguns sentem mais medo do que outros. Com treinamento adequado, as pessoas podem enganar ou controlar o próprio medo. Mas o medo é e sempre será uma variável importante e imprevisível do comportamento humano, pois ele não deixa de existir nem mesmo quando seus efeitos ficam temporariamente suspensos em razão do uso de drogas.

O medo produziu as primeiras lanças de madeira e machados de pedra. Ele instigou os seres humanos a aperfeiçoarem seus armamentos até que os mesmos se transformassem no que são hoje. Mesmo assim, a insegurança nunca abandonou os homens em armas. Na verdade o medo que alguns desejam produzir em outros sempre volta a crescer dentro deles quando eles descobrem que os “outros” conseguiram equivalência ou superioridade bélica (impulsionados que foram pelo temor).

É assim que o medo se transforma em cultura automatizando os comportamentos até que ninguém mais questione como e porque se tornaram escravos dos seus próprios temores.  Ao tratar do medo das drogas nos EUA, por exemplo, Barry Glassner  constatou que o uso de drogas legais é socialmente mais relevante que o tráfico de entorpecentes. Segundo ele mais:

“…americanos usam drogas  lícitas por razões não-médicas do que usam cocaína ou heroína; centenas de  milhões de indiciamentos são usados de modo ilícito todos os anos. Mais da metade das pessoas que morrem por problemas médicos associados a drogas ou buscam tratamento para esses problemas estão consumindo medicamentos vendidos com receita. A própria American Medical Association estima que um entre 20 médicos seja completamente negligente na prescrição de medicamentos, e, de acordo com a Drug Enforcement Agency (DEA), no mínimo 15 mil médicos vendem receitas ilegais. No entanto, menos de 1% do orçamento relativo ao combate às drogas destina-se ao controle do uso abusivo de medicamentos vendidos com receita.” (Cultura do Medo, editora Francis)   

Isto, porém, não desperta o interesse dos jornalistas norte-americanos, quer porque os laboratórios gastam bilhões em propaganda quer porque existe uma:

“…dependência dos  políticos em relação à indústria farmacêutica para o levantamento de fundos para campanhas eleitorais e a dependência da imprensa em relação à mesma indústria para receitas publicitárias têm algo a ver com aquelas formas de consumo abusivo que eles deploram.”   (Barry Glassner, Cultura do Medo, editora Francis).

Em seu livro, Glassner não se referiu aos temores inspirados pela internet. Mesmo assim, podemos perfeitamente imaginar que eles existem e também estejam na origem das iniciativas governamentais que levaram os EUA a coletar massivamente informações ao redor do planeta para estocá-las, analisá-las e utilizá-las quando necessário. O suposto combate ao terrorismo tem sido a maior justificativa dada pelas autoridades norte-americanas para o imperialismo virtual após os vazamentos feitos por Snowden.

As relações cordiais entre os gigantes da internet e a estrutura bipartidária dos EUA provavelmente ajudou a construir este novo pesadelo orwelliano. Como os laboratórios farmacêuticos mencionados por Barry Glassner, empresas como Facebook, Microsoft e Google certamente fazem doações de campanha. O fornecimento de informações à NSA seria apenas outra maneira de, sem custo econômico, destas corporações se aproximarem do governo e do Estado norte-americano para que ambos, em retribuição, cuidem bem e melhor dos interesses comerciais do Facebook, Microsoft e Google dentro e fora dos EUA.

Isto só, entretanto, não explica todo o fenômeno. Sob o temor do terrorismo virtual, pode existir outro temor maior a justificar a ilegal e perigosa espionagem massiva, empresarial e governamental realizada pelos EUA: o medo da queda.

Após o fim da II Guerra Mundial, os EUA foi  alçado ao status de potência global, como a único país industrial, comercial e militarmente desenvolvido que não sofreu graves conseqüências do conflito em seu próprio território. Durante algumas décadas os EUA produziu a maior fatia do PIB mundial, desfrutando os benefício de ser o líder inconteste do então chamado mundo livre.  Mas isto começou a mudar e hoje a participação daquele país no PIB mundial é bem menor do que já foi (http://www.redesist.ie.ufrj.br/p8/semi/sld_pdf/d13/SP%201/Luis_Fernandes.pdf).

As guerras norte-americanas se tornaram mais freqüentes após a década de 1980, quando a participação dos EUA no PIB mundial começou a declinar, do que eram no período de hegemonia econômica inconteste daquele país. Portanto, o declínio da importância econômica dos EUA coincide mais ou menos com a intensificação das ações bélicas daquele país.

A partir da década de 1990 começamos a ver com muito mais frequencia americam movies que veiculam uma nova ideologia: a de que as autoridades norte-americanas (judiciárias, policiais, militares, diplomáticas e, obviamente, da obscura esfera de espionagem) tem competência para atuar em qualquer lugar do planeta. Quando não estão caçando inimigos dos EUA, os heróis norte-americanos combatem tiranos e terroristas estrangeiros ou bandidos norte-americanos que atuam fora do país.

É preciso prestar atenção às agressões simbólicas reiteradas produzidas e distribuídas pela indústria cultural dos EUA. Afinal, o imperialismo é uma ideologia construída na e pela cultura e alimenta-se dela desde o século XIX. Como bem observou Edward W. Said:

“… muitos objetos estéticos grandiosos do imperialismo são relembrados e admirados sem a bagagem de dominação que carregaram entre sua gestação e apresentação. No entanto, o império ali permanece, na inflexão e nos traços, para ser lido, visto e ouvido. E por não levarmos em conta as estruturas imperialistas de atitudes e referências que eles sugerem, mesmo em obras como Aida, que parecem não guardar relação com a luta pelo controle territorial, reduzimos tais obras a caricaturas, refinadas talvez, mas ainda caricaturas.” (CULTURA E IMPERIALISMO, editora Companhia das Letras)

No mundo dos fatos esta ideologia (o imperialismo) também produziu conflitos diplomáticos entre o Brasil e os EUA desde a década de 1980. Em entrevista dada a jornalista Maria Helena Tachinardi, publicada no livro A GUERRA DAS PATENTES, o embaixador Brasileiro Paulo Tarso Flecha de Lima afirmou que:

“O Brasil teve um ato de coragem de questionar a abrangência do ´trade bill´ americano. Foi na época, inclusive, que começaram aquelas interpretações esdrúxulas do Willian Barr, que agora é ´attorney general´, de que a legislação americana tinha irradiações extraterritoriais para permitir alcançar o seu infrator fora da jurisdição estritamente territorial.”  (GUERRA DAS PATENTES, editora Paz e Terra)

Esta tendência dos EUA de ignorar a soberania dos outros países ganhou corpo e forma na última década.  O Patriot Act de George W. Bush Jr. (http://epic.org/privacy/terrorism/hr3162.html). Ao ler com atenção esta lei norte-americana percebemos uma característica evidente e interessante: a legitimação implícita da violação da soberania de outros países.

O uso de expressões como “…violação das leis criminais dos Estados Unidos ou de qualquer Estado…” e “…leis criminais do EUA ou de qualquer Estado…” indica claramente que as autoridades norte-americanas se auto-atribuíram o poder de aplicar sua legislação em qualquer lugar do planeta e de fazer cumprir a legislação de outro Estado que se recuse a fazê-lo. Portanto, sob a ótica desta norma nenhum Estado é soberano exceto os EUA.

O Direito Internacional, porém, reconhece a soberania dos países que são membros da ONU. A violação ao princípio da auto-determinação dos povos tutelado pela legislação internacional somente é possível e legítima quando autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU ou em legítima defesa caso o país seja atacado militarmente sem autorização daquele órgão. Não há dúvida, portanto, de que existe um conflito aberto e intencional entre esta Lei norte-americana (que tutela uma suposta ação extraterritorial legítima das autoridades norte-americanas) e a Lei Internacional (que assegura a soberania dos países que fazem parte da ONU).

A intencionalidade do conflito é importante e foi ressaltada por dois motivos. Primeiro, porque a Lei Internacional é anterior ao Patriot Act. Segundo, porque os EUA é membro da ONU desde sua criação e seus diplomatas negociaram o conteúdo da Lei Internacional em vigor. Portanto, aquele país não poderia alegar desconhecimento da Lei Internacional quando aprovou sua nova legislação com características imperiais.

O que vemos através da recente cultura cinematográfica (que justifica ideologicamente o imperialismo norte-americano) e da legislação dos EUA (que intencionalmente desrespeita a Lei Internacional, provocando conflitos diplomáticos) não é só um medo dos terroristas árabes, mas principalmente a ambição dos norte-americanos de conservar a hegemonia planetária do seu país a qualquer custou.

O medo da queda, referido por mim antes de fazer digressões econômicas, históricas, culturais e legais, acompanha esta ambição e certamente foi a maior justificativa para a criação do império virtual gerido pela NSA. Afinal, os dados coletados massivamente coletados pelas autoridades norte-americanas sobre cidadãos, empresas e governos estrangeiros, podem ser filtrados. E somente os que tiverem valor político, econômico e/ou militar são e serão utilizados para posicionar vantajosamente aquele país diante dos seus concorrentes.

Há mais de uma década é notório o fato de que as autoridades policiais norte-americanas (e de outros países desenvolvidos) infiltram agentes no submundo on line para combater os crimes cometidos por hackers, crackers e criminosos comuns que trocaram as ruas pelo universo cibernético. Diversas obras sobre o tema já foram publicadas. Apenas a título de exemplo citarei MERCADO SOMBRIO (Misha Glenny, editora Companhia das Letras),  DIÁRIO HACKER (Dan Verton, editora Berkeley) e AMEAÇA CIBERNÉTICA (David Macmahon, editora Market Books ).

Com tanta informação sobre a atuação dos agentes de segurança no ciberespaço é pouco provável que verdadeiros terroristas utilizem o Google e o Facebook correndo o risco de serem localizados e neutralizados. Um ou outro idiota pode até ser localizado utilizando dados obtidos por ambos, mas isto é exceção e geralmente os terroristas presos são amadores ou imbecis. Sendo assim, a desculpa padrão dada pelas autoridades norte-americanas para as graves denuncias de Snowden é ridícula e risível. Provavelmente nem aqueles que as enunciam acreditam nelas.

O medo do terrorismo e do hacktivismo, mesmo que exista, funciona aqui como uma cortina de fumaça para encobrir o medo da queda. Antes mesmo das denúncias de Snowden, o lingüista e ativista  Noan Chomsky já havia notado o desejo manifesto da elite-norte-americana de conservar a hegemonia planetária dos EUA:

 “…visão da elite dominante com relação à ONU foi definida, em 1992, por Francis Fukuyama, ex-membro do Departamento de Estado do governo Reagan-Bush: a ONU é ‘perfeitamente usável como um instrumento do unilateralismo americano e, com efeito, provavelmente o principal mecanismo pelo qual este unilateralismo será exercido no futuro.’ Tal previsão se mostrou acurada, talvez por ter se baseado em uma prática contumaz cuja origem remonta aos primórdios da ONU.”  (O IMPÉRIO AMERICANO HEGEMONIA OU SOBREVIVÊNCIA,  editora Campus)

Ao analisar detidamente a diplomacia do porrete que foi largamente usada por Bush Jr. e tem sido discretamente empregada por Barack Obama, , Chomsky reproduz o seguinte discurso:

“…para criar democracias verdadeiras é preciso certa pressão externa… Não devemos hesitar em usar esse tipo de ‘interferência nos assuntos internos’ de outros países… Já que o governo democrático é uma das principais garantias de uma paz duradoura.”

Estas palavras, que eram usadas pelos diplomatas de Stalin, não causariam qualquer estranhamento se fossem proferidas por Bush Jr., Donald Rumsfeld, Dick Cheney ou Condoleezza Rice a propósito do Iraque, do Irã ou da Coréia do Norte.  É mais ou menos isto, aliás, que tem sido dito pelas autoridades norte-americanas quando defendem o império virtual administrado pela NSA. Se o Kremlin ou Pequim usassem a mesma estratégia discursiva nos dias de hoje, a Casa Branca imediatamente começaria a acusar a Rússia e a China de imperialismo, de violação  princípio da autodeterminação dos povos, de desrespeito às garantias de privacidade conferidas aos cidadãos, etc…

A reação da comunidade internacional ao comportamento dos EUA e das empresas que colaboram com a NSA tem sido bastante firme. Brasil e Alemanha, por exemplo, pediram explicações formais ao agressor de suas soberanias e apresentaram conjuntamente um Projeto de Resolução na ONU. Informações sobre o mesmo podem ser facilmente obtidas em português, inglês e alemão (http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/notas-a-imprensa/brasil-e-alemanha-apresentam-a-assembleia-geral-da-onu-projeto-de-resolucao-sobre-o-direito-a-privacidade-na-era-digital e http://www.auswaertiges-amt.de/EN/Aussenpolitik/Friedenspolitik/VereinteNationen/Aktuelles/131101_UN_Initiative_Schutz_Privatsphaere.html).  

Em sua obra David Macmahon afirmou que no “… ciberespaço, onde a identidade e a motivação são obscurecidas pelo anonimato, o agente de todos os eventos deliberadamente ameaçadores é o hacker.” (AMEÇA CIBERNÉTICA, editora Market Books ).  Isto era verdade para era aS (antes de Snowden).

Agora que entramos na era dS (depois de Snowden) o agente de todos os eventos deliberadamente ameaçadores é o analista da NSA que filtra, sistematiza, classifica e utiliza os dados massivamente coletados com ajuda do Google, Facebook e Microsoft. É ele que, a propósito de cumprir a Lei dos EUA, desrespeita os direitos e garantias individuais atribuídos aos cidadãos de todos os outros países pelas suas constituições e pela Declaração Universal dos Direitos do Homem. É ele que, apesar dos EUA ter negociado e estar sujeito à Lei Internacional, desrespeita acintosamente a soberania dos países membros da ONU, espionando as comunicações eletrônicas de governantes europeus, latino-americanos, africanos e asiáticos.

O agente de todos os eventos deliberadamente ameaçadores é também o programador de computadores que, a serviço de uma empresa norte-americana, deliberada e maliciosamente cria portas dos fundos nos programas comercializados ao redor do planeta. E depois fornece aos agentes da NSA as chaves para usar estas portas dos fundos  para eles invadirem computadores pessoais, bancários, industriais e governamentais a fim de obter informações sigilosas e valiosas. Acima de tudo, o agente de todos os eventos deliberadamente ameaçadores é a cultura norte-americana (inclusive e principalmente a cinematográfica), que legitima tanto a ambição imperial do país como o medo da queda referido acima.

O medo da queda, entretanto, é um sentimento ambíguo. Afinal, ele tanto pode alavancar a preservação do império quando sua destruição. O Império Português, por exemplo, caiu justamente porque os portugueses tinham medo da queda e insistiram em preservar suas colônias na África ao custo de guerras coloniais que se tornaram humanitária, econômica e militarmente insustentáveis provocando um mar de lágrimas na terrinha além de seu empobrecimento. Os portugueses, entretanto, derrotaram o império e o medo da queda com a Revolução dos Cravos, que custou poucas vítimas. A civilidade portuguesa, entretanto, pode não servir de modelo para os norte-americanos, que estão sempre prontos a atirar primeiro e não pensar depois.

Fábio de Oliveira Ribeiro

16 Comentários

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  1. belo texto, mas…

    A minha teoria é bem mais mundana. Esta industria da espionagem é muito CARA.

    Não se sustenta sem a cooptação de governos e orgãos de mídia. O medo é secundário diante da possibilidade do poder e das vantagens de mercado oferecidas pelo tremendo sistema de espionagem anglo saxão. 

  2. Boa tentativa, ótica razoável, mas ausências fatais!

    Caro Nassif, 

    Sempre lhe admirei pela inteligência em obordar os temas propostos, já há uns 15 anos, no mínimo.

    Esse texto em específico tem alguns pontos bons, verdadeiros e contudentes como todo texto jornalistico deve ter, seja para realmente documentar uma verdade de fato, seja para apenas formar uma base coerente para disfarçar a má intenção nos pontos principais… antigo e batido isso!

    Apenas duas perguntas e se me responder com a verdade, lhe dou nota de louvor pelo texto… vamos lá?

    1) Medo da queda faz algum sentido sim, mas você não acha que hoje, a realidade é mais um medo de outros Países, já que os Estados Unidos voltou a crescer e se retomar o posto, fica difícil para os outros que terão que comer em suas mãos novamente? Por qual motivo você mostrou o PIB apenas até 2008? Agora, em 2013, é muito provável que o PIB dos EUA já vai bater nos 22% do mundial… crescendo… ainda longe dos 28,5%, mas crescendo.

    2) Sim, os Estados Unidos espiona, assim como todos os outros principais Países fazem e sempre fizeram na história… é fato, quem tem mais dinheiro e tecnologia para gastar com isso, tem grande chance de fazer melhor e em números mais expressivos ou neuróticos. Se for o País mais visado e ameaçado do mundo e a maior parte do tráfego da internet passar pelo seu quintal, fatal não espionar ou monitorar, seja como queiram… não é o medo pelo simples medo, mas o medo de algo real de fato. Mas, por qual motivo, você não faz nenhuma citação a pesada espionagem que a China faz em cima dos EUA por exemplo? A massiva espionagem industrial feita pelos Chineses… espionagem pesada que o próprio Estados Unidos tem ciência que sofre e a mesma ciência que não consegue combater… nem popr isso fica de mimimi, tenta ir para a batalha também…  tem a China como seu maior credor, em números elevadíssimos e não fica de mimimi… 

    Por qual motivo, quando vocês “esquerdistas” analisam, noticiam ou atacam os Estados Unidos, amplificam as falhas dos caras e omitem a dos adversários?

    Por qual motivo aqui no Brasil critica tanto o armamento pesado do cidadão americano e não citam que em nosso País, mesmo não tendo 10% das armas que tem lá nos Estados Unidos, no Brasil morre 4 vezes mais a tiros do que lá?

    Vamos debater? Vamos ser democráticos? Vamos fazer um Brasil de verdade ou continuar com a cortina de fumaça e essa conversinha para boi burro dormi?

    Obrigado pelo ótimo blog que mantém e sejamos mais cidadãos…

     

     

    1. Percepção “Amaciada” ou Pr-Lavagem

      Colega Navarro.

      As táticas generalizadas de propaganda e marketing afetam boa parte da população mundial, principalmente aquela que, por conseguir algum sucesso, passa a temer (ter um certo MEDO d’) a perda do que já alcançaram e do que pretendem alcançar, eminentemente de forma honesta e dentro das regras aceitas.

      Esta legítima preocupação , bem como o foco em continuar “tendo e prosperando” os leva a ficarem desatentos (se não forem ingênuos ou desnestos) ao processo de intensa manipulação que os cerca.

      Os que têm poder para usar as melhores ferramentas disponíveis para controlar e manter o controle conseguem criar o clima que precisam para isso, mantendo muitos com o “cérebro lavado” e outros em estado de pré-lavagem, tão comum nas melhores lavadoras do mercado…

      Não fosse seu comentário educado e articulado, eu pensaria neste quadro. Mas acho que vc está apenas distraído.

      Vc parece aceitar alguns fatos já com certos naturalidade , de tanto tentarem torná-los “normais” aos olhos do mundo.

      Um exemplo é a supremacia imperial de um país por sobre os demais. Sabemos que a História nos ensina exatamente isso, desde sempre.

      Mas daí a ver isso como “inexoravelmente natural”  vai alguma distância. A Humanidade evolui e é de se esperar que um dia tenhamos a competência de um mundo mais equilibrado e multi-polar. Senão, podemos ter saudades dos assírios, mongóis, macedônios, romanos, ingleses, etc.

      Vejamos em seu comentário

      “EEUU voltaram a crescer”, “PIB”, etc.: Estamos falando de um processo histórico de ascensão e decadência (décadas, séculos), não: de alguma crise passageira. Ninguém está insinuando que o “império” acabou em 2008 (e vai voltar em 2014), mas que ele está se deteriorando, perdendo “qualidade” (um império que ataca uma nação petrolífera sob as mais esfarrapadas desculpas não exibe muita qualidade, certo?).

      “Os EEUU espionam, mas quem não?”: Ora uma coisa é espionagem militar ou industrial , outra é espionar governos e presidentes aliados e toda a população do globo, inclusive a própria. Se vc não vê nada demais nisso, vc esta perto do ciclo de pré-lavagem, pois nem os próprios autores conseguem se explicar. Se vc conseguir (em nome deles), então estará mais perto da lavagem completa mesmo (há alguns famosos aqui no blog…). Vc parecerá como aqueles em que se alguém fala mal da Folha, aí retruca: “tá, vcs acham bom mesmo é o Pravda”… O que tem o reto a ver com as pantalonas?!

      ” Armas e crimes”: Muitos aqui fazem esta comparação estapafúrdia. O Brasil é um país com inúmeros índices sociais / humanos muito ruins, o que não é o caso do irmão do norte. A comparação que deve ser feita é deles com outros países de desenvolvimento similar (Inglaterra, Alemanha, França, Noruega, etc….Aí vc vai descobrir que, nesta lista, os EEUU (a potência!) têm os MAIORES índices de CRIMINALIDADE deste “mundo desenvolvido”, ainda que andem a seu reboque. No Reino Unido (ex-império), por ex. nem os guardas comuns de rua andam armados.(quanto mais a população!). Mas os índices são muito melhores que nos EEUU.

      Portanto colega, preste mais atenção nos detalhes sutis daquilo que lhe vendem como lebre, apesar de ambos terem bigodes.

      1. Sim, Ed. As ferramentas de

        Sim, Ed. As ferramentas de controle existem e foram eficazes até então. Interiormente até torço pela queda do império, pela  convivência civilizada entre as nações. Só não sou otimista quanto ao quadro “evolutivo” do povo e seus líderes, se a queda desse império não dará apenas o espaço para o surgimento de outro (o chinês, quem sabe). Acho que a intenção do Navarro era trazer equilíbrio ao debate, afinal, pintar os Eeuu com chifres e rabo e os demais de anjinhos também não é realista.

        1. Caro Chris,
          Muito obrigado

          Caro Chris,

          Muito obrigado por compartilhar conosco… eu já estava desistindo e pensando que não tinha conseguido me explicar em nada, mas você captou a ideia.

          Esses diálogos são importantes para todos nós, considerando eu que aqui, ao menos entre nós, ninguém é inimigo ou quer o mal do outro… bom, ao menos de minha parte, posso assegurar que não… não quero inimigos e nem desejo o mal de ninguém, inimigos são quase sempre imaginários nossos, por isso, prefiro evitar isso sempre.

          Eu quero tentar somar, contribuir… se não puder fazer isso, então me calo, ao menos não atrapalho.

          Grande abraço!

           

        2. China e outros

          Chris, sem dúvida a História nos mostra esta “substituição”.

          Mas além da minha réplica ao Navarro, acrescemto que:

          1) A China é uma cultura milenar (muito mais antiga que os romando, brit|ànicos e norteamericanos juntos) de admirável história (invenções, princípios culturais, etc. Mas hoje está estigmatizada por muitos como uma ameaça,”vermelha”, apenas por ter aderido ao comunismo no pós guerra (muito pouco tempo relativo) e usou este curto período para dar uma arrumada e voltar um tanto planejadamente ao capitalismo combinado. Isso lembrando que um em cada seis terrestres é chinês.

          2) Seja lá chineses (não vejo esta “substituição”), seja um mundo mais multilateral (a minha visão), com uma União Européia (que já é um bom exemplo de mulilateralismo), mais uma China e um EEUU todos equivalentes, e um outro grupo crescente de emergentes participativos em uma crescente distribuição dos direitos e responsabilidades mundiais, o fato é que lideranças (positivas) não são problema. Eu não me incomodo nem de liderar nem de ser liderado, desde que com qualidade e liberdade. Já liderei antigos “chefes” e já fui liderado por um presidente que foi meu estagiário, sempre com respito e reconhecimento mútuo.

          Portanto quanto mais muitlateral, melhor.

          Mas não me preocuparia com um mundo “sem dono” (líderes).

          Me preocupo com um mundo com maus donos

          1. Olhem, particularmente, eu

            Olhem, particularmente, eu acho muito difícil a China não se tornar em definitivo a nova grande potência e “dona do mundo” nas próximas décadas. 

            Eu me esforço, mas ainda não tenho uma opnião formada de quanto isso teria de bom e de ruim. 

            Realmente uma grande nação de cultura milenar muito importante para a humanidade em vários aspectos, outros nem tanto. Poderia ser muito enriquecedor para o globo ter uma grande potência dessas, com tal cultura mais ativa.

            Mas, a parte que me preocupa, é uma certa crueldade de seus líderes mais recentes. Já morei por 10 meses lá (congelei em Harbin, rsss). Mas, sempre continuarei acreditando no melhor…

            Um pergunta que me faço: Hong Kong é onde os “líderes” chineses mantém suas verdadeiras riquezas, muitas delas acumuladas com trabalhos escravos (para não usar um termo ainda mais pesado) na China Continental? Ou seja, como vemos em outras nações que nos holofotes vivem batendo no capitalismo para “controlar”seus povos, mas que adoram a prática do tal capitalismo em suas vidas pessoais?

            Eu apenas acho perigoso que o possível novo “dono do mundo” seja um País com IDH tão sofrível… O PIB que comentei anteriormente, foi tão somente um exemplo de comparativo para eu me ater a um ponto e não escrever um livro aqui… na minha visão ele se torna menos relevante quando eu vejo os índices de IDH, por exemplo.

            Seria então, mais uma conversa furada que ouço ultimamente de que no socialismo e comunismo, a distribuição de riquezas é melhor e menos injusta que no capitalismo? Seria então o sistema socialista/comunista, mais centralizadores de riquezas que o sistema capitalista?

            Vocês não acham que o melhor momento do governo Luiz Inácio Lula da Silva, foi quando esse, hoje apenas um grande lobista, flertou simultâneamente com o socialismo e capitalismo…e até um pouco do comunismo? Foi muito inteligente em fazer isso… uma pena que quando começou a perceber o lado bom do capitalismo, começou e reduzi-lo do seu povo e passar a usar mais para benefício próprio e de seus “parsas”.

            Foi lindo quando Lula pediu desculpas a moçambique pela escravatura (na minha ignorância, não me vem a mente outro líder tão importante que tenha tido essa dignidade)…

            Foi lindo quando Lula usou de métodos capitalistas para fazer uma parte do povo brasileiro ver dinheiro e comida na mesa que jamais tinha visto, dentre outras coisas…

            Não foi nada lindo, quando ao menos na minha visão, começou a dar a impressão de que muito disso seria um “teatro”, muito bem roterizado, para “más intenções” futuras, seja em seu segundo mandato, primeiro e segundo de Dilma ou até mesmo numa poss;ivel volta triunfante em 2018!

            Dilma será reeleita fácil em 2014, exceto se criou muito o povo no colo e esse se recusar a aprender caminhar com as próprias pernas daqui para a frente… 

            Sim, isso mesmo! 

            É que em 2014, o forte da campanha de Dilma, muito provavelmente, não será mais o “dar o peixe na boca do brasileiro” e sim “ensiná-lo a pescar”… se colar, será reeleita com pés nas costas, senão, o povo não entendeu e então, ela poderá cair, até mesmo para os fracos adversários que tem.

            Resumindo: Nas próximas 2 eleições pelo mesno, o PT só perderá para ele mesmo. 

            Bom, agora vou dormir que aqui, na Florida, já são quase 5 da manhã… 3 horas menos que no nosso amado e belo Brasil de todos os povos.

            Um grande abraço à todos e novamente, grato pelo debate.

            Milton

      2. Nenhuma coisa, nem outra. Apenas tentando entender os lados…

        Caro, amigo!

        Mas, lhe agradeço por se preocupar e dedicar seu tempo e esforço em responder meu comentário… isso é muito bacana e digno, mesmo com as indevidas alfinetadas que não me cabem, ferem ou amaciam.

        Não, não estou em processo de pré-lavagem ou em lavagem completa, jamais estarei… sabe por quais motivos? Principalmente por não me pautar por mídia, seja ela qual for, preta, branca, esquerda ou direita… não sou nenhum dos lados e sou todos… sim, sou todos os lados, quando vejo o melhor deles e não sou nenhum quando vejo o ruim ou fanatismo deles.

        Eu não suporto alguns negros e amo tantos outros, não suporto alguns brancos e amo outros tantos… não suporto algumas posturas de esquerda e acho magnífico outras, assim como acho simplesmente nojento algumas posições de direita e admiro algumas outras… não me sinto menos ou mais por isso, não me culpo nem me absolvo, apenas quero o melhor para a minha pessoa, meus familiares, meus amigos, para todos os seres humanos e todos os outros seres… mesmo que seja e sempre será uma utopia eu apenas quero exercer meu direito de acreditar num mundo melhor que passa inevitavelmente pelo entendimento entre os seres humanos… enquanto tivermos lados, realmente tudo não passar;a de utopia… precisamos de união e não lados/divisão, etc. 

        Enquanto existir lados, sempre o jogo de interesse falará mais alto e cada um defenderá o seu, em estado natural, em estado de pré-lavagem ou com a lavagem já completa, como você gosta de dizer.

        O outro grande motivo pelo qual não me encaixo em suas insinuações, é que eu viajo o mundo há mais de 20 anos (metade da minha vida)… já vivi em 17 países diferentes… desde a Polonia Comunista até os Estados Unidos, onde hoje vivo por algum período… já vivenciei praticamente todos os regimes que governam o mundo… isso não é fácil, mas ao mesmo tempo sou eternamente grato, pois é uma experi6encia que não tem preço.

        Infelizmente, já não vivo no Brasil há 10 anos… até estou desaprendendo a escrever em nosso maravilhoso idioma (o mais bonito na opinião de quem já conviveu e conheceu 8 diferentes). Com isso, não descarto, é possível que eu esteja equivocado em algo que ocorre no Brasil nos últimos tempos… mas, todos meus principais amigos continuam vivendo lá, meus familiares estão todos lá e são essas pessoas que eu mais ouço… não é o UOL, Globo, Folha, Veja ou sei lá o que… vi esse post no blog do Nassif por acaso… gostava muito dele numa época que eu vivi na rua Maria Antonia em São Paulo e ele andava por aquelas bandas… por isso dei uma olhada no blog dele… não sou de ficar lendo coisas na internet, livros ou vendo em tv… a história melhor contada sempre será por pessoas olhando em nossos olhos, seja para contar suas alegrias ou sofrimentos… nos livros, filmes, sites ou tv, isso cada vez mais se perde… o jogo de interesse acima do respeito a raça humana é muito alto.

        Não estou julgando ninguém… nenhum jornalista, escritor, diretor, roterista, etc… apenas prefiro viver num País e ouvir daquele ser o que o mundo é para ele, o que o governo de seu País faz de bom ou ruim para ele… o que os governos de outros Países fazem de bom ou ruim para ele… e assim vou tentando formar a minha opinião em relação ao complexo mundo que vivemos.

        Após anos viajando, lhe asseguro que conheço muito mais os outros animais do que o animal homem, esse é complexo, volátil, interesseiro, cruel e tudo mais de ruim que possamos imaginar… engraçado que ele é tudo isso ao mesmo tempo que é um ser maravilhoso e que possui dentro de si as coisas mais belas… vai entender!

        Ok, vamos lá, fazer apenas mais algumas observações sobre o que destacou “negativamente” em meu comentário, justamente o que precisa ser desmentido… por qual real ineresse não sei e nem sei se quero descobrir ou entender… talvez nem vale a pena.

        1) Sobre o PIB dos Estados Unidos voltando a crescer… sim, compreende que estão fazendo uma análise de décadas, séculos, etc… sendo assim, observe que em 1900 tinha os mesmos 18% do PIB mundial que tinham pouco mais de um século depois, em 2008, justamente no ápice da crise.

        Como já alertei, agora em 2013, o PIB já deverá alcançar no mínimo 22% do mundial… chegando bem perto do grande número da década de 50, quando bateu nos 28%… certo?

        Sou burro, maluco ou pré-lavado em afirmar que em pleno 2013, 22% do PIB mundial não é tão menos representativos que os 28% de 1950? Hoje, o mundo é muito mais globalizado, temos vários Países emergentes com bons índices, querendo ou não, temos uma descentralização maior que em 1950… certo?

        Então, será que o “império” realmente está em queda? Quem manda nos EUA e movimenta o dinheiro do mundo nos principais bancos mundiais, são os judeus meu amigo… vá acreditando que eles vão cair, que vão perder… não vão tão facilmente mesmo!

        Controlam a saúde, a educação, a política e principalmente os bancos aqui nos EUA… não vou entrar em detalhes aqui, mas você, como inteligente que é, deve no mínimo entender o que estou querendo dizer, se não souber mais do que eu, é claro.

        2) Concordo em partes com você… digo em partes porque os EUA não se compara a nenhum outro País no mundo, exceto a ele mesmo… então, esqueça de comparar com Alemanha, França, inglaterra, Noruega, Dinamarca, ou seja lá o que for… os EUA é um País único, tanto no que tem de bom quanto no que tem de ruim. Nenhum desses Países por você citado tem o tamanho dos EUA (quanto maior o País, maior a chance de desigualdade social e isso aumentar violência)… nenhum desses Países é visado e ameaçado quanto os EUA é.. e por ai vai. É fato, EUA comparado com EUA, tem uma crescente na violência em certas regiões… em outras absurdamente reduzidas nas últimas décadas e em outras com aumento considerável…. se você anda em Downtow hoje, não verá nem um sinal da Downtown nas mãos dos mafiosos que eu vi em 1980. Comparado hoje com a época, parece um Paraíso. São Paulo por exemplo, cada vez mais perdendo força para o crime organizado, s;o vê sua violência crescer… mas, no discurso oficial , o Brasil só está melhorando!

        Eu apenas citei como referência o número de mortes por tiro no Brasil se comparado com os EUA… eu sei que não se compara País amplamente desenvolvido com País ainda subdesenvolvido como o nosso. Só citei como referência porque hoje, especialmente após as denúncias sobre as tais “espionagens”, vejo boa parte da mídia e governo pregando para os cidadãos brasileiros ódio contra os Estados Unidos… para que tanto? O que tem por traz disso na real?

        Só para encerrar, com todo respeito que lhe dedico e merece, apenas peço que não coloque palavras na minha boca… em nenhum momento eu disse que acho bacana espionar as pessoas… eu respeito tanto as pessoas que jamais fumei na minha vida simplesmente para não soltar fumaça na cara de ninguém… eu evito ligar para as pessoas, mesmo familiares, em horários mais reservados… eu jamais faço perguntas da vida pessoal de alguém, exceto se a pessoa queira falar sobre algum assunto que acredite que eu possa tentar ajudar de alguma forma. Eu respeito a privacidade das pessoas o máximo que posso… sendo assim, jamais eu seria a favor de espionar alguém.

        Agora, se não for espionagem e sim monitoramento com uma razão plausível de ser, posso lhe dizer que há muita chance de eu ser a favor, especialmente se existir algum vínculo entre o monitorado e quem o monitora.

        Vou explicar minha opinião com um exemplo básico:

        Os Pais desconfiam que o filho está andando com maus elementos ou inimigos dos Pais… se o filho vive debaixo do mesmo teto que os Pais ou é mantido financeiramente pelos Pais (o tal vínculo citado). E olha que não estou nem falando de vínculo afetivo!

        Nesse caso, sou a favor de que os Pais o monitorem sim… é um direito, seja pelo bem do filho ou dos próprios… mesmo que seja apenas um monitoramente por segurança e que jamais vão interferir na vida do filho.

        Obrigado pelas ideias trocadas, são sempre enriquecedoras… você tem suas razões e eu as minhas… você está certo e errado, assim como eu, certo e errado… isso é absolutamente normal e saudável!

        Gostei da emocracia do espaço e por isso, concordando ou descordando, sinto que devo dar os parabéns.

        Abraços

         

         

         

         

        1. Sem lavadora

          Caro Navarro, conforme suspeitei, vc é mesmo educado e articulado (e trouxe um currículo!), portanto no mínimo, acrescentou respeito. Parabéns. Como disse, no máximo cairia na “hipótese distraída”, e percebo que nem isso.. Desculpe se exibi alfinetes (que não usei, apenas ressaltei sua existência). 

          Que bom seria se  todos sempre debatermos em um nível como o seu.

          Embora tenha parecido pessoal (dando por minhas desculpas por encerrado), a alegada propaganda (no sentido anglo-saxônico-germânico da palavra) existe é é parte de qualquer império, seja americano, romano ou britânico. Por favor entenda como parte efetiva da argumentação.

          Mantendo esta linha, vamos aos (contra)argumentos (esforçando-me por ser sintético e portanto menos detalhista):

          Os EEUU são únicos ou não: quem o comparou (ao Brasil) não fui eu, que apenas diversifiquei a comparação para demonstar que o argumento “armas” não corresponde aos fatos.

          Espionar ou monitorar (?): seu exemplo não me parece muito feliz, a menos que vc acredite que boas intenções paternas são as mesmas que de países (paternos?!). “Monitorando” para o “bem deles”?! (lembre que estou sintetizando). Eu como pai até preferiria conversar abertamente com, digamos, minhas filhas, do que “monitorá-las” (convenhamos, espioná-las mesmo, monitorar pressupõe alguma transparência, né?).

          Devo dizer que admiro a nação norteamericana em geral: história, prosperidade, contribuições postivas (sim, há as negativas). Tipicamente “implico” (quem sou eu) com certos governos e certas atitudes estratégicas que condizem cada vez MENOS com uma nação qualificada para LIDERAR, que é diferente de MANDAR ou COMANDAR.

          É esta decadência (de qualidade) que já começou a acontecer consistentemente já desde os tempos de Reagan, independente de PIB). Quando vc se prende a 22% ou 28%, esquece que a União Européia tem um PIB (pelo menos pré-crise) maior que o dos EEUU e Asia (Japão, Cingapura, Coréia e a China têm algo equivalente. E China caminha também para superá-los sozinha, em não tão longo tempo. 

          Mas esqueçamos os PIBs, por que estamos falando de “ascensão e queda”. 

          Estamos falando de lideranças (situacionais) em um mundo multilateral (como vc mesmo menciona).

          Não de um mundo unipolar, “unipotente”, onde nem há mais lideranças, apenas imposição, medo. Como houve na Europa pré-guerra…

          Um país que precisa gastar $ trilhões em armamentos, compra de corações e mentes por todo o mundo e “monitoração” (usando seu “direito de dúvida”) onipresente e indiscriminada, sem JAMAIS  ter tido seu território continental invadido ou mesmo ameaçado de verdade (relevemos rusgas mexicanas perdedoras e quetais) é uma CLARA demonstração de troca de qualidade de liderança pelo poder impostivo de comandar.

          A menos que queiram com isso (como Hitler) ter uma atitude ofensiva ou de expansão de poder a qualquer custo, não faria sentido tamanho investimento apenas para se “defender.”

          Note que se a qualidade da liderança fosse outra (respeitada pelo mundo), ao invés de trilhões em armamento, espionagem e cooptação, gastassem em apoiar legitimamente outros povos (ex. Palestina, sem “desapoiar” Israel), eles estariam muito mais seguros, respeitados e admirados, ao invés de ameaçados por meros grupos terroristas (que sequer são nações) ou odiados por tantos povos, abertamente ou em segredo.

          Uma questão de opção estratégica:

          Manter (e impor) poder?

          Ou ser respeitado e admirado (mantendo poder e liderança legítima onde valer)?

          Ser um país para onde há muito muitos quem migrar e viver?

          Ou que só não é explicitamente detonado por outros países (até aliados) apenas por que estes não podem enfrentá-lo?

          Gastar trilhões para manter poder?

          Ou apenas uma parte disso para contribuir de verdade (e deixar acontecer) com um mundo multilateral (e o enorme resto, com seu próprio povo)?

          Ser um líder (situacional) querido?

          Ou um Chefe odiado?

          Eis aí um quadro de evidente desqualificação progressiva (e consistente), de uma nação que pode ser muito mais do que está sendo.

          E não será pelo PIB ou pelo poder militar, de inteligência ou infiltração.

          Estes, consistentemente, a História acaba desprezando, mais cedo ou mais tarde.

          Na verdade, eu tenho uma visão ideal de mundo sem fronteiras, nações e passaportes. 

          Mas sou um sonhador realista..

          1. Caro, Ed.
            Muito grato, gostei

            Caro, Ed.

            Muito grato, gostei muito de boa parte de sua resposta.

            Eu acredito que conseguimos melhorar um pouco o debate e isso pode ser bacana para quem lê… talvez mais ilustrativo, enriquecedor, esclarecedor, etc.

            Eu teria alguns pontos chaves para abordar, especialmente nessa questão de aramamentos, guerras, força bruta, etc.

            Mas, infelizmente não me sinto no direito de registrar aqui ou em outro tipo de mídia qualquer, versões que não as tenho ainda devidamente documentada.

            Eu não poderia me dar a liberdade de correr o risco de ser leviano em alguns tópicos tão sérios. Eu nem jornalista, escritor ou advogado sou! Sou da área de exatas e poderia me faltar sensibilidade em alguma análise.

            Sim, sou um profissional dos números… mas, não sou tão frio assim! Eu já amoleci há tempos…

            Quando, por exemplo, fui voluntário ensinando crianças em moçambique que 1 + 1 = 2 não tinha mais como ser apenas mental!

            Qualquer coisa ou desejo útil de aprofundar mais esse debate, o blog deve ter recolhido meu email… ele é verdadeiro e pode me escrever caso queira.

            Infelizmente, de minha parte, nosso debate já cresceu num nível que fica difícil continuar dialogamdo aqui. Você chegou nos pontos que eu queria, foi mais profundo e contundente nas análises… foi mais esclarecedor e gostei muitíssimo. 

            Por favor, não me entenda mal… quando eu digo que chegou nos pontos que eu queria, não estou me gabando, lhe pautando ou tão pouco sendo irônico… é apenas a verdade para minha pessoa e tão somente os pontos que realmente acho mais relevante serem detalhados.  

            Só de você não me ter censurado, não faz ideia do quanto passou a ser respeitado por minha pessoa.

            Não sou ninguém em especial e esse meu respeito pode nem dizer muito à você ou seus leitores, sejam admiradores ou críticos, mas tenha a certeza de que para mim é bastante significativo isso. 

            Quando eu passo a respeitar alguém mais fortemente, não é pelo seu status, sobrenome, dinheiro, intelugência, títulos, etc… Eu passo a respeitar alguém mais fortemente, quando essa pessoa mostra dignidade, independente de qualquer dos atributos acima citados… e você, mostrou dignidade em se propor a “debater” e não censurar.

            Eu espero que continue assim e que seu blog tenha cada vez mais e mais leitores e que esses percebam a importância de muitas coisas que escreve.

            Eu vou divulgar… vou dizer aos milhares que conheço: vejam esse blog que rico e importante. ele permite o debate, se esforça em esclarecer e não em nos empurrar goela abaixo. confiram que vale a pena.

            Um forte abraço e muitos leitores para o seu blog, pois é merecedor.

            Milton

          2. Caro, Ed.
            Desculpe, por tomar

            Caro, Ed.

            Desculpe, por tomar seu tempo e usar seu espaço novamente…

            Só esqueci de tentar explicar um ponto que talvez na intenção de simplificar, eu não tenha sido claro o mínimo suficiente.

            Quanto eu citei o exemplo de em alguns casos poder ser a favor do “monitoramento”, seja dos Pais (como citei) ou de uma nação, eu avisei que era uma comprarção básica… ele é genérica, simplista e cheia de detalhes que precisam ser aprofundados.

            Vou tentar só um pouco e sem usar muitas linhas desse ótimo espaço que é seu blog… vamos lá:

            Quando dei o exemplo, em momento algum eu tive a intenção de banalizar o tema “espionagem”, seja de um País ou dos Pais…

            Espionagem por maldade ou má intenção, seja ela qual for, eu sou contra e nem teria cabimento ter opinião diferente.

            Vamos a alguns exemplos práticos:

            Estou vivendo nos Estados Unidos pela quarta vez… a primeira foi em 1980. 

            Ninguém me contou… eu presenciei, por exemplo: inúmeros casos de pessoas tendo suas vidas salvas, graças a “espionagem” americana, prefiro chamar de monitoramento. 

            Muitos planejamento de crimes foram previstos e interceptados, muitas crianças sequestradas/desaparecidas foram reencontradas (graças ao AMBER, que inclui monitoramento eletrônico) e por ai vai…

            É óbvio que os caras falham muito ainda… são bons, mas ainda cheio de falhas. Falham por exemplo, quando algum louco entra numa escola e mata inocentes. 

            Eu não sei se você já esteve ou viveu nos EUA… não se conhece, por exemplo, um monitoramento via celular feito pelo governo que lhe envia um SMS alertando que a área que você está corre risco de furacão, tufão, etc… sabia disso?

            Sabia que milhares de vidas são salvas dessa forma? Desse “monitoramento”? Eu mesmo já recebi em meu celular, fui alertado e não cheguei até a região de risco… tenho conhecido que morreu, pois estava lá e não tinha um celular para ser “monitorado”, ou melhor, ser avisado! 

            Isso é que bate mais forte no meu peito e me faz ter a certeza que precisamos desenvolver o debate mais democrático sobre um tema tão delicado.

            Quem é Snowden? Herói para alguns, inclusives brasileiros desinformados… Mas, para mim, ele nada mais é do que um babaca dos grandes! É um tremendo de um idiota irresponsável que está colocando em risco toda a população de seu País e de outros tantos… está colocando materiais sobre a mesa que podem desencadear numa terceira guerra mundial… um verdadeiro otário, numa época que não temos mais esse direito de ser tão otário como ele está sendo.

            Quem está por trás de Snowden? Onde querem chegar? Qual a intenção real?

            O cara é jovem e acabou com a própria vida! Tem familiares que ainda vivem nos EUA… o que ele fez?

            Além do mais, até agora, eu ainda não vi nada de documentos que detalhe uma “espionagem” sequer. O que foi capturado de fato, se foi capturado foi usado, seria usado, para quê?

            Se quisesse ser herói ou ajudar a população de seus Pais ou global, deveria ter convocado a imprensa mundial e anunciar as quatro cantos do mundo que inha em mãos documentos secretos e comprometedores e que naquele momento estaria fazendo uma denúncia no Congresso Americano e que o mundo deveria exigir uma investigação clara sobre os fatos.

            Mas, fazendo como fez, eu não consigo acreditar em boas intenções e não consigo descartar que ele ;e um belo de um babaca laranja a serviço de algum doente que habita entre nós. 

            Jogar documentos na mesa dizendo que fulano e cicrano foram espionados não basta e só gera conflitos, jamais soluções.

            É muito provável que se vazarmos documentos secretos oficiais de todos os principais Países do mundo, teremos casos de “espionagem” contra outros líderes e tal.

            Esse terror que tem sido feito de que todos os cidadãos do mundo são vigiados pelo Estados Unidos é tão ridículo que eu não consigo acreditar que qualquer ser pensante bote fé nisso!

            Eu trabalho com tecnologia em TI, sou matemático, então trabalho com a parte pesada da TI… posso afirmar que isso é impossível de se fazer… isso é lenda de mente doente. Eu cheguei a ver notícias dizendo que além de todos os usuários de internet, os EUA vigiam todos os celulares também… quanto estupidez!

            É espionado ou monitorado que tem que ser e acabou… seja de um lado ou de outro.

            Se os EUA ficasse com a neurose de monitorar todo cidadão, seria tão fácil lutarem contra os crimes de pirataria, pedofilia, racismo, etc…

            Para chegar a um cidadão que comete crime de pirataria se enriquecendo com isso, por exemplo… é necessário anos e anos de investigação.

            Se a vigilância fosse tão doentia como a mídia brasileira tem divulgado, seria fácil bater na porta do criminosos na manhã seguinte ao crime… mas, não é.

            Tudo tem o certo e o errado, tudo tem no mínimo dois lados de se ver e a única coisa que me incomoda nessas notícias sobre o assunto no Brasil, incluindo do verdadeiro sensacionalista lixão chamado Fantástico da Rede Bobo de Televisão, é que só abordam um lado e ainda o amplificam de forma muitas vezes mentirosa.

            Como um cidadão Brasileiro e Americano que sou, posso olhar pelo infoque de que já fui salvo graças ao monitoramento feito pelo governo que me alertou previamente sobre riscos fatais, enquanto meu amigo e outras centenas de pessoas morreram, não tiveram a mesma sorte.

            Eu poderia dizer então que no Brasil falta um pouco de espionagem, monitoramento ou seja lá como for… falta para retirar as pessoas antes do morro despencar sobre suas cabeças, antes de serem sequestradas, etc.
            Até GPS no Brasil não faz direito… não é devidamente “monitorado” ou programado… vivem nos mandando para becos perigosos, verdadeiras ciladas… quem não conhece um pouco onde anda e vai só na do GPS caiu no colo do bandido.

            Eu posso citar mais dezenas de casos em que a vigilância americana foi útil… estou esperando o babaca do Snowden e seu fãs colocarem na mesa exemplos concretos e provados dos maleficios já causados por tais “espionagens” ao cidadãos comuns do mundo.

            Caro Ed. O assunto é complexo e cheio de caminhos, atalhos, túneis escuros e ourtas mais… é preciso conhecermos melhor cada ponto para entender o que ocorre de fato, mas, certamente será quase impossível conhecermos todos os pontos.

            Um grande abraço,

            Milton

             

  3. Um dos maiores problemas

    Um dos maiores problemas desses organismos que cultivam o medo (aliás, prefiro o termo “administradores de medo” do que o de “cultura do medo”) é que, quando o seu “público-alvo”, isto é, suas vítimas em potencial deixam de ter medo, estes organismos implodem em poucas horas.

     

    Exemplos?

     

    A própria Revolução dos Cravos, citada neste texto: uma ditadura portuguesa velha com a sua PIDE foi varrida em poucas horas por um grupo de militares.

     

    Outro exemplo, aparentemente um fato irrelevante: na primavera de 1989 um ministro austríaco e seu par húngaro simbolicamente cortaram um arame farpado na divisa entre seus países. Não se deu muita atenção a isso pelo mundo, apenas alguns cidadãos alemães-orientais anotaram essa efeméride e resolveram passar as férias de verão na Hungria. De lá para a Áustria foi uma simples caminhada.

     

    Em pouco tempo hordas de alemães orientais invadiram a embaixada da Alemanha Ocidental na Hungria, criando um problemão por lá. Esses cidadãos foram transportados de trem para a Alemanha Ocidental. Só que um especialista malandro da Estrada de Ferro fez com que este trem passasse pela Alemanha Oriental e avisou isso com antecedência.

     

    Imediatamente as estações onde o trem passaria foram ocupadas por outros cidadãos que gritavam algo como “E nós?”. Daí, o regime teve que piscar o olho, ou dar um passo para trás. Foi o instante em que o povo perdeu o medo. Não é preciso dizer que essa ditadura comunista foi derrubada – sem derramamento de sangue – em poucas semanas. Essa queda durou muito, porque, a ditadura tentou se manter no poder através de concessões, as quais foram interpretadas pela oposição como fraqueza, e essa oposição aumentava cada vez mais as suas exigências!

     

    O mesmo aconteceu com as demais ditaduras comunistas da Europa Oriental. Claro, o Gorbatchov andava sem muita grana para apoiar as ditaduras e as abandonou, o que também contribuiu para o fim.

     

    Interessante é observar que todas essas ditaduras tinham seus organismos de segurança, isto é, os administradores de medo (Stasi, Securitate, etc.) e as leis destes países defendiam os regimes implantados (“papel dirigente do partido” – Bah!), e apesar (importante esta palavra – apesar!) disto, todas elas sucumbiram!

     

    Ou seja, esses administradores de medo são essencialmente cabides de emprego, e não servem para nada, a não ser coletar informações irrelevantes, que eles acham importantes.

     

    No caso da Stasi da Alemanha Oriental, os caras de lá tinham dossiês de 40% da população do país, colecionavam qualquer informação de seus cidadãos, além de terem uma Procuradoria e cadeias próprias.

     

    Um exemplo de má administração de informações: a Igreja Luterana alemã oriental, que era um dos poucos organismos de oposição velada tolerados pelo governo local, tinha, segundo relatos, mais da metade da cúpula dirigente como informantes desta Stasi. Mesmo assim essa Igreja canalizou todas as manifestações que acabaram com essa ditadura. Ou seja, exceto chantagear, os funcionários da Stasi não sabiam o que fazer com as informações coletadas.

     

    Dois exemplos estadunidenses: a tal bomba em Boston, explodida numa corrida na cidade – esses organismos dormiram no ponto; o suposto terrorista já havia sido monitorado e depois foi abandonado.

     

    No caso dos ataques em Nova Iorque – antes deles (repito: antes deles) – um dos cúmplices estava na cadeia, suspeito de tramar alguma maldade. Lá ficou calado (o que a lei americana permite), e depois que a trama toda foi descoberta esse cara pegou prisão perpétua “por não ter falado dos ataques iminentes”. Ora, essa condenação pode ser interpretada como uma vingança da incompetência destes organismos de segurança, que também cochilaram com esse cara.

     

    Outro fato interessante é que as pessoas que trabalham nestes organismos não acham emprego em nenhum outro segmento econômico em seus países, pois sempre vai pairar sobre eles o preconceito de que vão espionar no novo emprego.

     

    Em resumo, os cidadãos não deveriam ter o medo que esses organismos tentam e às vezes conseguem impingir, e sim obrigar o poder público a fazê-las prestar contas item por item, eliminando tudo o que é inútil. Em suma, esses organismos é que deveriam ter medo atávico dos cidadãos, não o contrário.

     

    Cabe ainda uma pergunta, para o caso da tal NSA (“New Stasi Angency”): qual é mesmo a vantagem de um negociador estadunidense saber mais cedo o que o seu interlocutor está planejando?

     

  4.  
    Na verdade, o medo

     

    Na verdade, o medo necessita de ausência de luz. O bicho não se dá bem em ambiêntes solarizados. Tanto que, não se tem notícia da presença desse tipo de assombração nalguma praça de esportes, por exemplo. Ou, numa praia domingueira.  Quando criança, o medo só aparecia quando apagavam a luz.

    O companheiro de blog WK lembrou da revolução dos cravos. De fato, bastou um jovem colocar um cravo na boca do  fuzil,….foi, como se acionasse o interruptor.

    Aliás, os poderosos e arrogantes imperialistas norte-americanos já tropeçaram em várias de suas ações criminosas ao redor do mundo.

    Numa dessas, quando os Vietnamitas agredidos, acenderam a luz, mesmo com muito sofrimento, puseram pra correr em duas oportunidades. Numa, os franceses. Na segunada, os generais valentões da Academia de West Point foram escorraçados pelo general autodidata, este sim, um verdadeiro heroi, o general Vo Nguyen Giap.

    Quiçá, o democrata recém-eleito prefeito de Nova York,  Bill de Blasio, traga um pouco de luz para aquele belo País, tão desgraçado pela estupidez dos anos de ensandecido neoliberalismo.

    Orlando

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