Karnal não é “Mago”, como Paulo Coelho. É só o bobo do Rei Moro

morokarnal

Do Tijolaço 

Nada tira do professor Leandro Karnal a qualidade de homem extremamente hábil com as palavras e a arte de pronunciá-las.

Nada, ou ninguém, também lhe tira o direito de encontrar-se com quem quer que seja, quando, se e como desejar.

Inclusive com o Juiz Sérgio Moro, que agora deve estar se sentindo intelectualmente só, depois que escassearam seus encontros com o agora ocupadíssimo João Dória Júnior, que salta a trocar de fantasia todos os dias.

Mas  ninguém, igualmente, pode achar que Karnal  é um tolinho que não saiba que gestos têm, necessariamente, significados.

Já nem me refiro ao falso “amigo ” como classifica Sérgio Moro – pois se é, deveria ter registrado esta amizade ao tantas vezes ser questionado sobre o clima de perseguição em que o Doutor mergulhou o país. Se é, ou foi desonesto ao amigo, ou foi desonesto com os ouvintes e leitores  de suas palestras e textos.

Mas, ainda que fosse colega de longa data do Dr. Moro, fosse uma autoridade pública ali por dever de ofício, fosse um encontro fortuito ou casual, nada se poderia objetar ao cumprimento polido, à troca de palavras protocolares.

É da vida e é da boa educação.

Nem, por acaso, a foto “vazou”: foi assim, como que distraidamente, distribuída pelo Facebook de Karnal.

Não foi, porém, nada disso. Apenas uma cena que convém, pela mesma razão, a ambos: aquilo que consideram ser a promoção de suas imagens.

Porque o professor Karnal há de reconhecer que somos pessoas medianamente inteligentes e entendemos que a liberdade que se alcança com o pensamento é o antípoda de quem encarcera pessoas por “cognição sumária”. Então, ele poderia nos poupar desta história de “possibilidade de projetos futuros” entre ambos.

Karnal foi  apenas, carnal, ambicioso: jogou um lance para criar polêmica e, quem sabe, prosseguir carreira em platéias maiores, com ingressos mais caros.

Professor, que dizer do fato de que o senhor, infelizmente, vai ter de fazer o “marketing do perseguido pela esquerda”, algo assim semelhante aos Roger e Lobão, que ao menos tinham a desculpa da decadência para se vestirem de “moristas”.

E o o senhor pensa em auto-ajuda, deveria se mirar no exemplo de Paulo Coelho, que vive de escrever suas idéias, delírios e constatações, goste-se delas ou não, sem vender a si mesmo no “pacote”.

O senhor, com este gesto comercial, ao contrário, vendeu tudo o que disse e escreveu sobre liberdade, tolerância, pluralismo, civilização.

Paulo Coelho, em degraus de dignidade, mostrou que está escadarias à frente do senhor, porque vende livros, não vende o autor ao “marquetismo” barato da sua imagem pessoal.

Afinal, não é de seu amado Shakespeare a frase de que “nada em si é bom ou mau; tudo depende daquilo que pensamos”?

Pois é, professor, os reis, como o “Rei Moro” sempre acabam por divertir-se com um bobo, ao qual dão o direito até de dizer certas inconveniências.

Redação

38 Comentários

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  1. Perfeito! O bobo da corte lhe

    Perfeito! O bobo da corte lhe cai como uma luva, afinal basta observar seu ‘physique du role’. Vai Karnal, vai ser alegrinho na vida.

  2. Apesar de já ter feito

    Apesar de já ter feito palestras não é minha especialidade, sequer exigência de minha profissão. Mas sei que existem algumas técnicas que importam para criar empatia com o público-alvo, tais como: demonstrar sentimentos (embora nem sempre tenha tido aquela sensação exata), rir de si mesmo ou contar causos engraçados, exagerar em algumas estórias e etc.

     

     O interessante é que quando observo isto em outras pessoas fico muito desconfiado.

     

    Acho que com Leandro é assim, ele faz uma personagem.

     

    Até Pq ele se refere aos “amigos”, primeiramente, pela profissão. Tipo, “juiz sei quem lá” e etc.

     

    Um negócio muito artificial. Deve ser técnica e vaidade juntas, nada mais que isso.

    Leandro, ou professor Leandro é apenas mais um rostinho bonito na TV e na internet.

     

     

     

     

  3. Felizes para sempre.

    Esse encontro foi pura estratégia de “marketing” para divulgar um curso em que ambos vão lecionar como os principais protagonistas, pagos a peso de ouro.

    O patrocinador do curso sugeriu ou pagou a ambos para que realizassem o encontro.

    Um liberal de direita em ascensão junto ao público de livros de autoajuda, karnal, encontra-se com um simpatizante de Mussolini, o principal operador da uma ação policial, que empolga parte do mesmo público de karnal pelo modo de agir espetaculoso e infringente à Constituição certamente geraria polêmica e acabaria divulgando o curso.

    O encontro passaria despercebido se karnal não o tivesse, premeditado e dissimuladamente, divulgado em sua página no Facebook.

    A estratégia deu certo. A polêmica foi um dos assuntos mais comentados do final de semana. Parabéns para ambos. Felizes para sempre.

    Eles tem todo o direito de levar a vida naquele estilo: “sabe, eu tenho 30 anos de praia”

     

  4. calma ……

    Calma , gente . 

    Ninguém percebeu ainda a estratégia do Karnal ? Acham que ele incorreria em erros tão primários ? Claro que não !

    Ele se aproxima de Moro , e na sequência o convence a absolver Lula e enquadrar os tubarões tucano. Tá na  cara que é isso .

    1. PQP !! Como não pensei
      PQP !! Como não pensei nisso.
      Ele com sua fala grave e envolvente é claro que vai convencer o Moro.
      Ufa ! Graças a Deus o Lula está salvo

  5. Leandro Karnal é um ser

    Leandro Karnal é um ser respeitado por grande parte de brasileiros. Esse juiz Moro é apena um representante da mídia, pois, sem ela não seria conhecido. Dentre os fariseus existiram pessoas com senso de justiça como José de Arimatéia, Nicodemos… 

    O que esse juiz Moro vem causando ao Brasil, e ao presidente Lula por ser um homem que defendeu o Brasil, tirou milhões da miséria e tantas outras boas coisas que fez…

    Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.
    Condutores cegos! que coais um mosquito e engulis um camelo.
    Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de intemperança.
    Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior fique limpo.
    Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.
    Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.
    Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos,
    E dizeis: Se existíssemos no tempo de nossos pais, nunca nos associaríamos com eles para derramar o sangue dos profetas.
    Assim, vós mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas.
    Enchei vós, pois, a medida de vossos pais.
    Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?
    Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade;
    Para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário e o altar.
    Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração.
    Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!
    Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta;
    Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor.
    Mateus 23:23-39

  6. Após enxurrada de críticas, Karnal apaga foto ao lado de Moro

    Após enxurrada de críticas, Karnal apaga foto ao lado de Moro

    http://www.revistaforum.com.br/2017/03/12/apos-enxurrada-de-criticas-karnal-apaga-foto-ao-lado-de-moro/

    Quero ver Moro dando de comer a 200 milhões de   brasileiros  num pais que ele destruiu por causa de uma ideia fixa: destruir Lula, dar um golpe de Estado e implantar o programa do estado mínimo.

    Quanto a Karnal, mesmo que o seu gesto faça parte de um golpe publicitário,  deixou-se levar pelo  eu eu eu eu eu eu eu eu eu em detrimento da concepção do nós.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=JvL3vQnXjdY%5D

  7. Tijolaco

    O texto acima é do Fernano Brito do Tijolaco.

    A primeira vista , embora apareça o nome do blog lá em cima, somos levados a entender que foi o Adir Tavares que escreveu, por isso corri ao tijolaço, onde tinha lido ontem à tarde para ver se o Fernado tinha dado o crédito ao Adir. Porem lá o nome do Adir não aparece e sim do Fernando.

    O Adir foi quem postou o texto do Fernando no blog do Nassif, mas a meu ver não é o que fica parecendo.

    Parece que depois que se começou a cobrar pelo veículo – o que acho certíssimo – ele piorou. Deve ser vontade de acertar, ansiedade.

    1. ´Mas há essa informação no post em tela!

      Está bem claro:      ” Do Tijolaço ”  .   E,  muito bom, ver novamente as colaborações do Adir Tavares!

  8. Psicopatas & similares adoram

    Psicopatas & similares adoram fazer um intelectual de otário – eles sentem muito prazer com a sensação de manipular alguém que parece ser mais inteligente que eles, isto os faz se sentir empoderados…

     

    É claro que eles contam com a ajuda do ego do intelectual…    O ego é sempre o melhor conselheiro quando se quer fazer m…

     

    No entanto, pode ser que o Karnal está pensando em abandonar as palestras de modo a deixar de ser um alvo óbvio dos facistas; afinal de contas, com o colapso da nossa sociedade e convulsões sociais à vista, ele pode estar com medo de ser um alvo prioritário. Ganhar com cursos voltados para os ricos (como o da PUCRS, no qual ele será colega do Moro) pode ser uma saída que passa pela cabeça dele.   

  9. A estratégia não tem ajudado…

    O excelentíssimo senhor juiz Sérgio Moro parece tentar compensar suas “imperfeições” relacionadas ao seu ofício com forçosas aparições midiáticas ao lado de pessoas que estão em alta. A lista de “celebridades” é longa. 

     

     

  10. Karnal reflete miséria

    Karnal reflete miséria cultural

    Paulo Moreira Leite

     

    Apenas num país onde a vida intelectual transformou-se num cotidiano miserável é possível imaginar que imagens sorridentes do jantar de Leandro Karnal e Sérgio Moro tenham se transformado num ato de surpresa e decepção política.

             A miséria do pensamento é uma consequência inevitável do regime de pensamento único, ao qual a vida intelectual brasileira encontra-se submetido por razões que, acredito, nem é preciso explicar aqui.

             A carreira meteórica de Karnal como novo intelectual midiático de plantão explica-se pelo contexto em que ele apareceu, foi lavrado e deu frutos.  

             A experiência cultural de toda sociedades de massas ensina que a criação de um ambiente rico e diversificado não é fruto de indivíduos – gênios reais, imitações ou falsificações – mas uma construção coletiva, que necessita de espaço e estimulo para nascer, florescer e frutificar. Já vivemos ambientes assim, em outras épocas, inclusive em determinados momentos do regime militar.  

             No Brasil de 2017, vivemos uma situação de miséria intelectual poucas vezes vista em nossa história – tragédia que ajuda a entender o golpe de 2016 e as tentativas de avanço sem limites sobre o patrimonio do país e conquistas sociais importantes.     

             Sem espaço para o debate real de ideias, sem confrontos abertos entre visões de mundo e de projetos culturais e/ou políticos, basta uma pequena nota  fora do tom – um ruído levemente desafinado no coro dos contentes — para se produzir uma migalha que será disputada por  homens e mulheres famintos, ávidos por ideias e explicações que façam algum sentido.

             Há uma parcela imensa de brasileiros que se encontra órfã do monopólio ideológico da grande mídia e não tenho dúvida de que o relativo sucesso de Leandro Karnal explica-se por isso.

            Escutavam e liam aquilo que queriam ler e ouvir mas que ele nunca disse nem afirmou.  Certamente sugeriu, mas sempre manteve um discurso ambiguo e sinuoso, que nunca atravessou limites convencionais nem formulou rupturas com uma situação de controle ideológico no país de hoje.

             Era aquele convidado que faz piadas irreverentes num jantar de grã-finos mas, no fim da noite, não deixa de agradar os donos da casa.  

            Num coral de comentaristas conservadores cuja calibre intelectual em geral nivela-se pela indigência, Karnal sempre me pareceu uma pessoa que dizia aquilo que se ouvia de outras bocas – em geral, embrulhado por uma retórica  que  tentava  afirmar uma certa superioridade intelectual sem compromissos políticos claros.  A primeira vez que isso ocorreu abertamento foi no jantar em Curitiba, com palavras simpáticas a Sérgio Moro.

           A fotografia colocada no Facebook apresenta uma cena que se repete na maioria dos países submetidos a uma situação de exceção, seja o Brasil de hoje, sejam os Estados Unidos sob o macarthismo, para ficar em dois exemplos. Quando resolvem assumir em público uma postura que mantinham sob reserva privada, personalidades públicas são obrigadas a prestar contas pelo que diziam antes — e depois. 

            Até então, Karnal era um professor de história que fazia comentários políticos dando a impreessão que discutia comportamentos culturais. Essa impressão acabou.

        Sempre achei um defeito em seus comentários. O raciocínio podia ser bom – mas nunca chegava a uma conclusão, a uma opinião com começo, meio e fim.

        A decepção produzida pelo episódio ensina duas coisas. A primeira, sobre o país e os humores dos brasileiros. A crise atingiu uma profundidade tamanha que ninguém consegue obter alguma audiência junto a parcela mais qualificada dos brasileiros sem ao menos dar a entender que possui uma visão crítica da Lava Jato e do impeachment.

        A segunda lição envolve o público que ficou decepcionado com Karnal. A vaia que recebe hoje não tem a ver com patrulha. É tão legítima como o aplauso que lhe dirigiam até ontem. Resta a recomendação de sempre, que todo mundo ouvia de boas professoras ainda no curso fundamental: deveriam  ter lido e ouvido seus comentários com mais atenção, espírito crítico e mesmo desconfiança pelo excesso de piruetas mentais que nem sempre mostravam aonde queria chegar.

          De qualquer modo, alguns fatos já falavam por si. Num país onde nem Jô Soares pode manter seu programa de televisão, Leandro Karnal  é personagem frequente da TV Cultura, colunista do Estado de S. Paulo e na TV Bandeirantes.´

             Até por causa de nossa miséria, não custava lembrar uma velha lição das tristezas do mundo: quando a esmola é demais, até o santo desconfia.

    1. O triste

      é saber o quão poucos, como você, são capazes de interpretar  um discurso sem se deixar enganar. Compartilho seu entendimento na íntegra.

       

  11. Acho impossível alguém alçar

    Acho impossível alguém alçar a categoria de JUIZ e ser incapaz de produzir a reflexão pessoal de que agiu errado divulgando conversas íntimas da família do presidente!

    E se isso não produzir um ato de humildade no juiz, em compreender que errou. ele não presta para a magistratura!

    Ele está nu para aqueles que conseguem entender isso…

    Essa incapacidade revela mais do que tudo que ele produziu…

    Revela a injustiça, o juiz caolho, o juiz passional, o juiz partidário, o juiz dos 2 pesos e 2 medidas…

    O karnal, já conhecia o LULA desdes os tempos de estudantes, dos diretórios acadêmicos e num de seus vídeos critica aquele “esquerdista” de sua mocidade, que se tornou o presidente que mais enriqueceu os banqueiros…

    Ora, ora seu Karnal, você não compreendeu que esse feito é consequência de um feito maior, muito maior?

    Oh! Sim! Ao tirar quase 40.000.000 da pobreza e miséria, foram estes miseráveis que enriqueceram os banqueiros, por que a roda da economia só gira quando todos ganham…

    É diferente os ganhos dos bancos numa economia de mercado, do ganho pela escala, daquele da PEC 55, dos juros para os juros!

    Os golpistas deviam ter aprendido antes que os EUA são ricos, mas por que seu povo é rico!

    Não é o pais que faz a riqueza –  é seu povo!

    E que criar pobreza, miséria, dificuldades para o povo, só traz miséria e dificuldades para o pais!

    A direita e a globo um dia aprendem…

    Agora ficou visível, seu Karnal, assim como o do Moro….

    1. Foi pego de surpresa?

      Não é crível que Karnal não soubesse a imensa repercussão que teria a foto e os projetos em comum com Moro. Ele esperava menos ?? Então não é tão inteligente quanto eu pensava.

  12. Acredito que ele revelou-se

    Acredito que ele revelou-se um tucano enrustido. Um verdadeiro semi-intelectual. A constatação é muito verdadeira , sua presença na TV Cultura , Estadao e TV Bandeirantes era estranho e até incomodava sua platéia.

  13. Depois dessa…

    … vai virar “celebridade” global ou vai conseguir dar palestra bancada pela Lide do prefeitinho playboy.

    Mais um enganador que tem a máscara caida.

  14. “grande parte dos brasileiros” (cito)

    frase de uma pessoa em post mais abaixo,em comentário.Intelectuais midiáticos são pro grande público,pra mídia,pros que escrevemos/lemos blogs alternativos ou não,vamos ou assistimos a debates.Temos muito pouco senso crítico(aliás,por vezes, detestamos críticas que colidirem com nossas idéias e (pre)conceitos,e o Ensino brasileiro é péssimo).Nos impressionamos com outros Karnais:Baumann(tão citado pelo e para o grande público,acusado de plágio),Márcia Tiburi,Mário Sérgio Cortella. Re- correm a sutis gestos e bem estudadas descontrações,pose professoral discreta mas suficiente pra ser percebida e respeitada, recebida com atenção. Domenico De Masi. Mas há outros por aí afora,em faculdades de filosofia,em movimentos,em política, vamos esticar as antenas,pessoal!

  15. Crepúsculo dos deuses

    Karnal era um deus do pensamento bem concatenado, da luta contra a intolerância. Era. Uma foto e um fato acabam por destruir a sua reputação, a credibilidade alcançada , mesmo em meio da retórica tucana que predomina na TV Cultura de São Paulo onmde aparecia. Ele tem direito de encontrar quem quiser. Mas ao anunciar planos com o juiz que mais personifica o autoritarismo no Judiciário, os abusos com as detenções coercitivas e a tolerância (tolerância?) ou leniência com os vazamentos seletivos predatórios, Karnal se anulou como figura pública. Agora, tudo o que disser serão palavras ao vento.  Inconsequência, vaidade deliberada? Sei lá. Mas, como dizem, JÁ ERA.

  16. Só defendeu seu emprego

    Karanal trabalha ou trabalhou com canais da midia, deu entrevistas nas redes de TV, etc . Se ele não demonstrasse algum apreço pelos ‘ heróis ‘ midiáticos, em breve poderia ser defenestrado da TV, assim como Xuxa foi, apenas porque defendeu o governo petista. Pior ainda, poderia ser considerado pela midia um inimigo público numero um.

    A midia boicotando Karnal, e seus livros, e principalmente seu emprego ( A Unicamp, onde Karnal dá aulas é agora esfera de influência direta do governo Federal Temer) seria o fim de sua carreira.

    Quando você fecha um contrato com a mídia, acaba tendo de dançar a música inteira , e não apenas em parte.

    1. Nos seus últimos vídeos, não
      Nos seus últimos vídeos, não consava de repetir que estava se aposentando.

      Das duas uma, ou ele se vendeu, ou se dizia de esquerda, sabe-se lá porque.

      Sabe de uma? Que se dane esse professor!

  17. Karnal

    Leandro sempre se mostrou uma pessoa com ideias progressistas, mas nunca deixou claro o aspectro politico em que se encontrava. Alias falou que era de centro, mas nao disse se centro esquerda ou centro direita, ja se disse nao ser contra politicas sociais implementadas no governo Lula, porem ja criticou o governo de Fidel Castro classificando Cuba como governo ditatorial.

    No Brasil existe uma confusão muito grande em relaçao a tudo isso. O progressismo é ligado a esquerda e o conservarirismo a direita, portando a conclusão que se chega é que toda pessoa progressista é esquerdista e toda pessoa conservadora é de direita. Existem poquissimas pessoas de direita no pais, que sao liberais em economia e liberais nos costume, a maioria é liberal na economia e conservadora nos costumes. Ja a esquerda também nunca vi pessoas se declarando serem esquerdistas e a favor do conservadorismo na sociedade. 

    Por se mostrar um progressita, a favor da liberdade da mulher em decidir sobre o proprio corpo( na questao do aborto), contra escola sem partido( uma pauta da direita) e a favor de cotas raciais, creio que muitas pessoas pensaram que ele era um esquedista classico, mesmo ele sempre tentando se menter na neutralidade. As esquerdas se identificaram com ele, por causa do seu progressismo. Ja a direita liberal conservadora geralmente nao gosta dele, somente talvez liberais menos conservadores( no costume)., rarissimos no Brasil. Mas como ele aborda diversos assuntos em suas palestras, temas de filosofia acabou ganhando um publico grande, inclusive daqueles que se mantem mais neutros em politica e somente gostam de suas reflexoes a respeito da vida, questões filosoficas e etc.

    A esquerda em peso sempre o admirou. Creio eu, pela enxurrada de criticas que ganhou com a foto do Moro, que muitos e muitossss dos seus seguidores sao de esquerda.

    A esquerda, geralmente defende Lula e o PT, e os que nao defendem tanto assim, foram contra o impeachment pq consideraram que era um golpe. A maioria dos esquerdistas exergam Moro como um juiz imparcial, autoritario, que gosta do show midiatico, que protege o PSDB e que instalou no Brasil um regime de excessão com seus excessos e abusos na lava jato e muitos o responsabilizam pela insegurança judirica no pais e pelo aumento da crise, por causa da maneira que ele conduziu a lava jato. Parte da direita tambem o criticou por causa do show midiatico e divulgaçao de delaçoes na midia. Mas a maioria da direita exerga Moro um salvador da patria, que vai varrer a corrupçao do pais, um semi Deus na terra, alguém com super poderes. A direita fascista em peso apoia o Moro. A nao fascista tambem! 

    Leandro por se manter neutro e defender a pluralidade de pensamentos sempre se dispoe a estar perto daqueles dos quais parece que nao concorda totalmente, como por exemplo seu amigo Ponde. 

    Porém o fato dele postar foto com Moro, chamando-o de amigo, inteligente, faz parecer que ele concorda com as atuações de Moro na lava jato, independemente se concorda com impeachment ou nao ou se tem uma posição mais de direita e nunca revelou. Ele sabe que o Moro é odiado pela esquerda e tambem sabe que muitos dos seus seguidores sao de esquerda, é imposivel dizer que ele nao previu ou nao calculou o reboliço e a polemica que isso iria causar entre seus seguidores. O fato dele se mostrar neutro, nao exclui o fato dele saber que a maioria das pessoas no pais, inclusive seus seguidores, sao neutros como ele. Ele sabe que nao são e que o pais vive num clima de guerra fria. Portando posso concluir que ele com a postagem da foto e ao mencionar o Moro como amigo pessoal dele e dizer que tem projetos em comum, se arriscou de forma consciente ( em nome de algo maior) a receber criticas e ser execrado pelo povo da esquerda, pois ele pode ser tudo, menos bobinho ou ingenuo. 

    Acho que ele tem o direito de jantar e ter amizade com quem quiser, porem isso nao exclui o fato dele saber que uma postagem como essa causaria desagrado em várias pessoas e talvez causaria agrado em outras( justo aqueles que amam o Moro e o tem como Deus). Só que parte desse povo é extremamente reacionario. Sera que ele nao viu que postando foto ao lado do Deus da direita poderia ganhar admiraçao desse povo reacionario e começar a cativar um publico que nao gosta de pensar e cujo lema é” morram todos os bandidos”????? Ele pode ser contra o maniqueismo mas ele sabe que o Brasil é um pais maniqueista e que as pessoas tem uma visão binaria das coisas. Ele nao ignora isso, portanto a postagem ficou parecendo que ele escolheu um lado ou nao se importa em ser rechaçado pela direita e acabar ganhando admiraçao da direita. Vai ver que ele percebendo que a direita esta fortecida no pais e que o conservadorismo esta na moda, resolveu passar para o outro lado, pq a direita realmente tem mais dinheiro o que poderia lhe render frutos financeiros uma vez que o empresariado rico tá ai, e a maioria é da direita. Vai ver o cara quer começar a cativar o publico da direita, pra conseguir mais e mais palestras em locais onde sera muito bem remunerado. 

    O fato dele apagar a foto, achei covardia. Se ele assumiu o risco de publicar uma foto dessas, dizendo que o mundo nao é linear querendo dizer que ele pode estar ao lado e ser amigo de pessoas com posiçoes diferentes, que ele assuma isso até o final e ponto final! Nesse sentido acho mais honesto o Ponde, que assume uma posiçao clara e se caso mostrasse foto com Moro dizendo amigo, com certeza manteria sua posiçao até o final e nao apagaria a foto. 

    Leandro é um covarde! 

     

     

  18. Leandro Karnal não é uma personagem maior nem menor de ….

    Leandro Karnal não é uma personagem maior nem menor de Shakespeare, ele é….

    Talvez quem descreva melhor a personagem Leandro Karnal seja Schopenhauer num de seus ensaios agrupados no Brasil sobre o título a Arte de Escrever.

    Pois no ensaio “Sobre a erudição e os eruditos” Schopenhauer dedica a sua crítica ao que ele notavelmente intitula como os Eruditos, é uma pequena obra notável fácil de ler mas difícil de aceitar, pois é a maior crítica ao que se via em livros e atualmente é o que se vê em palestras.

    Uma das críticas mais atrozes do autor aos eruditos é que quem se dedica muito a ler termina impedindo aos menos brilhantes (eu que coloco as três últimas palavras em homenagem a Shopenhauer) a ter pensamentos próprios, porém tomaria a liberdade de com um pensamento próprio complementar este filósofo maior, além de terem dificuldade de terem pensamentos próprios, de tanto lerem, escreverem ou dissertarem, esquecem até de seus pensamentos próprios!

    Pois Leandro Karnal é o exemplo típico de um erudito, não através do que escreve, pois isto pouca visibilidade lhe dá, mas sim pelo que fala nas suas infinitas aparições na TV ou nas mídias como o YouTube falando desde temas mais complexos e elaborados, como as obras de Shakespeare até comentário sobre amenidades em geral nas suas aparições intermináveis nos jornais televisivos, onde ele é incitado permanentemente a dar opiniões inteligentes e brilhantes sobre assuntos banais, como um Arnaldo Jabor não vulgar. Porém devido ao excesso de exposição faz com que ele esqueça até mesmo que já falou como um pensamento próprio. Vou dar um exemplo, pois como sou limitado gosto de exemplos, no programa intitulado “Leandro Karnal Hamlet de Shakespeare e o mundo como palco”, talvez a melhor de suas palestras ele diz textualmente na altura do trigésimo primeiro minuto:

    “Há uma categoria de pessoas, dando um conselho Hamileteano, que são as pessoas felizes, essas pessoas felizes no Brasil seriam aquelas que acreditam, profundamente, muitas pessoas acreditam que a corrupção está a cargo de um partido,(….pequena pausa), as pessoas que acham que a corrupção está a cargo de um partido e que bastaria tirar este partido do poder para que reino da justiça e da igualdade se instalasse no país, são pessoas muito felizes (…risos), são pessoas que substituíram cultos como o do Papai Noel e do Coelhinho (uma pequena pausa causada por uma tosse extremamente discreta, …. risos) pelo culto da corrupção isolada (…pausa um pouco mais longa,…mais risos), e quando eu digo isto (importante, uma das poucas vezes que aparece a palavra “EU”) não estou dizendo que um ou outro partido não sejam notáveis (uma ênfase na voz na palavra notáveis) pela corrupção, eu estou dizendo aquilo que venho dizendo seguidas vezes em muitas manifestações na televisão ou em textos (o importante notar que a palavra textos é estranhamente mal articulada, quase que uma tentativa inconsciente de suprimi-la) que a corrupção que Hamlet nota (interessante, neste momento é Hamlet que nota a corrupção) começa no leito de sua mãe na Dinamarca, a microfísica do poder….(daí por diante cita exemplos comuns de atitudes corruptas de todos)…

    Poderia me alongar mais na digressão de Karnal sobre a corrupção, mas quem quiser que assista no YouTube. Porém o mais importante é chamar a atenção para a perfeita consciência do contexto geral que ele se meteu, e sem querer talvez este seja o único ato digno de memória e de protagonismo na vida de Karnal, a sua própria auto traição.

    Porém o que se vê é que Karnal tem um sério problema na sua vida causado pela sua erudição e pelo sua leitura intensiva da obra de Shakespeare, que a meu ver ainda não foi entendida pelo caro professor, a sua necessidade de ser um Personagem Maior da obra do grande inglês.

    Ele não entendeu que o grande autor deu importância não só aos grandes personagens, mas os pequenos também, pois ele fica surpreso que personagens menores são agraciados com momentos de genialidade, porém personagens menores nunca tem grandes discursos por toda a sua vida, tem momentos de genialidade e com estes momentos sua vida é imortalizada. Os grandes personagens são torturados pela necessidade de uma constante genealidade, e quanto menor a sua estatura de grande personagem e maior o seu tempo em palco fica mais complexa e perturbada a sua vida. Eu me satisfaria em ser um personagem menor, que na maior parte de suas vidas dizem coisas banais e até vulgares, mas se disser uma só frase notável terei meu nome como um personagem que ninguém lembra como se chamava, mas impactou o mundo com algo que nunca lhe será atribuído.

    Karnal, quisesse eu ser maldoso, diria que ele nem chega a ser um personagem de qualquer tragédia ou comédia clássica, ele é apenas o narrador, aquela figura que não tem nome nem papel, a sua função é simplesmente explicar o contexto e dar mais tempo para os reais personagens, os grandes e os pequenos aparecerem.

  19. Mas e se Leandro Karnal

    Mas e se Leandro Karnal acreditar que boas companhias podem, quem sabe, levar Sérgio Moro à luz? Fazê-lo refletir sobre o que está fazendo com o Direito? Quem sabe até convidando Moro a reflexão mais aberta, ampla, uma que inclua a questão da soberania nacional brasileira, por exemplo?

    Sim, também acho difícil. Mas prefiro aguardar as próximas manifestações de Karnal antes de crucificá-lo. Tenho a impressão de que há bastante diferença entre Karnal e, por exemplo, Marco Antonio Villa. Pode ser só impressão mas, ué… quem sabe?

    1. Improvável…
      Esse juiz parece ter um comportamento paranóico. Seria ótimo conseguir trazê-lo à realidade. Vai ser difícil ele entender o mal que está causando ao país. Talvez esse lado obsessivo não petmita a necessária lucidez. Mas… a esperança ê a última que morre.

  20. A História sempre se repete…

    Nassif. Freud, o criador da psicanálise, sempre explica, de modo didático e definitivo,que  todo indivíduo tem que externar obrigatoriamente no decorrer de sua vida  tudo aquilo que se encontra ” reprimido” em seu ser. Mesmo enrustidamente. Ficamos sabendo, felizmente, que o professor Leandro Karnal, através de fotografia nas mídias, torna público por ele próprio .”…mandando.às favas os seus escrúpulos…” em companhias bastante duvidosas..É mais um exemplo de que a história sempre se repete por meio da farsa.

  21. A História sempre se repete…

    Nassif. Freud, o criador da psicanálise, sempre explica, de modo didático e definitivo,que  todo indivíduo tem que externar obrigatoriamente no decorrer de sua vida  tudo aquilo que se encontra ” reprimido” em seu ser. Mesmo enrustidamente. Ficamos sabendo, felizmente, que o professor Leandro Karnal, através de fotografia nas mídias, torna público por ele próprio .”…mandando.às favas os seus escrúpulos…” em companhias bastante duvidosas..É mais um exemplo de que a história sempre se repete por meio da farsa.

  22. Sobre Leandro Karnal e Sérgio

    Sobre Leandro Karnal e Sérgio Moro

    Caro Leandro Karnal,

    Como seu (ainda) admirador, não poderia deixar de criticar, não somente o encontro com Moro, como as justificativas que você apresenta supostamente para “quem gosta de você”.

    Em primeiro lugar, deixo claro que considero ser absolutamente um direito de qualquer pessoa tecer amizades com quem quer que seja, assim como expor as opiniões que possui. Claro que nossas amizades e nossas opiniões são capazes de provocar reflexos na opinião do outro e, na verdade, apreciamos as pessoas, e delas nos tornamos amigos, muito em função de nossas posturas frente à realidade, assim como em decorrência das pessoas que nos cercam. Somos como nos apresentamos. Para um Zé Ninguém, a repercussão dos posicionamentos será quase nenhuma e poucos se importarão sequer em criticar. Apenas passarão a manter uma distância segura. Para os que vivem o dilema da fama, para as figuras públicas, a conta é muito maior. Se a opinião de um famoso possui uma incrível densidade e poder de persuasão coletiva, por isso mesmo exigindo responsabilidade ética para sua emissão, que dizer da palavra de um intelectual?

    O intelectual, ao menos em princípio, possui um aparato cognitivo, capaz de produção de análise sobre a realidade, muito acima da média dos seres humanos, por assim dizer, “comuns”. Não precisa ser um historiador, no entanto, para compreender que o Brasil vive uma fase atípica em sua política e democracia. A democracia, sob esdrúxulas e espúrias motivações, foi estuprada pelos senhores do poder (e não estou falando dos políticos profissionais). A percepção de que o voto seria insuficiente para retornar à agenda político-econômica anterior precipitou o golpe pela via mdiático-jurídico-parlamentar. Criminalizaram, mais uma vez, as políticas voltadas para o andar de baixo, como antes já fizeram com Vargas ou com Jango.

    Há momentos, Karnal, em que precisamos escolher o lado certo da História. O lado certo estava com os abolicionistas, não com os escravagistas. Estava com as sufragistas, não com o patriarcado que pretendia manter as mulheres sem poder decisório na sociedade. Com a resistência, não com os nazistas.

    O estupro da democracia no Brasil, em larga medida, foi possibilitada pela ação do juiz Sérgio Moro, que você apelidou de “inteligente”. Não duvido dessa inteligência. Seria o mesmo que duvidar da inteligência de Heidegger. Todavia, não é possível fechar os olhos para o fato de que Heidegger abraçou o nazismo. Conversar com um racista inteligente é possível. Eu o faria. Richard Dawkins por diversas vezes conversou ou debateu com religiosos. Confraternizar, rir e chamar de amigo, contudo, coloca essa conversa em outra dimensão. A da pusilanimidade moral e intelectual ou simplesmente a adesão à vilania.

    A “inteligência” de Sérgio Moro, que você saúda, é voltada para a corrupção da interpretação da lei; à deformação do processo penal, transformado em perseguição ao inimigo político; à seletividade dos vazamentos de atos processuais que, em tese, deveriam ser sigilosos; enfim, ao mais puro exemplo de como reproduzir o macartismo em terras tupiniquins.

    Óbvio que somos livres, inclusive, se assim quisermos, para encetarmos amizade entre os porcos. Porém, e por favor, evite a dramatização barata. Você não está sendo perseguido ou patrulhado por quem “não gosta de você”. Pelo contrário, as manifestações são de admiradores seus, surpresos por sua inocência ou pela cara-lavada de vangloriar-se de amizade por alguém que, hoje, é visto por parcela substancial da sociedade brasileira como um inimigo da democracia, como um baluarte contra os avanços sociais e contra o combate à pobreza, como alguém que utiliza o aparato institucional para eliminar adversários políticos.

    Talvez você não perceba nenhuma conexão entre a derrocada da economia brasileira (com todas as tragédias individuais que dela resulta) e os atos do Sr. Sérgio Moro e famigerada Lava Jato, mas parte significativa do povo assim entende o que está ocorrendo com o Brasil.

    Sim, Karnal, estamos divididos, o ódio está presente. A responsabilidade maior, no entanto, repousa naqueles que resolveram que a democracia era um direito grande demais para os brasileiros e resolveram cassá-la. Compete a quem esbofeteou a face de 54 milhões de brasileiros pedir desculpas e recolocar as coisas no seu devido lugar. Quem foi esbofeteado está gritando, mas é o grito dos indignados.

    No fim das contas, Karnal, o preço de singelas desculpas pode ser um preço módico a pagar. Uma convulsão social seria bem pior. Nesse momento, os brasileiros estão se alinhando: há o lado do “coxismo” – golpistas – e há o lado dos democratas. Sérgio Moro não é democrata. Ao se alinhar a ele, você passa a mensagem de que tampouco o é.
    Não fique com raiva de quem o critica. Posicione-se, como você sempre faz. A resposta que você deu não é uma posição, é uma arrogância: você está dizendo que os adeptos do ódio te impediram de manifestar um posicionamento. Não é verdade. Foram os indignados que se manifestaram sobre a foto, não raivosos. O principal fomentador do ódio no país não criticou a foto, pois nela estava com você, sorridente, brindando com uma taça de vinho.

    Pense nisso e, por favor, volte à sanidade.

  23. Isso é coisa pra distrair
    Isso é coisa pra distrair pseudo esquerdista. Cadê o trabalhador na rua, dando uma banana pra esses intelectuais muristas (em cima do muro) e moristas (burguesia que fede)?

  24. Próximos jantares

    Lula e Ciro (segundo o 247)

     

    Olavo de Carvalho e Lobão (ministro) , minha sugestão

     

    Trump , Putin e o cara da Coreia do Norte , outra sugestão

  25. Foto do prof. Karnal e a desunião das “esquerdas”

    Fico feliz em ler muitos comentários super-interessantes sobre o caso, que ganhou uma grande repercussão (talvez maior do que merecia) e andei refletindo sobre alguns pontos…

    Como muitos aqui colocaram, ninguém tem o direito de impedir alguém de realizar qualquer atividade. Quem somos nós para dizer com quem uma figura pública (ou até mesmo privada) deve ou não deve jantar? Eu vi a foto do professor com os juízes, mas não vi que ele havia se justificado e havia falado sobre impedimento. Quer dizer que comentários na internet são capazes de “mudar o passado”? Não existe tal coisa de “impedimento” deste jantar. Ouso dizer, mesmo não tendo metade da erudição do professor, que esse argumento é furado. O que me preocupou, realmente, foi essa conversa de “o mundo não é linear”. O que ele quis dizer com isso? Ele se define como centro, então, sendo um “centrista”, por que conversar com alguém de direita seria algo “não linear”? Ele não conversa e mantém amizade com o Pondé e, inclusive, concorda com muita coisa que ele diz? Ou será que ele tem ciência de que a maioria dos seus admiradores são “de esquerda” e colocou essa imagem sabendo da repercussão que ela iria causar? E se era isso, que repercussão ele quis causar? Ele não sabe que o Brasil tá super-dividido, como ele mesmo citou em palestras, e a raiva que as pessoas anti-impeachment têm da figura do Sérgio Moro, por toda a desestruturação da democracia que ele tem causado? Se ele é ciente disso (pois é um homem atualizado e não é bobo), como é que ele não estava preparado para as críticas de seus admiradores? Tudo isso é muito estranho e acho que “aí tem coisa” ou, como o próprio professor gosta de citar um dos trechos de Shakespeare: “Há algo de podre no reino da Dinamarca”…

    Sei que, mais uma vez, como o professor cita “quem pensa diferente de mim, não é meu inimigo” (se é que ele e o Moro pensam diferente), mas ele comentar sobre a “possibilidade de projetos em comum”, dado o histórico do juiz e a importância do professor como um formador de opiniões, para qualquer pessoa minimamente racional, é preocupante. A pessoa reflete se isso pode afetar as pessoas… De que forma… Se isso terá consequências negativas ou positivas e é absolutamente NORMAL que pensemos assim. Difícil vc estar positiva e despreocupada quando um juiz quebra vários protocolos que ele deveria seguir… Uma presidenta é expulsa e logo em seguida, um senador de Rondônia diz, sem vergonha nenhuma, que não houve crime… Quando ele manda prender o Mântega quando ele estava acompanhando a esposa numa cirurgia contra o câncer e não mantém essa mesma “implacabilidade” para prender pessoas que participaram de esquemas e cujos crimes são comprovados e são de outros partidos, mas eles estão aí, controlando nosso país e continuam roubando nosso dinheiro…

    O que me espanta são as pessoas que foram na onda do professor e falaram sobre essa proibição que, como expliquei acima, não existe pois, por motivos ridículos de tão óbvios, não se pode proibir o que já passou e mesmo que isso fosse possível, ninguém tem esse direito. A questão é essa “não linearidade” do mundo que ele colocou, seja lá qual foi a intenção dele e esses “projetos futuros”. Esse “fã-clube” do Karnal tá me chocando, pois já falaram até sobre fascismo! Essas pessoas não percebem que as pessoas que o estão criticando no momento são, justamente, admiradores dele e todos estão QUESTIONANDO tudo isso em plena “Guerra Fria do século XXI”. Não há proibição e a galera não se toca disso.

    Isso é TERRÍVEL para as pessoas ditas “de esquerda” ou “progressistas”, pois a esquerda, por si só, já é muito dividida em suas opiniões sobre vários assuntos e aí, vamos dividir também em “pró e anti-Karnal”? O que é que é isso?!?! Pessoalmente, não estou contra o professor até que esse projeto seja explicado e se manifeste de forma contrária às necessidades das pessoas mais vulneráveis. Aí sim, posso dizer que sou contra ele nesse aspecto, mas a pessoa questionar uma atitude e lá vem o “fã-clube” tomar as dores e xingar de fascistas?! Gente, vamos acordar! Enquanto muita gente da direita tá certa de que “quem é contra o impeachment é comunista, abortista, feminazi, cotista, contra a tradicional família brasileira e quer a ditadura gay”, a gente perde muito tempo atacando uns aos outros, dentro do próprio movimento progressista/ de esquerda/ whatever ao invés de sentar e discutir para nos fortalecermos. Temos que tomar muito cuidado com isso! Questionar algo não é “odiar e crucificar alguém”: é querer uma justificativa. Um porquê.

    Da mesma forma que li opiniões maravilhosas à respeito do professor, li opiniões muito agressivas, como se ele tivesse, praticamente, se filiado ao PSDB ou tivesse com uma camiseta dizendo “I love Bolsonaro”. Inclusive, essa matéria foi muito agressiva, em minha opinião. Os comentários estão melhores do que a própria matéria.

    Vamos esperar para ver o que vai ser desse encontro deles, se é que vamos saber deste tal projeto e se ele vai impactar nossas vidas e de que forma. Aí sim, podemos nos posicionar ou a favor, ou contra e aí, quem for contra (inclusive eu), pode “xingar muito ele no Twitter”. Hehe! Mas enquanto não sabemos nada, de nada adianta xingar o professor, mas questionar e esperar para ver o que acontece… É o que nos resta fazer…

  26. A inveja é o reflexo de seus problemas pessoais

    Esse texto com sérios problemas psicológicos pessoais que você tem é simplesmente um reflexo que você deveria analisar “dentro de você” com um psiquiatra especializado em doenças severas! Como pode um jornal “tão sério” como vocês deixar uma pessoa com sérios problemas psicológicos escrever algo tão desnecessário para seus leitores? Enfim você não deveria estar sentado diante do computador e brincar de escrever besteira. Parece que seus pais não te deram muito carinho e amor. 

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