Brasil está entre os países que mais querem tomar a vacina da Covid, diz Fórum Econômico Mundial

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Fórum Econômico Mundial encomendou pesquisa em 27 países para saber se as pessoas acreditam que haverá vacina contra o coronavírus, e se aceitariam recebê-la

Jornal GGN – Apesar de Jair Bolsonaro dar voz a um embrionário movimento contrário à vacina para coronavírus, o Brasil está entre os países com maior intenção em receber o imunizante. É o que aponta um estudo divulgado na quarta (2) pelo Fórum Econômico Mundial.

Encomendada ao instituto Ipsos, a pesquisa apurou junto a quase 20 mil pessoas de 27 países se elas acreditam que haverá uma vacina contra a Covid-19 até o final de 2020, e se aceitariam tomá-la. Cerca de 1 mil pessoas no Brasil participaram da pesquisa online, a maioria de estratos sociais mais favorecidos.

Na média geral global, 74% dos entrevistados disseram que aceitariam tomar a vacina para coronavírus se ela estivesse disponível.

Com 88% de aceitação, o Brasil está acima da média geral e aparece como o segundo País que mais tem intenção em receber a vacina. Cerca de 64% dos brasileiros responderam que têm muito interesse em receber as doses do imunizante em desenvolvimento. Outros 25% aceitariam, mas sem tanta segurança na resposta. 12% disseram que não tomariam a vacina.

O motivo mais frequente para não querer ser vacinado é a preocupação com os efeitos colaterais, seguido pela percepção de falta de eficácia da vacina. “Vários países também acreditam que não correm risco suficiente e alguns dos questionados são contra as vacinas em geral”, diz o Fórum Econômico Mundial.

No Brasil, 10% disseram que não sentem necessidade de tomar a vacina porque não estão em risco. Outros 7% afirmaram que não acreditam em qualquer tipo de vacina.

Abordado por uma seguidora sobre o assunto, Bolsonaro disse que ninguém é obrigado a tomar vacina. Depois, a Secretaria de Comunicação da Presidência reforçou em seus canais oficiais o discurso do presidente.

CAMPANHA DE VACINAÇÃO FICA PREJUDICADA

Para Arnaud Bernaert, chefe de iniciativas de Saúde do Fórum Econômico Mundial, o fato de que, na média geral, 26% dos entrevistados disseram que não acreditam na vacina é “o suficiente para comprometer a eficácia” de uma campanha de vacinação contra Covid-19.

“Portanto, é essencial que os governos e o setor privado se unem para criar confiança e garantir que a capacidade de produção atenda ao fornecimento global de um programa de vacinação COVID-19. Isso exigirá cooperação entre pesquisadores e fabricantes, bem como acordos de financiamento público que removerá as restrições ao acesso à vacina”, afirmou o Fórum Econômico Mundial.

OTIMISMO

A pesquisa também mostrou que 59% dos entrevistados, na média geral, não acreditam que a vacina estará disponível até o final de 2020. A China se destaca por seu otimismo, com 87% dos entrevistados esperando que uma vacina esteja pronta este ano. A China também lidera o ranking de países com maior intenção em receber a vacina: 97% disseram que aceitariam a vacinação. No Brasil, 51% são otimistas em relação à vacina sair até dezembro.

SOBRE O ESTUDO

A Ipsos entrevistou um total de 19.519 adultos com idades entre 18 e 74 anos nos EUA, Canadá, Malásia, África do Sul e Turquia, e entre 16 a 74 anos em outros 22 países, através de uma plataforma online, entre 24 de julho e 7 de agosto de 2020.

A amostra consiste em aproximadamente 1.000 indivíduos em cada um dos seguintes países: Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China (continente), França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Japão, Espanha e o EUA. O número caiu para 500 indivíduos em cada país na Argentina, Chile, Hungria, Índia, Malásia, México, Holanda, Peru, Polônia, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia e Turquia.

“As amostras no Brasil, Chile, China (continente), Índia, Malásia, México, Peru, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul e a Turquia são mais urbanas, mais educadas e/ou mais mais ricos do que a população em geral. Os resultados da pesquisa para esses países devem ser vistos como refletindo os pontos de vista de o segmento mais ‘conectado’ dessa população.”

Confira a pesquisa clicando aqui.

O resumo do Fórum Econômico Mundial, aqui.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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    1. Querem processar médicos por receitarem remédio com segurança comprovada por 7 décadas de uso continuo r do mesmo tempo prender quem não quiser tomar porque não considera seguro uma vacina feita em menos de 1cano e que não passou por todos os testes.

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