Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde Eduardo Pazuello tergiversam sobre quando a vacinação contra o coronavírus terá início no país.
Neste domingo (13), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o Ministério da Saúde divulgue as datas de início e término do cronograma de vacinação contra a Covid-19, após a pasta ter emitido um plano sem datas.
E a evasiva mais usada pelo governo é que o cronograma depende da liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para as vacinas, o que ainda não ocorreu e tampouco há prazo. A Anvisa, por sua vez, joga a responsabilidade nos próprios laboratórios, que devem enviar os estudos e relatórios à agência.
Neste emaranhado de subterfúgios, o único discurso veementemente defendido pelo mandatário, junto a Pazuello, é a de inserir no plano de vacinação nacional somente as vacinas autorizadas pela Anvisa.
Assim, ao longo desta segunda (14), Bolsonaro usou esse discurso para defender a ausência de datas no cronograma, em confronto ao que determinou o próprio ministro do Supremo que relata as ações de vacinas contra Covid-19 pelo governo na Corte.
De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, interlocutores do governo teriam dito que “dificilmente” o início da vacinação em grupos prioritários ocorrerá em dezembro, mesmo que algum registro concedido pela Anvisa de forma emergencial seja concedido nesta semana.
A demora do governo Bolsonaro em fechar acordos, como a da Pfizer, também prejudicará o cronograma: o Brasil foi um dos últimos países a manifestar o interesse, com já uma lista de espera de países europeus e da América Latina há meses negociando. Assim, o laboratório norte-americano conseguirá enviar ao Brasil somente 2 milhões de doses, das 70 milhões, nos 3 primeiros meses de 2021.
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